Em quatro
dias de greve dos auditores fiscais da Receita Federal, cerca de mil cargas de
importação e exportação deixaram de ser liberadas pela Estação Aduaneira
Interior (Eadi), em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Com a operação-padrão e
o aperto na fiscalização no porto seco, o número de despachos diários não tem
passado de 250, menos da metade da média registrada em condições normais. A
mobilização nacional por reajustes salarial de 30,18%, iniciada na
segunda-feira, não tem previsão para ser encerrada.
Apenas as
cargas perecíveis, as perigosas e as dirigidas ao canal verde estão obedecendo
aos prazos normais de liberação de até 12 horas. Para as demais, o pente fino
elevou a espera para 72 horas. No final da tarde de ontem, o pátio da Eadi
estava lotado com 845 caminhões – 100 a mais que a capacidade total –
carregados com veículos, máquinas, adubos, alimentos e grãos vindos ou com
destino ao Paraguai, Chile e Argentina. Outros cerca de 260 aguardavam do lado
de fora parados na BR-277, em postos de combustíveis ou nas transportadoras.
De acordo
com o diretor de comércio exterior da Associação Comercial e Industrial de Foz
do Iguaçu (Acifi), Mário Camargo, antecipando-se à paralisação muitas
transportadoras que atuam na fronteira deixaram de carregar os caminhões para
evitar prejuízos. “Diferente dos despachantes, que deixam de ganhar, os
transportadores têm que pagar os custos dos caminhões parados”, comentou
adiantando que as perdas só deverão ser calculadas no fim da greve.
Fonte: Gazeta do Povo – PR