Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Agricultura e transporte de cargas sofrem com falta de chuva em SP
A estiagem prolongada em São Paulo tem causado perdas ao agronegócio do estado, principalmente no setor de logística. Se ainda não é possível dimensionar todo o dano na safra 2013/2014, na área de logística, a estimativa de prejuízo passa de R$ 30 milhões, só com a suspensão da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. A informação é do presidente do Conselho de Logística e Infraestrutura da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Renato Pavan. Em entrevista à Agência Brasil, Pavan disse que a expectativa de prejuízo potencial poderia alcançar R$ 45 milhões, somente com os problemas enfrentados no transporte da safra pela hidrovia.
"Hoje, para se transportar grão de São Simão pela hidrovia até Pederneiras e, de lá, com ferrovias até Santos, custa R$ 86 a tonelada. Como não foi possível continuar a navegação na hidrovia, então essa carga teve que ir por caminhão custando R$ 101 por tonelada. Essa diferença provoca a diminuição da renda do produtor e congestionamento das estradas até o porto, sem falar na quantidade de caminhões para substituir a ferrovia”, explicou ele.
A Hidrovia Tietê-Paraná tem 2,4 mil quilômetros (km) de extensão, sendo 800 km no estado de São Paulo. Ela conecta os cinco maiores estados produtores de grãos: Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. Por causa da falta de chuva e devido ao aumento de geração de energia nas hidrelétricas de Ilha Solteira e de Três Irmãos, trechos de navegação na hidrovia tiveram que ser paralisados.
Segundo Pavan, hoje a hidrovia tem capacidade para transportar 6 milhões de toneladas de carga, sendo 3 milhões de grãos e 3 milhões referente ao que ele chama de “caráter regional”, com transporte de cana e areia. “Mas ela tem potencial para receber até 12 milhões de toneladas”, destacou ele, ao acrescentar que a hidrovia deverá passar por obras. Para Pavan, é preciso tornar a hidrovia navegável de forma permanente, embora haja a limitação por causa do período de chuva.
No ano passado, segundo a Secretaria Estadual de Logística e Transporte, 6,3 milhões de toneladas de cargas – entre milho, soja, madeira, carvão e adubo – foram transportadas por essa hidrovia. De acordo com o órgão, a utilização da hidrovia como modal de transporte traz vários benefícios, tais como a diminuição do consumo de combustível, a emissão de menos poluentes e o desafogamento do tráfego nas rodovias, além de ter menor custo.
A hidrovia é administrada pela Administração da Hidrovia do Paraná (Ahrana), responsável pela bacia do Rio Paraná e seus afluentes. A Agência Brasil tentou contato com a Ahrana, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
No setor industrial, ainda não foi possível prever o prejuízo com a falta de água no estado. Mas um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em maio deste ano com 413 empresários paulistas já demonstrava preocupação deles com um possível racionamento no estado. Entre os empresários ouvidos na pesquisa, 67,6% mostraram preocupação com a possibilidade de racionamento de água. Sobre as consequências de uma interrupção no fornecimento de água, 62,2% indicaram que a produção poderia ser prejudicada, mas não precisaria ser interrompida.
“Em suma, grande parte das empresas está preocupada com a possibilidade de um racionamento de água este ano. Uma interrupção no fornecimento de água afetaria as empresas, mas não de forma acentuada: a falta d’água, em boa parte, poderia prejudicar a produção, mas esta não precisaria ser interrompida na maioria dos casos”, mostra o estudo da Fiesp.
Isso, segundo a federação, se deve porque metade das empresas pesquisadas possui alguma fonte alternativa de água, permitindo que a produção seja mantida em caso de racionamento. “Ainda assim, uma parcela das empresas [29,5% das empresas de grande porte] sofreria forte impacto de racionamento de água, pois precisariam paralisar a produção, que pode demorar para ser retomada e até em alguns casos acarretar perda de máquinas e/ou do material que está sendo processado”, informa o estudo.
Já na agricultura, os prejuízos foram sentidos de diversas formas, segundo o pesquisador Orivaldo Brunini, do Instituto Agronômico (IAC) de Campinas. De acordo com ele, a falta de chuva afetou várias culturas em desenvolvimento, tais como a de cana, milho e citros, reduzindo a produção e a qualidade.
“O prejuízo é econômico e social – não ter água para irrigar – afetando a qualidade de produtos e diminuição da produção”, disse ele. Brunini citou como exemplo a produção da cana, que apresentou queda superior a 15% nesta safra.
A produção de milho na região do Pontal do Paranapanema, a de cana na região araraquarense e mogiana, a de uva na região de Santa Fé do Sul e de morango na região de Atibaia estão sendo bastante atingidas pela estiagem este ano, pois falta água para a irrigação. No caso da cana, por exemplo, o pesquisador admite que a estiagem pode até provocar desemprego. “Posso dizer que, no caso da cana de açúcar, a seca antecipou a colheita e muitas pessoas podem perder o serviço em relação ao corte.”
Brunini disse que o governo estadual já está implantando medidas para tentar conter os prejuizos com a estiagem no estado tais como o Programa estadual de Recursos Hídricos e o Programa de Agricultura Irrigada. “Infelizmente esta seca alertou a agricultura sobre a importância de [desenvolver] trabalhos e ações e implantar programas governamentais sobre segurança hídrica.”
Fonte: EBC
Convênio facilita troca de informações sobre transportes aquaviários
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Receita Federal do Brasil assinaram em Brasília, um convênio de cooperação. A iniciativa será para troca de informações entre a Agência, a Receita e o Departamento de Marinha Mercante, do Ministério dos Transportes (DMM/MT).
O convênio prevê a integração de dados das bases do Mercante (Sistema de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), que recentemente passou a ser administrado pela Receita, e do Sistema de Desempenho Portuário (SDP), que é elaborado pela Antaq, permitindo à Agência consolidar dados mais detalhados sobre origem/destino, fretes, entre outros.
A Antaq consolida e publica dados referentes aos portos organizados e demais instalações portuárias, tais como movimentação de cargas, tarifas e tempos operacionais nas atracações/desatracações, e ainda indicadores diversos sobre a performance do setor aquaviário.
Essas informações são a base para a publicação do Anuário Estatístico Aquaviário e do Boletim Estatístico Trimestral, que são referência nacional e internacional em termos de estatísticas do setor aquaviário brasileiro, servindo ainda como subsídios para elaboração de políticas públicas, formulação e análise de projetos.
Para o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o convênio é bastante significativo porque vai permitir a troca de informações de interesses comuns e uma maior aproximação entre as três instituições:
“Recentemente, a Receita passou a administrar o Adicional de Frete da Marinha Mercante, e esse trabalho para ser bem desenvolvido necessita de uma aproximação da Receita Federal com a Antaq e com o Departamento de Marinha Mercante. Do ponto de vista da administração tributária, o convênio vai permitir que isso aconteça de uma maneira mais concreta e mais sólida”, afirmou.
Segundo o diretor-geral da Antaq, que estava acompanhado na assinatura do convênio do superintendente de Desenvolvimento, Desempenho e Sustentabilidade da autarquia, Rogério Menescal, a cooperação vai permitir à Agência aprimorar suas estatísticas, com a produção de dados mais ágeis, com maior confiabilidade e mais detalhados:
“Com esse convênio, a Antaq, que já é referência na produção de dados do setor aquaviário nacional, passa a ter mais uma ferramenta para trabalhar na melhoria constante das suas estatísticas. Esse é um passo muito importante para a Agência, que há muito tempo vínhamos buscando, e a gente agradece o esforço do secretário da Receita para a sua concretização”, declarou Povia.
Fonte: Portal Brasil
62,1% das principais rodovias do país tem problemas, diz estudo da CNT
Estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 62,1% das principais rodovias do país apresentam problemas. A pesquisa avaliou 98.475 quilômetros de estradas federais e estaduais, sob administração pública ou concessão, o que equivale a 48,4% do total de vias asfaltadas no Brasil (203.599 quilômetros).
De acordo com o documento, dos 18.960 quilômetros de rodovias sob concessão privada analisados, pouco mais de 4,9 mil quilômetros foram considerados regulares, ruins ou péssimos, o equivalente a 25,9% do total. O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, apontou, porém, que esse resultado foi influenciado pelas rodovias federais leiloadas pelo governo no ano passado, que ainda não tiveram tempo de receber melhorias.
Se consideradas apenas as rodovias sob gestão pública (federal ou estadual), 70,7%, ou 56,2 mil quilômetros, são considerados regulares, ruins ou péssimos.
A rodovia mais bem avaliada, de acordo com o estudo, é a ligação entre São Paulo e Limeira (trecho das BR-310/364 e SP-348). Já a pior avaliação foi para a ligação entre Natividade, no Tocantins, e Barreiras, na Bahia (trecho das rodovias TO-040/280, BA-460 e BR-242).
O estudo leva em consideração a situação do pavimento, sinalização e a geometria das rodovias. Considerando toda a extensão avaliada, a geometria (desenho da estrada) foi a principal falha encontrada: este tipo de problema atinge 59,7% das rodovias sob concessão e 82,3% daquelas sob gestão pública.
Investimento
A pesquisa da CNT aponta ainda que os investimentos do governo federal em infraestrutura rodoviária, apesar de terem crescimento na última década, vêm apresentando desaceleração desde 2011. Segundo o documento, foram efetivamente aplicados R$ 11,2 bilhões naquele ano, R$ 9,3 bilhões em 2012, R$ 8,3 bilhões em 2013 e, neste ano, até setembro, foram R$ 7,5 bilhões.
Na avaliação da CNT, seriam necessários investimentos de R$ 293,8 bilhões para melhorar a condição de rodovias importantes do país, sendo R$ 137,1 bilhões apenas em duplicações. Segundo a entidade, o estado do pavimento é responsável pelo aumento médio de 26% no custo do transporte no país, sendo 20,8% no Sudeste e 37,6% no Norte.
Além disso, o estudo aponta que, apenas em 2013, o custo com os 186.581 acidentes registrados nessas rodovias foi de R$ 17,7 bilhões. Se todas as rodovias fossem boas ou ótimas, diz ainda o documento, a economia com combustível chegaria a 737 milhões de litros de diesel, o equivalente a R$ 1,79 bilhão.
Fonte: G1
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Preço do petróleo desaba e zera defasagem da gasolina no Brasil
A queda forte do preço do petróleo zerou a defasagem entre os preços da gasolina e do diesel praticados no Brasil e no exterior. A notícia é um alívio para a situação financeira da Petrobras e o governo já cogita não reajustar os combustíveis este ano.
"Não faz o menor sentido, num cenário como o atual, aumentar não só a gasolina como o diesel", disse um assessor do governo à reportagem. Ele pondera, no entanto, que a decisão final será tomada após as eleições pela presidente Dilma.
O barril de petróleo tipo Brent caiu 4,3% ontem para US$ 85,04 em Londres, o menor patamar em quatro anos. Desde o fim de 2013, a queda já chega a 23,5%, derrubando também as cotações dos produtos derivados.
A defasagem entre os preços dos combustíveis no Brasil e no golfo do México, que chegou a 20% em fevereiro, desapareceu. Cálculo do Itaú BBA aponta que a gasolina está hoje 5% mais cara que no exterior e o diesel 1%.
Esses porcentuais não levam em consideração o frete, que onera o combustível importado em cerca de 10%. Se incluído esse custo, a defasagem na gasolina ainda estaria próxima de 7%.
Sem reajustes
"No cenário atual, não há razão para reajuste dos combustíveis", disse Paula Kowarsky, analista do Itaú BBA. "Um reajuste seria malvisto, porque vai elevar a inflação à toa", disse Fábio Silveira,economista da GO Associados.
Segundo assessores da presidente Dilma, a queda do preço do petróleo é uma notícia positiva para o governo diante do risco de a inflação estourar o teto da meta.
A Petrobras vinha sofrendo muito com essa diferença de preços local e externo, porque o governo optou por segurar repasses para não pressionar a inflação.
Até agora, a estatal era obrigada a importar combustível caro e vender com prejuízo. Segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), a Petrobras perdeu R$ 2,7 bilhões com essas operações desde novembro de 2013, quando ocorreu o último reajuste da gasolina.
Segundo analistas, a forte queda do preço do petróleo é consequência da maior produção do produto nos Estados Unidos e da menor expansão da demanda global desde 2009.
A Opep, que reúne os países produtores de petróleo, resiste em cortar a produção, apesar dos pedidos da Venezuela. A Arábia Saudita e outros países creem que a queda dos preços é passageira. Além disso, os investidores estão se antecipando ao aumento de juros nos EUA e saindo das commodities.
Fonte: Folhapress
Novo terminal de cargas de SP será entregue em dois anos, diz Haddad
O novo Terminal de Cargas do Parque Novo Mundo, na Zona Norte de São Paulo, seja entregue em dois anos, segundo previsão anunciada pelo prefeito Fernando Haddad (PT). O espaço será operado pela iniciativa privada, que irá ampliar e melhorar a infraestrutura do local.
As obras devem começar no início de 2015, mas dependem de licenciamento ambiental. Principal ponto de parada de caminhoneiros que chegam à capital, o local está degradado. A população que vive no entorno reclama da violência, prostituição e abandono da área.
O terminal está localizado em um terreno privado, às margens da Rodovia Fernão Dias. A Prefeitura tinha intenção de desapropriar o espaço para assumir o espaço. No entanto, o interesse da iniciativa privada alterou essa ideia, já que o projeto será concluído sem ônus para os caixas do cofre público municipal.
“Tem um grupo empresarial que irá apresentar uma proposta de construir um Terminal de Cargas Privado”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. “Como não é uma área essencial do ponto de vista de serviço continuado, não tem o porquê a Prefeitura fazer por conta própria”, justificou.
Segundo Tatto, o novo terminal será construído em um terreno vizinho ao atual, possibilitando a sua ampliação. Além da infraestrutura de logística dos caminhões, estão previstos no projeto a estrutura de restaurantes e banheiros para os caminhoneiros, que costumam pagar para tomar banho em postos de combustíveis da região.
Cerca de seis mil caminhões passam pelo local diariamente, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo (Setcesp). Como atualmente existem apenas duas mil vagas, muitas vezes os veículos acabam se dispersando na região e estacionando em bairros vizinhos, como no Parque Edu Chaves, Jaçanã e Vila Sabrina.
Leonardo Andrade, representante da Setcesp, disse que a área precisa de investimentos. “É um terminal que realmente precisa da atenção da Prefeitura, ele tem grande utilidade, porque é o nosso único terminal de cargas da região metropolitana”, afirmou. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a escolha da empresa que irá construir e operar o local deve ser feita por meio de um chamamento público, um tipo de licitação.
Plano Diretor de Cargas
A Prefeitura de São Paulo também anunciou nesta segunda-feira a elaboração do Plano Diretor de Cargas na cidade, que é uma demanda antiga do setor. Quando o trecho Leste do Rodoanel for finalizado e interligado com a via Dutra, a Prefeitura pretende aumentar a restrição de caminhões na Avenida Jacú Pêssego, na Zona Leste de São Paulo. A via se tornou rota de fuga dos caminhões após as restrições de circulação na marginal Tietê.
“Assim que o governo do estado entregar esse pequeno trecho que falta do Trecho Leste [Rodoanel] nós vamos tomar medidas para corrigir os problemas da Zona Leste”, afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT). No entanto, ele não mencionou qual a restrição que será imposta aos caminhoneiros na Jacú Pêssego.
Fonte: G1
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Logística no Brasil ainda depende de hidrovias para se consolidar
Com um sistema de rios e lagos que ultrapassa 40 mil quilômetros navegáveis, o transporte hidroviário no País ainda engatinha. Estimativa do governo é que 12,5% de todo o transporte de cargas seja feito por hidrovia - número contestado pelo mercado.
De acordo com o balanço da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), o País movimentou, via navegação interna, cerca de 78,6 milhões de toneladas em 2013, número 2,84% inferior ao registrado em 2012.
"Sem uma política sólida de investimento do governo federal e sem políticas públicas de proteção das águas pelos governos estaduais, ao invés de incentivar esse modal, o País vai sentir, ano a ano, redução no uso das hidrovias. E isso vai contra a chance de avançar a cadeia logística no Brasil", disse o especialista em hidrovias e doutor em navegação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Cruzes.
No final do ano passado, o Ministério dos Transportes divulgou o Plano Hidroviário Estratégico, prevendo a ampliação do transporte por hidrovias em mais de três mil quilômetros. O objetivo é investir cerca de R$ 17 bilhões, até 2024. "O uso de hidrovias é a solução mais sustentável e eficaz para o País hoje. O custo para investir no modal é a metade do valor despendido em uma ferrovia, e tem um benefício ecológico enorme", disse o acadêmico.
Vantagens
O uso das hidrovias que cortam o País pelo interior é similar às vantagens do transporte de cargas via cabotagem, que movimenta contêineres pela costa brasileira: redução da emissão de CO2 ante ao transporte rodoviário, segurança na carga e menos congestionamento.
De acordo com o plano da Antaq, as hidrovias que receberão investimentos nos próximos anos são as que têm fluxos de carga igual ou acima de 50 mil toneladas por ano: Amazonas/Solimões e Negro; Madeira, Tapajós e Teles Pires; Tocantins, Araguaia, São Francisco, Parnaíba; Tietê e Paraná, além de Paraguai e das hidrovias do Sul (Taquari, Jacuí e Lagoa dos Patos).
Maior atenção
O caso que mais atrai a atenção de empresários e políticos é o da hidrovia Tietê-Paraná, que interliga os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, em uma extensão de 1,6 mil quilômetros navegáveis. "Este é um dos mais importantes complexos para escoamento de produção de açúcar e álcool", diz Cruzes.
Recentemente, os governos federal e do Estado de São Paulo firmaram acordo para o repasse de R$ 134 milhões para projetos de melhorias na hidrovia. O valor é parte de R$ 1,5 bilhão previsto num protocolo de intenções assinado há três anos. O projeto prevê a construção de terminais, o desassoreamento de trechos e a construção de barragens. O objetivo é capacitar a hidrovia para dobrar a capacidade de carga: seis milhões de toneladas, atualmente.
Integração com os portos
De olho no potencial da intermodalidade, a gigante do agronegócio Archer Daniels Midland (ADM) inaugurou este mês um novo terminal portuário, em Barcarena (PA). Com aporte previsto de US$ 200 milhões, o terminal é o primeiro em operação após a vigência da nova Lei dos Portos, 12.815, e já nasce com a perspectiva de integração do escoamento de grãos por hidrovia, rodovia e ferrovia.
"A localização geográfica e a multimodalidade fazem do terminal um investimento estratégico. Ele reduz o custo de transporte das regiões originadoras de grãos do Centro-Oeste, e aproxima a produção dos países de destino da Europa e da Ásia", disse o presidente da ADM América do Sul, Valmor Schaffer. O terminal inicia a operação com capacidade para exportar 1,5 milhão de toneladas, mas até 2016 deve operar com 6 milhões de toneladas.
Fonte: Portos e Navios
Dersa abrirá a 1ª fase da licitação do túnel entre Santos e Guarujá, SP
A Dersa abre a 1ª fase da licitação do túnel submerso entre as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo.
As empresas interessadas em participar das obras do submerso serão conhecidas na sessão pública de recebimento dos documentos de licitação, sede da Dersa, em São Paulo.
As construtoras interessadas precisam comprovar que possuem competência técnica e saúde financeira para conduzir a implantação do futuro túnel. Será permitida a participação de empresas nacionais e estrangeiras, isoladamente ou reunidas em consórcios, que deverão ser constituídos por até quatro empresas.
As empresas que conseguirem atender os requisitos técnicos e financeiros serão julgadas qualificadas e estarão aptas a apresentar proposta comercial na segunda etapa da licitação. A previsão da Dersa é iniciar a segunda etapa ainda em novembro de 2014. A empresa escolhida será aquela cuja proposta comercial resultar no menor preço global para a obra.
O custo total das obras está estimado em R$ 1,98 bilhão. O início das obras está previsto para janeiro de 2015, com duração de 44 meses.
Túnel submerso
O túnel submerso permitirá a articulação do transporte entre Santos e Guarujá, reduzirá o tempo de circulação de veículos, ligará as duas margens do Porto de Santos e contribuirá para a diminuição do consumo de combustíveis e a emissão de gases poluentes. O túnel será composto de seis módulos de concreto pré-moldado, construídos em uma doca seca no Guarujá. Após finalizados, serão rebocados flutuando até o local onde serão submersos.
Fonte: G1
terça-feira, 14 de outubro de 2014
ANTT prevê até R$ 5,37 de pedágio para nova concessão da Rio-Niterói
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu audiência pública para debater o projeto de relicitação da ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro. A ponte é hoje administrada pela CCR, mas a concessão, de 20 anos, termina em 2015. Por isso o governo fará um novo leilão.
A proposta da agência prevê tarifa de pedágio entre R$ 4,2753 e R$ 5,3722. A diferença se deve à possibilidade de inclusão de mais obras no contrato, que deverão ser feitas pelo vencedor do leilão. A taxa de retorno para os investidores foi fixada em 7,2% ao ano. Hoje a tarifa é de R$ 5,20.
O novo concessionário terá agora, segundo a proposta, 30 anos de contrato. O sistema de pedagiamento permanecerá igual: apenas uma praça de cobrança, no sentido Rio- Niterói.
O prazo para envio de sugestões sobre o projeto vai até 24 de outubro. Nesse período, também estão previstas duas reuniões para discussão dele, uma no Rio de Janeiro, no dia 15, e outra em Brasília, no dia 17 de outubro.
Investimentos
A proposta da ANTT prevê ainda que o novo concessionário terá, como obrigação, a construção de uma alça de ligação do sistema rodoviário à Linha Vermelha. O objetivo dessa obra é evitar que motoristas que se dirigem à Baixada Fluminense e à via Dutra passem pela Avenida Brasil. Outra obrigação será a implantação de uma passagem subterrânea sob a praça Renascença, em Niterói. Com ela, diz a agência, o tráfego na região terá mais fluidez.
Além disso, a audiência pública vai discutir a inclusão de uma obra na Avenida Portuária, em continuidade à alça de acesso à linha vermelha, para fazer a ligação com a Avenida Brasil. É a inclusão dela que faz o preço do pedágio saltar de R$ R$ 4,2753 para R$ 5,3722.
O investimento a ser feito pelo concessionário ao longo dos 30 anos de concessão é estimado em R$ 976 milhões, sem a obra da Avenida Portuária, e R$ 1,37 bilhão, com a obra. A receita com pedágio, no mesmo período, é calculada em R$ 4,63 bilhões e R$ 5,81 bilhões, respectivamente.
Prefeitura quer tirar Ceagesp da Zona Oeste de São Paulo
O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou que pretende retirar a Ceagesp, maior entreposto comercial da América Latina, da Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. Um dos pontos possíveis para a instalação seria o Rodoanel Mário Covas.
“A ideia é colocar a Ceagesp em um local mais estratégico no ponto de vista de distribuição. Ainda está sendo pesquisado, mas já opções”, afirmou Haddad. Com a medida, a administração municipal pretende diminuir o congestionamento de caminhões nas marginais Pinheiros e Tietê.
No lugar do entreposto, a Prefeitura pretende criar áreas verdes, moradia popular e instalação de empresas para a geração de emprgos. “Nós não queremos uma cidade murada, queremos uma cidade em que as pessoas convivam entre si”, afirmou Haddad.
O prefeito acrescentou que planeja ocupação mista da área. “Não adianta você ter moradia se não tiver emprego, não adianta ter emprego e moradia se não tiver sustentabilidade.”
Questionado se os permissionários da Ceagesp já foram consultados sobre a possibilidade de mudança, Haddad respondeu que, até o momento, não, e que eles irão participar das audiências públicas para debater o assunto. “Não [foram consultados], porque a decisão foi tomada na semana passada de fazer essa transformação”, destacou.
Mudança de lei
Para que o projeto se torne viável, a Prefeitura propôs uma mudança na Lei de Uso e Ocupação de Solo. A intenção é transformar a área que atualmente é considerada uma zona industrial (ZPI) em uma zona de interesse especial (ZIE). A mudança depende de aprovação da Câmara Municipal e será votada no ano que vem. Antes, serão realizadas audiências públicas para consultar a opinião da população e dos envolvidos.
Como a área pertence à União, a Prefeitura necessita de autorização do governo federal para tocar o projeto. “A nossa ideia é de uma parceria tripartite: município com a mudança de zoneamento, a União com a terra e o parceiro privado, que entregaria para a cidade uma nova Ceagesp e se beneficiaria de uma parte da intervenção urbana que será feita na área.”
O projeto é visto com interesse por Haddad, pois a atual Ceagesp fica no Arco do Futuro, eixo estruturante de desenvolvimento econômico e social da cidade. “A ideia é utilizar aquela área de forma mais nobre, é uma área importante da cidade de São Paulo, é o entroncamento importante das duas marginais, que tem transporte coletivo, inclusive sobre trilhos, a linha 4 do Metrô e 9 da CPTM estão perto.”
Fonte: G1
São Paulo passa por testes com entregas noturnas de cargas
A Secretaria Municipal de Transportes deu início ao projeto-piloto de entrega noturna de cargas na cidade de São Paulo, mais especificamente na Zona Oeste. As operações serão efetuadas por 30 dias, das 21h às 5h.
Este procedimento que passa a ser adotado em caráter experimental tem como finalidade dar ganho de produtividade para as empresas e melhorar o trânsito da cidade.
Grandes empresas participarão da primeira fase voluntariamente: Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Assai, O Boticário, Droga Raia, Drogasil, Coca-Cola, Renner, Camicado, Drogaria SP, Leroy Merlin, Ambev, Brasil Foods, Riachuel, Centauro, Telhanorte e Zafari.
As próximas etapas ocorrerão em dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, e envolverá outras empresas.
Ao longo do projeto-piloto, serão avaliados tópicos como a fluidez do tráfego, emissão de poluentes, ruído, segurança e produtividade.
A área de estudo envolve as seguintes vias: Marginal Tietê, Ponte da Freguesia do Ó, Marquês de São Vicente, Pompéia, Heitor Penteado, Dr. Arnaldo, Pacaembu e Ponte da Casa Verde.
O local foi escolhido de forma técnica em conjunto entre pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), o SETCESP e grandes empresas.
Este programa também envolverá a Polícia Militar e outros órgãos da Prefeitura além da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) como o Psiu (Programa de Silêncio Urbano) e subprefeituras.
"Estamos realizando este Projeto Piloto para obter dados parametrizados sobre estas operações na cidade. Neste momento, estamos apenas realizando testes, para aproveitarmos o espaço viário da cidade da melhor forma. Para se ter uma ideia, o Centro Expandido de São Paulo representa 10% da área total da cidade, concentra 15% das vias principais e recebe 59% de todas as viagens de deslocamentos. Os testes acontecerão em três fases, daqui até o início do ano que vem, e estão sendo realizados por empresas que participaram voluntariamente do projeto", diz Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.
“As entregas noturnas são uma bandeira antiga do SETCESP, sugerida pela entidade à Prefeitura de SP como uma das medidas para valorizar o abastecimento de cargas da cidade e para otimizar a logística na maior Região Metropolitana do Brasil” comenta Manoel Sousa Lima Jr. Presidente do SETCESP. “O SETCESP participou da elaboração do Projeto Piloto em parceria com a Prefeitura e é um dos idealizadores da iniciativa, que trará parâmetros para que São Paulo possa ampliar a medida para outras regiões. As entregas noturnas são uma excelente alternativa para o abastecimento de São Paulo, pois vão otimizar as operações de entregas durante o horário em que o viário público está ocioso e o abastecimento não concorre com a movimentação de carros de passeio e do transporte coletivo. Esta é uma medida que encontra a sensibilidade e o entendimento da Prefeitura de São Paulo em relação às necessidades de nossa cidade, principalmente para o abastecimento e a mobilidade Urbana”, conclui.
Fonte: Imprensa SETCESP
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Países do Mercosul adotam placa unificada de veículos a partir de 2016
Foi apresentada em Buenos Aires (Argentina) a nova placa de identificação para os veículos do Mercosul, bloco econômico da América do Sul que integra Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Venezuela.
O novo sistema entrará em vigor em 2016, quando será obrigatório para todos os veículos de transporte de mercadoria e passageiros registrados nesses países. Dois anos depois, será a vez dos carros de passeio.
Além da placa unificada, os países apresentaram um novo sistema de consulta regional para trocar informações sobre dados do proprietário do veículo, número da placa, marca, modelo, tipo de veículo, número de chassi, ano de fabricação e histórico de roubo e furto.
Sistema
A placa contém sete caracteres, entre letras e números, além da identificação do país de origem, com nome e bandeira. Feita em tamanho único, a chapa apresenta o símbolo do bloco comercial e medidas de segurança para evitar clonagem.
Até 450 milhões de combinações serão possíveis com a nova identificação, número muito superior à atual frota da 110 milhões de veículos dos cinco países. Em todo o Mercosul, são cerca de 280 milhões de habitantes.
A nova placa passará a ser aplicada ao mesmo tempo em que o atual sistema utilizado na Argentina se esgota. Lá, a configuração de três letras e três números conta com menos de 2 milhões de combinações possíveis. Já no Brasil, segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), até o fim de 2013 foram utilizadas 81.600.729 das 175.742.424 combinações possíveis. Sendo assim, ainda restam aproximadamente 94 milhões placas disponíveis.
Fonte: Portal Transporta Brasil
Nove rodovias federais concedidas operam com nova tecnologia para cobrança de pedágio
Das 15 rodovias federais concedidas com praça de pedágio, nove já começam a operar com a infraestrutura para a nova tecnologia de leitura das informações de uma placa de identificação veicular eletrônica, chamada Tag. O sistema tem o objetivo de facilitar a operação de cobrança e pagamento de tarifa, além de aumentar o fluxo de tráfego.
O novo padrão tecnológico segue o modelo definido pelo Governo Federal para o Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos) e vem para substituir as demais tecnologias existentes.
A medida é resultado da Resolução 4.281/2014, publicada em 19/2 pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que dispõe sobre a padronização, implementação e operação do novo padrão de Arrecadação Eletrônica de Pedágio nas rodovias reguladas pela ANTT.
Para Marcelo Leismann, especialista em regulação da ANTT, o sistema vai facilitar o controle da operação de cobrança e de pagamento da tarifa, sem redução da velocidade dos veículos e sem comprometer a qualidade do fluxo de tráfego.
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Com a regulamentação, o usuário vai poder contratar o serviço por meio de pagamento à vista, pré-pago ou pós-pago; realizar a transação em cabine específica, onde não há necessidade de parada; evitar filas nas cabines manuais, sem paradas e arrancadas; e diminuir o consumo de combustível, de emissões de gases poluentes e de custos do veículo, como freios e suspensão.
As rodovias Nova Dutra (BR-116/RJ/SP), Régis Bittencourt (BR-116/SP/PR) e Fernão Dias (BR-381/MG/SP) foram as primeiras a trabalhar com o novo sistema.
Nesta semana, a Ponte Rio-Niterói (BR-101/RJ) e as Rodovias Fluminense (BR-101/RJ), Eco101 (BR-101/ES), ViaBahia (BR-116/324/BA) e Concepa (BR-290/116/RS) também iniciam as atividades. A concessionária Ecosul (BR-116/392/RS) utiliza o novo método em forma de testes.
Todas as concessionárias têm prazo até 16 de novembro para dar o pontapé inicial à nova técnica.
Fonte: CNT
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