sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Isolamento encarece a logística



A logística na Amazônia é uma questão ainda sem solução e que só deve começar a ser equacionada no próximo governo. Depois de apresentar, quatro anos atrás, um plano para reduzir o custo logístico da região, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) voltou a debater o problema há dois meses, sem que praticamente nenhum ponto da proposta original tenha sido atacado.

A nova avaliação da entidade feita a partir de levantamentos da consultoria Macrologística indica que se nada for feito até 2020, o parque logístico amazônico terá atingido o limite de sua capacidade. O levantamento calcula que os investimentos necessários nos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário somem R$ 14 bilhões. Segundo a consultoria, o custo logístico da Amazônia é de R$ 17 bilhões por ano. Nos quatro anos desde o levantamento original, não foi concluída nenhuma obra de vulto - a não ser a pavimentação de um trecho da BR-163 (Cuiabá-Santarém). A obra, iniciada ainda no governo Fernando Henrique, só será concluída no próximo ano.

Há dois meses o Ministério da Integração e a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) debatem a inclusão dos projetos mapeados pelo estudo na próxima edição do PAC, o Programa de Aceleração do Desenvolvimento, e no PIL (Programa de Investimento em Logística). Lançado em 2012, o PIL até o momento só investiu 7% do previsto. O programa prevê projetos no valor de R$ 240 bilhões.

Desenvolver logística amazônica sem prejudicar a preservação ambiental é um grande desafio, na visão de Augusto Rocha, doutor em engenharia de transporte e professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Rocha acredita que a logística amazônica custe entre 30% a 40% mais que no restante do Brasil, devido às dificuldades características da região e a necessidade de estoques maiores que em outras partes do país.

Ele defende a aplicação permanente de 2% do PIB em investimentos logísticos para eliminar os gargalos. Entre eles, o do principal polo industrial da região norte, Manaus. Isolada do restante do país por terra - exceto em relação a Roraima -, a capital do Amazonas enfrenta custos crescentes nas operações portuárias e de navegação. A alternativa ao transporte fluvial é a carga aérea, viável apenas para uma parcela de produtos de baixo volume e alto valor agregado.

A principal ligação por terra de Manaus com o restante do país está hoje parcialmente inutilizada. Um trecho de 400 a 500 quilômetros da rodovia BR-319, que liga a capital amazonense a Porto Velho, em Rondônia, só é transitável em veículo com tração. Sem pavimentação, o trecho foi tomado pela floresta. A recuperação da BR-319 é prevista pelo PIL. A recuperação da rodovia estava prevista na primeira edição do PAC, foi retirada e voltou no plano de logística lançado em 2012, mas até o momento nada foi feito. Além do caminho por Porto Velho, cargas que sigam por carreta para o Nordeste e o Centro-Sul do país têm de enfrentar, antes, o trajeto de mil quilômetros por balsa até Belém.

Discute-se muito a substituição da rodovia por ferrovia no mesmo traçado, ocupando o leito já aberto. A avaliação dos especialistas é que a estrada de ferro reduz o impacto ambiental por ter menor potencial de ocupação de suas margens. A ferrovia está nos planos de obra do governo federal.

"Nós temos uma rede de hidrovias naturalmente fantástica, mas abandonada", comenta Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). "Precisamos de medidas práticas de apoio à navegação, cujo impacto é muito menor que de outros modais, e precisamos também de práticas para atenuar o impacto desse modal."

Segundo ele, as hidrovias "não existem formalmente" no Ministério dos Transportes, mas "estão funcionando a todo vapor". De acordo com Viana, somente a hidrovia do rio Amazonas (Manaus-Belém) gera R$ 80 bilhões por ano. "O que precisa é identificar os gargalos." Ele defendeu o corredor entre Manaus e Porto Velho e as saídas pelos portos fluviais do norte do Mato Grosso e sul do Pará, principalmente para produtos como a soja do Centro-Oeste, hoje sujeita a uma viagem de 2 mil km ou mais por caminhão para os portos do Sul e Sudeste.

Viana criticou a não previsão de eclusas nas obras destinadas à produção de energia nos rios amazônicos, como as do Madeira. A ausência de eclusas impede a navegação por trechos maiores, reduzindo as alternativas da região. A boa notícia é que a Marinha promete começar o balizamento e a sinalização do Madeira.

O presidente da FAS também mencionou a possibilidade de desenvolvimento de uma hidrovia devidamente sinalizada e balizada entre Manaus e Iquitos, no Peru, pelo rio Solimões. Segundo ele, é uma alternativa importante para a Zona Franca de Manaus com vistas às relações comerciais com os países andinos.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Frota de veículos cresce mais rápido que estrutura viária do país



A frota de veículos cresceu acima da estrutura viária nas maiores cidades do país nos últimos anos. A frota de veículos aumentou 92% entre 2002 e 2013, enquanto a extensão do sistema viário aumentou 62%. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, com base em uma pesquisa da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) que comparou dados de 438 municípios com mais de 60 mil habitantes.

O coordenador do estudo, Eduardo Vasconcellos, afirma que a malha viária cresce de acordo com o aumento da população. Segundo ele, os congestionamentos cada vez maiores nas grandes cidades e até no interior do país decorrem da explosão da frota de veículos, principalmente de carros e motos.

Vasconcellos explica que a experiência com outras cidades no exterior mostra que a saída para o problema não seria abrir novas ruas e avenidas. A principal solução seria acabar com o estímulo ao transporte individual como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos novos e os subsídios à gasolina. A pesquisa aponta que o preço da gasolina subiu 38% em dez anos, abaixo da inflação.

"Descontando o gasto com a compra e manutenção, o custo de usar o carro em um mesmo deslocamento é equivalente à tarifa do transporte público nas nossas cidades. Na Europa, essa relação é de cinco vezes", diz Vasconcellos em entrevista à Folha de S. Paulo. Ele acrescenta que melhorias do transporte coletivo são urgentes. Mas enquanto o custo benefício do carro for igual ao do ônibus, a maioria das pessoas continuará preferindo o carro.

Futuro – Segundo Vasconcellos, as ações de políticas públicas estruturais no Brasil não tiveram avanços significativos nos últimos tempos. O país também apresenta um elevado potencial de crescimento para a indústria automobilística no mundo, além da Índia e China. Isto é, se não houver incentivos à utilização do transporte coletivo, a tendência é de que os congestionamentos aumentem cada vez mais nos próximos dez anos.

Fonte: Veja

Tecnologia de SC registra excesso de peso enquanto caminhão passa na via



Uma tecnologia desenvolvida em Santa Catarina objetiva agilizar e otimizar a fiscalização do excesso de peso em veículos de carga nas rodovias. Para isso, o equipamento registra se há ou não infração enquanto o caminhão está trafegando na estrada, conforme mostrou reportagem do Jornal Nacional desta segunda-feira (18).

Ultrapassar o limite de carga faz parte da rotina de muitas transportadoras. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina analisou 216 mil notas de diferentes empresas de transporte. O resultado foi que 91% delas indicavam que a carga estava acima do peso. A dificuldade está na fiscalização, já que muitos motoristas fogem das balanças para não serem flagrados.

Como funciona
Pelo novo modelo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o caminhão será pesado na própria rodovia, em velocidade normal. Somente os veículos suspeitos de irregularidade terão que entrar no posto de fiscalização.

Se o excesso for confirmado, o motorista recebe a multa em casa, pelos Correios. O condutor que tentar fugir, terá o caminhão fotografado e também vai receber uma punição. Os veículos que estiverem dentro da lei seguem viagem sem precisar parar.

"Com isso, nós vamos garantir a trafegabilidade, a agilidade sem esse gargalo, que seria ter que parar em um posto de pesagem mesmo estando de acordo com as normas, então todo o transportador ganha. Até o fluxo na própria rodovia ganha", afirmou o superintendente do Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes (Dnit) de Santa Catarina, Vissilar Pretto.

Interesse internacional
O projeto foi aprovado e servirá de modelo para implantação de novos postos de pesagem em todo o Brasil. A ideia está chamando a atenção de pesquisadores de outros países.

Com o objetivo de entender melhor como funciona essa tecnologia, 220 técnicos estrangeiros participaram de um seminário sobre o equipamento no início do mês. "O mundo está preocupado e está desenvolvendo novas tecnologias também para controlar o excesso de peso", afirma o engenheiro e pesquisador da UFSC Hélio Goltsman.

Fonte: G1

Projeto prevê simplificação tributária em quatro anos



O Movimento Brasil Eficiente (MBE), que reúne entidades empresariais e especialistas em contas públicas, formulou um plano de simplificação tributária para ser cumprido em quatro anos. A proposta já foi entregue aos candidatos à presidência, que têm demonstrado interesse em enfrentar o problema a partir de 2015.

Nas palavras de Paulo Rabello de Castro, coordenador do MBE, as medidas são simples e objetivas: “Mas são tão transformadoras que podem ser consideradas um Plano Real dos Impostos”, diz. A meta é unificar sete impostos e contribuições que formam a espinha dorsal da arrecadação brasileira e reagrupá-los em apenas dois tributos.

Um deles foi batizado de Novo Imposto de Renda. Ele seria formado pela união de seis contribuições e impostos: o próprio IR, mais o IPI, a contribuição sobre folha de pagamento, a Cofins, o PIS e a CSLL.

O segundo tributo seria o ICMS Nacional. Ele teria uma única alíquota, uma única regra e a sua arrecadação seria dividida entre União, estados e municípios. Hoje, a cobrança do ICMS varia de estado para estado e ele não é compartilhado com a União.

O ICMS sempre foi um complicador. Sozinho, já emperrou muitas tentativas de reforma. Governadores e prefeitos, que partilham de seus ganhos, temem que qualquer mudança leve à perda na arrecadação. “O grande diferencial da proposta atual é que nenhum ente da federação - União, estados ou municípios - ganharia ou perderia arrecadação”, diz Rabello. “A arrecadação se manteria, sem que houvesse sequer a necessidade de se criar um fundo para compensar eventuais perdas.”

A “mágica”, explica Rabello, estaria em redistribuir os atuais tributos. Cada estado e município adotaria uma Unidade Real de Valor - uma espécie de URV Fiscal - para fazer transição de um modelo para outro. Ela indicaria o percentual de participação no total da arrecadação - e a participação seria mantida com o redirecionamento dos impostos. Exemplo: as contribuições sociais, que hoje são exclusivas do caixa da União, passariam a ser compartilhadas.

Segundo Rabello, ao final dos quatro anos, não haveria alteração na carga tributária - o contribuinte continuaria pagando o mesmo volume de impostos. No entanto, haveria aumento na eficiência e queda nos custos com o pessoal e a gestão da burocracia exigida pelo fisco. Estima-se que, ao final, a economia para setor privado equivaleria a 2% do PIB. No longo prazo, porém, a simplificação abriria espaço para que, efetivamente, se cobrasse menos impostos. A carga tributária, hoje acima de 36% do PIB, poderia cair a 30% do PIB até 2022, diz Rabello.


Contribuintes já pagaram R$ 1 trilhão aos cofres públicos apenas em 2014
Os contribuintes já destinaram R$ 1 trilhão aos cofres dos governos federal, estaduais e municipais em 2014. A marca foi registrada no dia 12 de agosto pelo Impostômetro. O painel eletrônico, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), fica instalado no Centro da capital paulista e apura, em tempo real, o total de tributos pagos aos três níveis de governos.

O aumento da carga tributária no País faz com que esse valor seja atingido cada ano mais cedo. Em 2013, a marca foi atingida em 27 de agosto, 15 dias antes.

No ano de 2008, o valor de R$ 1 trilhão foi alcançado pela primeira vez, no dia 15 de dezembro. Em 2009, a marca foi registrada um dia antes, em 14 de dezembro. Em 2010, no dia 26 de outubro; em 2011, em 13 de setembro; e em 2012, em 29 de agosto. Até o fim de 2014, o Impostômetro deverá superar R$ 1,7 trilhão, valor arrecadado no ano passado.

No ritmo atual, os brasileiros pagam R$ 4,464 bilhões por dia em tributos. Isso equivale a uma média de R$ 186 milhões por hora, R$ 3,1 milhões por minuto e R$ 51,7 mil por segundo. Neste ano, cada brasileiro já pagou cerca de R$ 5.000,00 em tributos.

Em contrapartida, a sonegação de impostos no Brasil alcançou o valor de R$ 300 bilhões, conforme registro no Sonegômetro. Um caminhão com o painel eletrônico dos dados foi instalado ao lado da rodoviária de Brasília, área central da cidade, pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

A intenção é atrair a curiosidade da população e, assim, mostrar o quanto o governo deixou de recolher em imposto apenas nestes oito meses do ano por causa da sonegação dos contribuintes. Até o fim do ano, a estimativa é que o País perca R$ 500 bilhões em arrecadação.

Os R$ 300 bilhões que o governo deixou de arrecadar somente neste ano, até agora, correspondem a 12 vezes os gastos com a Copa do Mundo. O Sonegômetro foi criado inspirado no Impostômetro. A iniciativa lançada em Brasília pelos funcionários da Fazenda faz parte da campanha “Quanto custa o Brasil pra você?”, realizada pelo Sinprofaz, que quer alertar sobre os impactos da sonegação fiscal no País.


País tem um ‘não sistema’ que atrapalha a vida de todos, diz Fraga
A presidente Dilma Rousseff defendeu, recentemente, em discurso para industriais, que uma das marcas da mudança de seu governo foi o resgate da política industrial “superando fortes preconceitos”. Ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, o economista Armínio Fraga, que lidera a equipe de discussões econômicas na campanha do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB), dá sua visão.

“Temos um grau elevado de variância nas alíquotas que, às vezes, tem algumas justificativas, mas nem sempre. Então, gradualmente, isso também devia ser revisto. E o tema se conecta com outro de maior importância que é o da política industrial. Nesse mundo da proteção, das desonerações e subsídios etc., não cabe um ‘Big Bang’”, diz. “Em outras frentes, vamos ter de avaliar o quadro que nós vamos herdar e decidir o que fazer.”

O economista dá seu diagnóstico: “A situação é grave, a economia vem desacelerando, os riscos estão aumentando, estamos expostos a problemas também vindos de fora, que ainda não aconteceram, mas podem acontecer. Então, é um quadro de bastante complexidade. Defendo que esses casos de proteção sejam feitos de maneira gradual e em paralelo a uma série de outros esforços que o governo faria se chegar lá”.

Por maior resistência que haja na tentativa de modificar as atuais práticas, Fraga pondera: “O que temos hoje é um aspecto do ‘não sistema’ tributário, como diz o (economista) José Roberto Afonso”, diz. “Em sendo um ‘não sistema’, não surpreendentemente está atrapalhando a vida de todo mundo. Isso (a reforma), na nossa leitura, não é um jogo de soma zero. É um ganha-ganha. Sendo feita, vai criar muito valor. Essa é uma questão de calibrar as coisas e ver como dá.”

Preocupado em passar uma mensagem tranquilizadora também às empresas, ele destaca: “Há um espaço para se posicionar e se avaliar como as coisas estão funcionando, o que está dando certo, o que não está e, gradualmente, corrigir algumas distorções que possam surgir desse trabalho. Esse tema tem gerado muita tensão e existe um receio de que as coisas seriam feitas de supetão”.

“Sem nenhuma ilusão de que vai levar tempo, vai dar trabalho, mas com um objetivo dessa grandeza vale a pena fazer o esforço e resolver isso de uma maneira mais permanente”, avalia. “As empresas são as que mais reclamam hoje. Se a calibragem for bem feita, eu acho que isso vai se resolver. Se as empresas não apoiarem, aí realmente é grave, porque elas são hoje as que mais sofrem com isso tudo.”

Outra questão, essa já mais avançada, segundo o economista, é a necessidade de zerar os impostos indiretos sobre a exportação e os investimentos para tornar o País mais competitivo. “Insisto nesse assunto, porque realmente é um problema que está aí engasgado na boca do exportador há muito tempo e a hora de dar uma solução concreta para essas questões está chegando”, avalia. “Eles vão continuar pagando, obviamente, seu imposto de renda, seus impostos trabalhistas, porque estamos falando em desoneração de impostos indiretos.”

Fonte: Jornal do Comércio

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Motoristas devem ficar alertas com obras em 174 quilômetros



O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) alerta os motoristas para as obras de recuperação em oito rodovias, na região Noroeste do Estado. Os serviços estão sendo feitos ao longo de 174 quilômetros. Por isso, os usuários devem ficar atentos às sinalizações das obras e possíveis bloqueios temporários nos trechos.

“Por haver muitas máquinas e operários nos locais, os motoristas devem ficar alertas e respeitar as sinalizações, para evitar possíveis transtornos e acidentes nos locais”, alerta o superintendente da regional Noroeste do DER-PR, Heitor Dutra.

São executados serviços rotineiros ao longo dessas rodovias, para melhorar a condição dos pavimentos e segurança dos usuários. Além do acesso e escoamento de produtos de mais de 17 municípios da região.

Os serviços são de alinhamento e correção de imperfeições das vias, como de buracos e trincas, além de troca de capa asfáltica em pontos críticos. As sinalizações horizontal e vertical e serviços de corte da vegetação e limpeza da pista também estão sendo executados pelas equipes.

TRECHOS - Na PR-576, entre Tapira e o Rio Ivaí, e na PR-498, de São Carlos do Ivaí a Japurá, as equipes trabalham com serviços de melhorias na capa asfáltica ao longo dos trechos.

Nas PR-465 (Peabiru a Araruna), PR-182 (entroncamento com BR-376, em Loanda), e na PR 218, no trecho de Paranavaí a Graciosa, os serviços são de pintura das pistas e melhorias nas sinalizações.

E nas PR-485 (Casa Branca a Alto Paraiso), PR-317 (Maringá a Santa Fé) e PR-546 (Floresta a Itambé), as equipes estão trabalhando com serviços de tapa-buraco e nivelamento das pistas.


Fonte: Agência Paraná

Guarujá discute implantação de radares móveis



Alvo de polêmica entre motoristas, os radares móveis de Guarujá ainda não sairão das ruas. A prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) vetou o Projeto de Lei 60/2014, aprovado pelos vereadores em 10 de junho, que proíbe o uso desses equipamentos.

Há 25 radares na Cidade. No ano passado, das 78.661 infrações flagradas no trânsito, 25.934 foram registradas pelos dois equipamentos móveis, que se revezam em seis pontos. Suas multas representaram 32% do total.

Para decidir pelo veto, a Prefeitura argumentou que o projeto “representa ingerência do Legislativo no âmbito de atuação do Executivo”. Por isso, seria inconstitucional. O veto deve ser apreciado.

Caso seja derrubado, o projeto volta ao Executivo e a lei é sancionada. Entretanto, poderá seguir o rito de outras 50 que foram alvo de ações ajuizadas entre 2008 e 2013 pela Administração Municipal. Dessas, 46 foram consideradas inconstitucionais pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Entretanto, o assessor jurídico do Legislativo, Renato Cardoso, destaca que desde o ano passado a Câmara venceu pelo menos sete ações do gênero nos tribunais. “O Legislativo coleciona vitórias na Justiça em ações que são movidas pela Prefeitura com intuito de barrar a aprovação de projetos de lei que são aprovados, sob esse mesmo argumento”.

O vereador Jaime Ferreira de Lima (Pros), autor do projeto que determina o fim dos radares móveis, afirma que este tipo de equipamento é desleal com o motorista. “Entendo que os radares fixos e lombadas eletrônicas já atendem essa necessidade. Se há ruas ou avenidas que precisam de fiscalização, que isso seja feito com equipamentos fixos e sinalizados. Fazer pegadinha, a meu ver, é inaceitável”.


Horário
Em meio ao veto sobre o fim dos radares móveis, na sessão surgiu uma nova polêmica sobre os equipamentos. O vereador Gilberto Benzi (Pros) apresentou um projeto de lei para que o funcionamento dos radares semafóricos seja entre 6 e 22 horas.

Segundo o vereador, por muito tempo os equipamentos funcionaram durante este horário. Entretanto, “sem qualquer aviso prévio, o horário foi mudado para entre 5 e 23 horas, lesando diversos motoristas”.

Ele afirma que havia desinformação inclusive na Diretoria de Trânsito e Transporte. “Quando solicitei o horário de funcionamentos dos radares, ninguém soube me informar com precisão, tanto que fui obrigado a apresentar um requerimento pedindo esses dados”.

De acordo com o projeto apresentado, “no período das 22 até as 6 horas não incidirá multa decorrente de avanço de semáforos, desde que a velocidade do veículo não ultrapasse a velocidade máxima permitida para a via e demais regras preceituadas no Código de Trânsito Brasileiro”.

Fonte: A Tribuna

terça-feira, 19 de agosto de 2014

São Paulo chega a marca de 460 quilômetros de faixas para ônibus




São Paulo conta agora com 460 quilômetros de faixas de ônibus. Entre os últimos locais a receber a estrutura esta o trecho urbano da Via Anchieta, com um quilômetro e meio à direita. A operação é nos dois sentidos, de segunda a sexta-feira, das 6 da manhã às 9 da manhã e das 5 da tarde às 9 horas da noite.

De acordo com previsão da CET, passam pelo local 102 mil passageiros em ônibus municipais, não contando o fluxo de pessoas em usuários dos ônibus intermunicipais, que também devem ser beneficiados com a faixa.

Desde janeiro de 2013, São Paulo soma 352 quilômetros e 900 metros de faixas exclusivas para ônibus. A medida é uma resposta da prefeitura pelos protesto de reivindicação de melhores condições no transporte. Alguns locais houve resistência por parte de alguns moradores, muitos deles que se incomodaram em perder a vaga de estacionamento. É a famosa carrodependência paulistana.


Fonte: Via Trolebus

Pedágio por trecho só funciona em 145,5 km de rodovias




Mais de dois anos após o primeiro projeto-piloto entrar em operação, o sistema de cobrança de pedágio por trecho percorrido em São Paulo, batizado de Ponto a Ponto, continua em fase de testes e funciona em somente 2,3% dos 6,3 mil quilômetros de rodovias estaduais pedagiadas. São três estradas, que somam 145,5 quilômetros cobertos pelo programa.

Pioneiro no País, o modelo foi lançado em abril de 2012 na Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), no trecho que liga Itatiba a Jundiaí, mas somente para moradores de nove bairros de Itatiba. No mês seguinte, foi a vez da Rodovia Santos Dumont (SP-075), que liga Campinas a Sorocaba, também com adesão limitada a quem vive em Indaiatuba.

Somente na Rodovia Governador Adhemar de Barros (SP-340), que liga Campinas a Mococa, não há restrição de adesão ao projeto e qualquer usuário da via pode instalar o equipamento (tag) em seu veículo e obter 50% de redução no valor do pedágio. Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pela implementação do Ponto a Ponto, a SP-340 tem hoje 59.882 motoristas inscritos. A Rodovia Governador Adhemar de Barros foi a última a receber o sistema, no ano passado.

Somando os usuários cadastrados no programa nas três rodovias estaduais, o Ponto a Ponto beneficia hoje 64.458 motoristas. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota atual do Estado de São Paulo é de cerca de 25 milhões de veículos.

De acordo com a Artesp, o Ponto a Ponto está em fase de instalação em 77 quilômetros da Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), entre Paulínia e Cosmópolis, região de Campinas, onde um pedágio foi incendiado durante manifestações ocorridas em julho de 2013.

O início da operação está previsto para as próximas semanas. A intenção, afirma a agência, é ampliar o programa, mas os prazos ainda não estão definidos.


Tarifa
O valor das tarifas de pedágio foi um dos principais temas explorados na corrida eleitoral ao governo do Estado, há quatro anos. À época, o então candidato Geraldo Alckmin (PSDB) havia prometido rever os contratos de concessão de rodovias e até reduzir os valores em algumas praças que cortam municípios do interior. Depois de eleito, o governador desistiu da ideia e anunciou a criação do sistema Ponto a Ponto.

Em maio deste ano, a Assembleia Legislativa instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as tarifas praticadas nas rodovias paulistas. Em depoimento a deputados, o secretário de Logística e Transportes, Clodoaldo Pelissioni, e a diretora-geral da Artesp, Karla Trindade, disseram que o sistema Ponto a Ponto representa o futuro da cobrança de pedágio, mas não definiram metas de ampliação do modelo.

Segundo a Artesp, o número de motoristas que usam sistema de pagamento automático nas rodovias paulistas, como o Sem Parar, é de 56,77%, ou seja, supera os que ainda param nas praças de pedágio para o pagamento manual da tarifa. O uso de meio eletrônico favorece a adesão ao Ponto a Ponto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Agência Estado

Logística custa 17% do preço da soja entregue em Paranaguá




Uma pesquisa do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), buscou responder a algumas questões sobre o tema com o Projeto Benin.

Ao longo de 2013 pesquisadores do Esalq-Log levantaram informações pertinentes aos principais elos da cadeia de exportação de soja paranaense – a armazenagem, o transporte e o Porto de Paranaguá.

Durante a realização do estudo, foi realizada uma série de visitas ao Estado do Paraná, nas quais foram entrevistados diversos agentes do setor, direta e indiretamente ligados ao processo de exportação de soja.

A partir de uma simulação, e tomando como exemplo a semana do dia 12 de setembro de 2013, os resultados mostraram que os produtores paranaenses, dependendo da região, perdem entre 14% e 17% de sua receita bruta em decorrência dos custos logísticos.

O detalhamento maior mostra que os custos de transporte são os mais representativos, tendo um impacto médio de 8,76% no Estado, dependendo da distância entre a origem e o porto. Além deste, a armazenagem apresentou um custo médio de 6,38% da receita bruta, e os custos portuários 2,58%.

Além dos custos logísticos, é importante ressaltar que outras variáveis como o preço do produto no mercado internacional, a cotação do dólar e o prêmio do porto também tem grande influência na receita do produtor.

"O dinamismo do preço da soja no mercado internacional e da cotação do dólar, por exemplo, são algumas das variáveis que influenciam bastante na receita dos produtores, porém são dependentes da oferta e demanda do produto no mercado internacional e de políticas nacionais macroeconômicas, respectivamente.

"As variáveis logísticas por sua vez, tem sim um grande peso para redução da receita dos produtores, e cabe aos agentes do setor buscar cada vez mais a redução dos impactos delas, mesmo em épocas que o preço do produto e a cotação do dólar não estejam tão favoráveis aos exportadores brasileiros", comenta Fernando Vinícius da Rocha, mestrando em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e pesquisador do Esalq-Log.


Relatórios
Como resultados do Projeto Benin, foram elaborados três relatórios principais. O primeiro abordou especificamente a armazenagem, o segundo envolveu as questões do transporte rodoviário no Estado, e o terceiro tratou das questões pertinentes ao Porto de Paranaguá. Em cada um desses relatórios encontram-se as caracterizações de cada um dos setores, bem como o detalhamento dos custos pertinentes a cada um.

Finalmente, um quarto relatório quantificou numericamente as perdas logísticas existentes no processo de exportação paranaense. Essa mensuração se deu por meio da elaboração de um simulador onde é possível trabalhar com todas as variáveis intervenientes na receita líquida do produtor, com avaliações de cenários pertinentes para tomada de decisão do produtor.


Gargalos
A pesquisa também evidenciou gargalos de cada um dos elos estudados. "O conhecimento dos principais gargalos ao longo da cadeia de exportação, bem como o quanto eles representam em termos monetários, é o primeiro passo para busca por melhores condições de infraestrutura logística", complementa Rocha.

O trabalho também mostra o impacto da chuva no carregamento dos navios graneleiros em Paranaguá, o qual é da ordem de 25% do tempo, e ressalta também algumas vantagens comparativas (nível tecnológico e organizacional, como o Sistema Carga OnLine, por exemplo) que o Porto de Paranaguá tem em comparação com alguns outros portos brasileiros, além de fazer algumas recomendações de investimentos para incremento da capacidade operacional do porto, e aumento da capacidade de expedição de carga.

O Projeto Benin foi a continuidade da parceria entre o Esalq-Log e a FAEP que teve início em 2011 com o Projeto Jamaica, que tratou da competitividade dos fretes ferroviários e rodoviário no Estado do Paraná. Os relatórios do Projeto Benin estão disponibilizados no site da FAEP.

Além de Rocha, o Projeto contou com a participação dos professores José Vicente Caixeta Filho (diretor da Esalq e coordenador geral do Esalq-Log) e Augusto Hauber Gameiro, docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia do campus da USP, em Pirassununga; e de Thiago Guilherme Péra (coordenador do Esalq-Log), além de outros 15 pesquisadores de graduação e pós graduação membros do Grupo.


Fonte: Farol Comunitário

ANTT autoriza investimento de R$ 285 milhões para a BR-050/GO/MG




A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) autorizou a captação de empréstimo de R$ 285 milhões para os investimentos iniciais de implantação, operação, recuperação, manutenção e conservação da BR-050/GO/MG.

A abertura de crédito será de R$ 190 milhões junto à CEF (Caixa Econômica Federal) e de R$ 95 milhões ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A rodovia está sob a responsabilidade da empresa concessionária MGO Rodovias.

A empresa venceu o leilão do trecho, realizado em 18 de setembro do ano passado, ao oferecer o valor da tarifa de pedágio de R$ 0,04534 por quilômetro. O deságio – diferença do valor máximo estabelecido no edital e o montante oferecido pela empresa vencedora da concessão – ficou em 42%.

A BR-050/GO/MG faz parte da 3ª etapa das concessões rodoviárias federais, integrante do PIL (Programa de Investimentos em Logística). O Programa objetiva o desenvolvimento acelerado e sustentável por meio de uma ampla rede de infraestrutura com eficiência logística e modicidade tarifária.

Com informações da ANTT


Fonte: CNT

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Cetesb multa 45 veículos por emissão de fumaça


Em cinco horas de operação na rodovia Ayrton Senna (SP-98), no trecho de Itaquaquecetuba, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) identificou 45 veículos movidos a diesel, dos 4.159 analisados, emitindo fumaça preta na atmosfera. Todos os flagrados receberão multa de 60 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), que corresponde a R$ 1.208,40.

 De acordo com o biólogo da Cetesb, Jorge Neves, a verificação é feita partir da cor da fumaça que é expelida pelo veículo, que deve ser avaliada conforme uma escala de quatro cores. Para aplicar as multas, os técnicos fazem a aferição das emissões por meio de um instrumento denominado Escala de Ringelman.

Trata-se de um cartão, no qual estão impressos cinco padrões de cinza, por meio do qual o técnico faz a comparação visual da fumaça. Se a cor da fumaça corresponder aos padrões 3, 4 ou 5 da escala, o veículo será multado.

O principal objetivo desses comandos é reduzir as emissões de caminhões, ônibus, vans e picapes.

Fonte: Mogi News

Câmara analisa proposta que defende proibição de venda de bebida alcoólica em posto de combustível



A Câmara dos Deputados está analisando um Projeto de Lei que tem como finalidade proibir a venda de bebida alcoólica em postos de combustíveis e suas respectivas lojas de conveniência.

A proposta 7241/14, do deputado Antonio Bulhões (PRB-SP), sugere que o estabelecimento que descumprir a lei deva pagar multa de R$ 1.500 a R$ 3.000 e tenha o registro de revendedor suspenso pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) por 30 dias, ou até cancelado, após duas reincidências. Quando a loja de conveniência e o posto forem de empresas diferentes, eles responderão solidariamente pela infração, diz a proposta.

A ANP poderá fazer parcerias com órgãos de fiscalização estaduais e municipais para garantir o cumprimento da regra.

Para o parlamentar, a venda de bebidas alcoólicas por postos de combustível é uma “verdadeira contradição” ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei 9.503/97), pois incentiva o risco de acidentes graves.

“O local não é apropriado para receber pessoas que ali permanecem por horas com seus carros estacionados na área de serviço do posto”, disse.

O deputado também ressaltou que o consumo de álcool pelos motoristas é uma das maiores causas de acidentes de trânsito com vítimas fatais.

A proposta foi apensada ao PL 6869/10, do Senado, que tramita junto com outros 247 projetos e aguarda votação pelo Plenário.


Fonte: Portal Transporta Brasil