sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Obras do VLT começam em junho em São Vicente

As obras no trecho de São Vicente do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) começam em junho, de acordo com a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). O trajeto terá cinco estações de embarque e desembarque com cobertura e sistema de cronometria indicando os horários das composições.

Estudos realizados estimam que o VLT vai transportar de 120 a 150 mil passageiros por dia. As 22 composições do VLT vão circular em São Vicente ao longo da linha férrea já existente. A ciclovia será preservada e o sistema viário receberá algumas melhorias.
A expectativa dos técnicos da EMTU é de que a primeira composição do VLT comece a operar em novembro de 2013, em testes, em todo o primeiro trecho, que vai da ponte sobre o Canal dos Barreiros até o Porto de Santos, incluindo uma ligação entre a avenida Conselheiro Nébias até o Valongo.

O maior terminal de integração será na Ponte dos Barreiros. Para isso, haverá necessidade de elevação da pista da Rodovia dos Imigrantes no ponto da Linha Amarela. A licitação dos viadutos será aberta em maio. Outra intervenção necessária será a reforma do viaduto da avenida Antônio Emmerich.
Fonte: Metro Santos

Agergs define aumento de pelo menos 11,7% nas praças de pedágio do RS

Em uma audiência pública, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) apresentou, um plano para reajustar até a semana que vem as tarifas de seis pólos pedagiados no Estado. O cálculo apontou para um aumento de 11,7% nas cancelas para veículos de passeio e de 12% para os comerciais, contrariando a posição do governo estadual, que promete impedir a reposição enquanto não for concluída uma auditoria nos atuais contratos com as concessionárias. A Agergs, no entanto, garante ter legitimidade para colocar em vigor os novos preços sem interferência do Executivo.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística, os cálculos da Agergs serão respeitados, mas não devem entrar em prática. A assessoria da pasta, contudo, não confirmou como o Estado vai fazer para reverter o reajuste, que, em tese, de acordo com a agência, só pode ser barrado através de uma intervenção judicial.

A Agergs tem o poder de fixar a tarifa desde que o valor esteja previso em contrato, o que é o presente caso. O Conselho Superior da Agergs deve fixar o novo valor. A partir daí, o Estado pode buscar, através das vias legais, outros instrumentos, para ressarcimento, defendeu o conselheiro da agência, Carlos Martins.

Com o plano apresentado hoje, as tarifas para veículos de passeio, que já saltaram para R$ 6,70 e para comerciais, que passaram a custar R$ 8,40 nas praças de pedágio de Lajeado, região Metropolitana de Porto Alegre e Caxias do Sul, administradas pelo Consórcio Univias - que entrou na Justiça -, podem subir também nas praças de Santa Cruz do Sul, Carazinho e Vacaria.
Fonte: Rádio Fandango

Porto de Santos recebe a maior embarcação de sua história

O Porto de Santos (SP) registrou um novo recorde de atracação. O porto recebeu nesta semana o maior navio de sua história, o porta-contêiner “Cosco Vietnam”, de bandeira de Hong Kong, com cerca de 330 metros de comprimento.

Navio - Com capacidade de armazenamento de 8.208 TEUs (contêineres de 20 pés), o “Cosco Vietnam” tem 334 metros de comprimento linear, 42,8 m de boca (largura máxima) e calado de 14,5 m em máxima carga. O navio, vindo do Porto de Itaguaí (RJ), mais que iniciou viagem em Cingapura, é agenciado pela Aliança.
A embarcação atracou no Tecon Santos, o terminal de contêineres da Santos Brasil, localizado na Margem Esquerda do porto. Lá, segundo a administração portuária, o navio descarregou 1.400 contêineres.

Desde que iniciou suas operações em 1997 no porto, segundo a Santos Brasil, as maiores embarcações a atracar no Tecon Santos foram Maersk Luz, Maersk Lima, Maersk Letícia e Maersk Lirquen, ambos com capacidade para 7.450 TEUs cada. De acordo com a empresa, o terminal está preparado com equipamentos, tecnologia e mão de obra capacitada para receber navios com capacidade para até 12 mil TEUs.
Fonte:  Canal do Transporte

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

MP investiga radares ocultos sob viadutos

O promotor Maurício Ribeiro Lopes vai instaurar inquérito para apurar se os novos radares instalados sob passarelas e viadutos da cidade são ilegais.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) já colocou os equipamentos em seis pontos das avenidas 23 de Maio, na zona sul, Alcântara Machado e Aricanduva, na zona leste.
Ao todo, serão espalhados 19 radares pelas ruas da cidade, adaptados para fiscalizar especialmente motociclistas que trafegam acima do limite de velocidade. Segundo a CET, eles ainda não estão em funcionamento.

“A norma é clara. Os equipamentos devem estar em locais visíveis. Por isso, a Promotoria vai investigar”, afirmou ontem Ribeiro Lopes. Para o presidente da Comissão de Trânsito da seção paulista da OAB, Maurício Januzzi, os equipamentos são irregulares. Segundo ele, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determina que o radar fixo tem de estar em local visível ao motorista.
“O condutor precisa saber que está sendo fiscalizado”, explica. Januzzi orienta os motoristas que forem autuados por esses radares a tirarem uma foto do aparelho e a recorrer. “A multa nesse caso foi ilegal. É causa ganha”, afirma.

A CET afirma que os radares estão devidamente sinalizados indicando a existência de fiscalização eletrônica. Por isso, segundo a CET, eles não contrariam as determinações do Contran.
Fonte: Metro SP

Inmetro suspende teste de frenagem para o RTQ5 no transporte de produtos perigosos

O Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, publicou esta semana, o Diário Oficial da União, a portaria nº 70, que suspende temporariamente a exigência de medição da eficiência de frenagem nos veículos que realizam o transporte rodoviário de produtos perigosos, de acordo com as exigências do Regulamento Técnico da Qualidade, RTQ5.

O Regulamento define todos os itens que devem ser verificados para a obtenção do Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos. Segundo o Inmetro, a suspensão da exigência se dará até o órgão encontrar nova metodologia, mas adequada aos testes, e publicar nova regra por meio de portaria.
Fonte: Imprensa SETCESP

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Com reajuste, receita tarifária da Codesp chegará a R$ 1,7 bilhão

 O aumento das tarifas do Porto de Santos poderá gerar uma receita total de R$ 1,7 bilhão à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do complexo, deste ano até 2014. É o que diz relatório do grupo de trabalho do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, que analisa a proposta de incremento feita pela Docas, ao qual A Tribuna teve acesso.
Cabe ao CAP avaliar os aumentos tarifários pedidos pela Codesp.
Todo o montante recebido pela Docas a título de tarifas portuárias entra para o caixa da empresa e é utilizado para manter sua estrutura administrativa e o funcionamento do Porto. Em 2010, a arrecadação tarifária foi de R$ 370 milhões. Naquele ano, o Porto movimentou 96 milhões de toneladas de mercadorias.
O possível incremento de 58,3%, proposto pela Docas e divulgado pelo Conselho em sua última reunião, é uma média dos aumentos individuais pedidos para cada uma das três tabelas de tarifas praticadas pela administradora portuária.
A proposta da Docas é de 32,5% de incremento à Tabela I (que reúne as tarifas de uso da infraestrutura portuária, pagas pelo armador), 103,9% à tabela II (com as tarifas de uso da infraestrutura terrestre, pagas pelo arrendatário de terminal) e 188,3% à tabela V (taxas de serviços gerais, pagas pelo requisitante, que pode ser o armador ou o terminal).
A tabela I abrange, por exemplo, os preços para a utilização do canal de acesso e das bacias de evolução, bem como da infraestrutura de acostagem e da faixa de cais. Já a tabela II engloba o uso das vias internas do cais (rodoviárias e ferroviárias) e é paga para que a Docas possa mantê-las em boas condições, inclusive com boa sinalização e iluminação. Também com o montante pago por esta tabela, a Docas mantém o sistema de combate a incêndio e redes de água e esgoto, entre outros.
A última tabela, a de número V, recai sobre serviços gerais, entre eles, o de fornecimento de energia elétrica.
Exatamente pelo fato de as estruturas evoluírem de formas diferentes, a Docas observou a necessidade de promover aumentos diferentes para cada tabela. O capital arrecadado pela de número I custeia, por exemplo, a dragagem de manutenção, que ficará mais cara pois o leito navegável do canal está sendo alargado (de 150 para 220 metros). Os recursos provenientes da II são usados na manutenção das vias internas, inclusive da Avenida Perimetral, inaugurada em 2010.
Sobre o aumento proposto pela Codesp, o presidente do CAP, Sérgio Aquino, disse que “é uma decisão que tem que ser feita com muito equilíbrio para atender as necessidades do Porto sem que ele perca competitividade”.
A Codesp foi procurada, mas não quis comentar o assunto.
Fonte: A Tribuna - SP

Santos Brasil movimentou mais de 1 milhão de contêineres em 2011

A Santos Brasil comemora a marca de mais de um milhão de contêineres movimentados em 2011. Segundo número da empresa, a movimentação no ano passado foi de 1.001.870 contêineres, com crescimento de 6,7% em relação a 2011.

A operadora conquistou participação de 53% dos contêineres cheios no Porto de Santos, de acordo com dados da Companhia de Docas do Estado de São Paulo e prevê movimentar, em 2012, 1,73 milhão de TEUs (unidade referente a um contêiner de 20 pés).
Segundo o diretor da Santos Brasil, Marcos Tourinho, o resultado positivo seguiu o alto desempenho da empresa em outras unidades, com recordes de produtividade operacional. “Com uma média trimestral de 80 Movimentos Por Hora (MPH), o Tecon Santos se consolida como o terminal de contêineres com maior produtividade no Brasil, chegando aos mesmos patamares de eficiência dos principais operadores de terminais de contêineres do mundo”, diz.

Em 2011, a Santos Brasil teve crescimento de quase 30% na receita líquida, com R$ 1,124 bilhão faturados, contra os R$ 865,5 de 2010. O EBITDA (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 456,9 milhões, um aumento de 47,3% em relação ao ano anterior. A margem EBITDA foi de 40,6%. O lucro líquido consolidado bateu a marca de R$ 246,6 milhões, elevação de 120,2% se comparado com o mesmo período de 2010.
Os terminais de Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conte (PA) da companhia e suas unidades de logística tiveram investimentos de R$ 196,7 milhões em 2011. A Santos Brasil finalizou as obras de expansão do cais no Tecon Imbituba e adquiriu dois guindastes preparados para atender os navios SuperPost Panamax na região. Para o Tecon Santos foram adquiridos 12 novos RTG twin picks (capazes de içar dois contêineres de 20 pés) além de 30 novos terminal tractors para substituir os caminhões de uso interno. Em Vila do Conde, os investimentos foram direcionados para expansão do pátio, aquisição de empilhadeira e balanças, além da abertura de mais dois Gates de entrada e saída.

Fonte: Portal Transporta Brasil

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Poupatempo começa amanhã a agendar renovação de CNH

A partir de amanhã, as unidades do Poupatempo na cidade de São Paulo passarão a agendar um dia para renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Para o agendamento, é preciso fazer um pré-cadastro no site e-cnhsp.sp.gov.br e escolher uma das datas disponíveis para a apresentação da documentação e a coleta biométrica (captação de digitais, fotografia e assinatura digital) em quatro unidades do Poupatempo -Cidade Ademar, Itaquera, Santo Amaro e Sé.
Após o cumprimento dessa etapa, o cidadão fica apto a prosseguir com o processo tradicional para renovar a habilitação, com a realização do exame médico, também no Poupatempo.

O agendamento vale também para adição e mudança de categoria na CNH.
Fonte: Jornal Folha de S.Paulo

Restrição de circulação de caminhões sofre mudanças

O Consórcio Intermunicipal confirmou ontem, na primeira reunião ordinária do ano, que entram em vigor no dia 9 de abril as restrições à circulação de caminhões em algumas das principais vias do ABC.
A proibição está sendo esboçada desde o final do ano passado e chegou a ser adiada, a pedido das empresas de transporte da região. A partir desta quarta-feira (8), terá início o processo de orientação dos motoristas, o que inclui a instalação de sinalização nas avenidas.
As restrições sofreram mudanças em relação ao projeto original. A proibição será aplicada entre as 6h30 e 8h30, e entre as 17h e 20h. Quando o Consórcio apresentou a proposta, em dezembro do ano passado, o horário previsto era das 6h às 9h e das 16h às 20h.

“Um período de seis horas e meia [de restrição] dava um impacto muito grande durante o período todo de fornecimento das empresas. Já foi uma mudança observando esse problema”, justifica o presidente do Consórcio, Mário Reali, que decidiu rever a proibição após ouvir as reivindicações das transportadoras.
Mauá ficou de fora

Outra mudança decidida pelo Consórcio foi a retirada de Mauá da lista de cidades que seriam atingidas pela proibição da circulação de caminhões. O pedido foi feito pela própria Prefeitura, por causa do trecho sul do rodoanel.
A proibição atingiria as avenidas João Ramalho e Capitão João. “Estaríamos limitando um trecho de via que está fazendo uma ligação importantíssima para dois grandes eixos: A Jacu-Pêssego e o próprio rodoanel. A geste limitaria o escoamento de carga para estas duas vias importantes”, explica a coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade Urbana do Consórcio, Andrea Brisida.

Avenidas

A proibição de circulação de caminhões vai atingir avenidas que integram os três eixos determinados pelo Consórcio como principais gargalos de trânsito no ABC. São elas:
Santo André
Av. Giovanni Batista Pirelli
Fonte:  Repórter Diário

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Estudos do ferroanel de São Paulo ficarão prontos em junho


O ministro dos Transportes, Paulo Passos, previu para junho deste ano a conclusão dos estudos que definirão o traçado e o modelo de concessão do ferroanel da Região Metropolitana de São Paulo. Feitos os levantamentos, será iniciado o processo de licitação da obra.

O anúncio foi feito após reunião, em São Paulo, na última sexta-feira com o secretário estadual de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo.

"A partir desses estudos serão dados os próximos passos", afirmou Passos. "Foi contratado estudo complexo que levanta e consolida todas as informações sobre o ferroanel." A expectativa é de que o ferroanel entre em operação em 2015 e o orçamento da obra fique em R$ 1,6 bilhão. O ferroanel, de acordo com as autoridades, é importante para desafogar as linhas utilizadas pela CPTM na região metropolitana. 

Hoje, o transporte de cargas precisa utilizar os horários ociosos dos trens de passageiros.

"O projeto tem o objetivo de disponibilizar as linhas da região metropolitana para servir a população que utiliza os trens e que cresce em volume muito elevado", disse Passos. Para o ministro, o ferroanel também vai acelerar o transporte de cargas até o Porto de Santos, inclusive com aumento de volume de bens transportados. "Hoje, passa pela região metropolitana de quatro a cinco milhões de toneladas de cargas, quando o potencial é de 20 milhões de toneladas", disse o ministro. "Significa nos prepararmos para que a logística de transporte seja feita com mais eficiência."

TAV

Na última sexta-feira teria ocorrido uma reunião entre o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Ministério dos Transportes. 

Especula-se que o conteúdo da reunião foi sobre o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), cuja linha parte do Município de Campinas, em São Paulo, até o Rio de Janeiro. De acordo com a ANTT, que não participou da reunião, espera-se que o leilão de concessão do TAV ocorra em setembro ou outubro, considerando que o edital vá para a audiência pública ainda este mês.

 Fonte: Diário Comercio Industrial

CET altera o trânsito no viaduto Pompeia


Um novo esquema de trânsito começou a valer para o viaduto Pompeia, na zona oeste da cidade.
O local está com restrições de tráfego desde um incêndio no galpão da Mocidade Alegre, que fica sob o viaduto, no início de janeiro.

Três períodos foram criados para que os motoristas usem duas das faixas da via desde sábado. Até então, a operação era dividida em dois períodos.

Durante a semana, das 6h às 10h, o trânsito no sentido centro (marginal Tietê-Pompeia) está liberado, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Das 10h às 17h, o tráfego ocorrerá em ambos os sentidos, um sentido por pista. Das 17h às 22h, o viaduto funcionará no sentido bairro (Pompeia-marginal Tietê).

Aos finais de semana, a operação se dará nos dois sentidos das 6h às 22h. Das 22h às 6h, fica fechado diariamente para obras.

O esquema pretende melhorar a fluidez no viaduto.

FARIA LIMA

Uma das faixas da avenida Brigadeiro Faria Lima, no Itaim Bibi, na zona oeste, está interditada.

O trecho bloqueado fica entre as ruas Chilon e Santa Justina, no sentido Santo Amaro. A faixa que está fechada é a do canteiro central.

A interdição abrange cerca de 300 metros dos 4.600 de extensão da via.

O bloqueio começou ontem e vai durar seis meses. A finalidade são as obras de uma rede coletora de esgoto.

A avenida Rebouças também tem uma interdição, no corredor de ônibus.

A CET fechou por um mês os 280 metros da faixa do corredor entre a rua Dr. Melo Alves e a alameda Jaú, nos Jardins. No período, a parada de ônibus Clínicas será transferida para o lado direito.

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo

Restrição a caminhões vai afetar consumidor


O Grande ABC deve, em breve, aderir à restrição imposta na Capital a respeito da circulação de caminhões no horário comercial. A proposta é que esses veículos sejam impedidos de percorrer por 20 das principais vias da região, com extensão de 40 quilômetros, todos os dias úteis, das 6h30 às 9h e das 16h às 20h.
A partir de quarta-feira terá início campanha educativa e, em 8 de abril, começa a punitiva. No entanto, o Setrans (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do ABC) entregou, na sexta-feira, pré-estudo das consequências da medida na região, essencialmente industrial. "Esperamos que o Consórcio (Intermunicipal do Grande ABC) reconsidere", diz o presidente do sindicato, Sallum Kalil Neto. Na quinta-feira, o presidente do Consórcio e prefeito de Diadema, Mário Reali, disse que o prazo foi adiado e que ainda não há data para a entrada em vigor.

Transportadoras da região já estimam prejuízos, que inevitavelmente vão chegar ao bolso do consumidor. O efeito em cascata deverá embutir os gastos extras em toda a cadeia.

"Infelizmente o custo final dos produtos e serviços para o consumidor vai subir, pois os nossos gastos para conseguir realizar a entrega também vão aumentar", afirma Lidiane Gonçalves, gerente de logística da Rapidesh, de São Bernardo. "Para sobreviver no mercado, seremos obrigados a modificar a nossa frota, investindo em caminhões de pequeno porte (conhecidos como VUC), que podem circular sem restrição. Sem contar o gasto a mais com combustível. Os clientes vão desembolsar o dobro para utilizar os serviços."

Lidiane estima que seria preciso investir R$ 200 mil para aquisição dos pequenos caminhões, sem contar os funcionários a mais. Hoje, por exemplo, são necessárias quatro pessoas para realizar uma mudança. Com a nova lei, serão nove, sendo três em cada uma das VUCs. "Gastaria R$ 350 a mais por dia para pagar os salários e os impostos dos empregados", completa a gerente. Embora seja um investimento, ele é feito sem haver o crescimento da demanda. Pelo contrário, todos temem a perda de clientes.

Para Joaquim Belo, proprietário da Transkim, de Diadema, o prejuízo é total. "Vamos fazer uma manifestação assim que a medida entrar em vigor. As principais avenidas vão ficar travadas", conta. "Se a decisão vigorar, ou eu fecho as portas ou eu banco as multas que meus caminhões vão levar todos os dias, já que eu fico na Avenida Piraporinha onde, só para sair, já serei multado."

Belo afirma que, em seu caso, a situação é ainda mais grave, pois ele possui caminhões guincho para o transporte de máquinas industriais, que só pode ser feito durante o dia por medidas de segurança. "E eu não tenho nem a opção de fazer a carga fracionada. Como é que levo uma peça de 15 toneladas aos poucos?"

O coordenador de logística da CG Express, Alexandre dos Reis, de Santo André, concorda que não haverá opção senão pagar as multas. "Não queremos fazer várias viagens porque temos de usar um caminhão de pequeno porte. Além disso, no lugar de um grande, serão cinco menores. O trânsito vai ficar ainda pior. E o consumidor final é quem vai pagar a conta."

INDÚSTRIA - Estudo do Instituto Ilos aponta que as empresas brasileiras gastam 8,5% de sua receita com logística. Em 2005, porém, eram 7,4%. Os custos dos transportes corresponderam a 10,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010 (R$ 391 bilhões). Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o montante equivale a 7,7% do PIB.

Para o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema, Donizete Duarte da Silva, esse percentual pode subir bastante e, pior, indústrias podem deixar a região por conta da medida restritiva de caminhões. "O Grande ABC é uma região industrial onde as empresas operam sincronizadas. As montadoras, que trabalham 24 horas por dia, recebem peças de hora em hora para montar um automóvel. E são 15 mil itens por carro. Se um fornecedor não entregar o banco, por exemplo, a linha de montagem para. 

Atrasando as entregas e com custo maior, as montadoras podem decidir se mudar daqui, o que deixará as autopeças sem clientes e, consequentemente, as levará à falência."

Em segmentos como o automotivo, a perda de tempo sem poder fazer entrega seria de sete horas. Já no de abastecimento dos supermercados, Kalil Neto, do Setrans, explica que a entrega poderá ser feita em horários alternativos, o que não inflacionaria os alimentos em um primeiro momento.

Fonte: Diário do Grande ABC