Uma nova greve no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro),
anunciada na sexta-feira passada (8), é apenas mais um capítulo da série de
obstáculos que a Petrobras vem enfrentando na área de refino, cujo principal
vilão é o controle de preços pelo governo, dizem analistas.
Esta é a sexta greve na unidade, que já deveria estar em operação
desde 2012, ajudando a amenizar a necessidade de importação de diesel pela
estatal, prática que junto com a importação de gasolina vem sangrando seu
caixa nos últimos dois anos.
No balanço de 2012, a área de abastecimento, responsável pelas
importações de derivados de petróleo, teve prejuízo de R$ 23 bilhões,
acendendo a luz vermelha no mercado e contribuindo para que a empresa
registrasse o pior lucro em oito anos.
Para 2013, a previsão da presidente da empresa, Graça Foster, é de um
ano ainda mais difícil do que o ano passado. A perspectiva para o consumo
interno de combustíveis este ano é de um aumento de 4%, e nenhuma gota a mais
de petróleo pode ser refinada no país.
No momento, as 12 refinarias da empresa operam com 98% da sua
capacidade, acima do ideal de 90% praticado pela indústria.
De acordo com o analista da Corretora Geração Futuro, Lucas Brendler,
a transformação da Petrobras de exportadora de gasolina até 2009 para uma
empresa com deficit na balança comercial nos últimos dois anos é reflexo do
crescimento da frota de veículos no país e do aumento de renda do
trabalhador, agravado pela falta de repasse do preço externo para os
combustíveis vendidos pela Petrobras no Brasil.
A empresa investiu na modernização do seu parque de refino, que datava
da década de 1970, mas não se preocupou em aumentar expressivamente a oferta,
disse.
"No passado, a Petrobras jogou a maioria das suas fichas na
produção de petróleo, cujo retorno é bem maior. A margem de refino é de no
máximo 10% e a de produção de petróleo de 50%", informou Brendler.
OPÇÃO
Levantamento feito pelo banco Credit Suisse conclui que é melhor para
a Petrobras construir refinarias a importar derivados.
Emerson Leite, um dos autores do estudo, alerta, entretanto, que mesmo
se a empresa já tivesse construído refinarias capazes de processar todo o
petróleo que o Brasil consome, o controle de preços do governo continuaria a
prejudicar as contas da empresa.
"O problema não é investir em refino, mas sim não ter preço de
mercado. A conclusão é que construindo a refinaria a empresa perde menos do
que importando, mas a margem de refino não tem sido suficiente para compensar
a construção, por causa do controle do governo", explicou o analista.
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Fonte.: Folha de S. Paulo
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Nova greve complica refino da Petrobras
Concessão faz 5 anos sem o que comemorar
Há exatos cinco anos o então presidente Lula assinou contrato em que o
governo federal concedia para iniciativa privada a exploração, com direito a
praças de pedágio, do trecho paulista da BR-153. Seria a solução para rodovia
esburacada e sem duplicação. A concessionária Transbrasiliana explora a
rodovia. De 136 quilômetros da região, apenas cinco, perto da represa de Rio Preto,
são duplicados. A concessão faz aniversário com quase nada para ser
comemorado.
A sonhada duplicação da rodovia ainda não chegou e o número de
acidentes e mortes aumenta. Nos últimos cinco anos, cerca de 180 pessoas
perderam a vida na BR-153 na região de Rio Preto. Os números impressionam.
Entre 2008 e novembro de 2012 ocorreram mais de 4 mil acidentes no trecho da
BR que passa pela região. Os acidentes ainda deixaram cerca de 2 mil feridos.
No ano passado, 180 pessoas morreram depois de acidentes na rodovia. Neste
ano, já são 5 mortos na região.
Em meio à concessão, já estava previsto que trecho de 17 quilômetro da
BR-153, que passa dentro de Rio Preto, seria duplicado pelo governo federal.
A obra jamais saiu do papel, apesar de promessas repetidas ano após ano.
Depois de idas e vindas, a esperança agora é que a duplicação saia pelo PAC.
Os motoristas que diariamente pagam para utilizar a rodovia acumulam
críticas e vivem apreensão, quando passam pela BR-153, chamada por muitos de
“rodovia da morte”. “Os buracos estão abrindo novamente e nós pagamos para
andar em cima deles”, diz o caminhoneiro Ari Paulo da Silva. . Roberto Carlos
Almeida Martins, também caminhoneiro, reclama dos buracos na pista na região
de José Bonifácio e da falta de duplicação. “Vemos em outras regiões do país
que onde é duplicado têm menos risco e acidentes”, afirma Martins. Ele também
reclama de das lombadas eletrônicas e radares que estão desligados na BR-153.
Eles foram instalados há cerca de seis meses. Amélito Fidelis trafega
regularmente pela BR 153 e diz ser um absurdo a concessionária “lucrar e não
fazer a terceira faixa”.
O contrato de concessão da rodovia é fiscalizado pela ANTT (Agência
Nacional de Transportes Terrestres). O contrato prevê série de obras. Um
trecho na entrada de Rio Preto, no quilômetro 51, deveria ser duplicado a
partir do quarto ano da concessão, segundo o documento da ANTT. A obra ainda
não foi iniciada.
A concessão ainda prevê duplicação de trecho de 34 quilômetros, desde
distrito industrial de Rio Preto até a região de Nova Aliança. Nada foi
duplicado nesse trecho, fora trevo em Bady Bassitt, em obra realizada pelo
governo federal.
No contrato de concessão ainda está previsto construção de trevos,
perto do entroncracamento com a rodovia Assis Chateaubriand, mas a obra só
devem começar no 13º ano da concessão. Ou seja, em 2021.
Em contrapartida, logo no primeiro da concessão, em dezembro de 2008,
a concessionária começou a cobrar pedágio. No trecho da BR-153 que corta o
estado de São Paulo há quatro praças de pedágio. O valor da tarifa, que era
de R$ 2,60 hoje é de R$ 3,30. Por ano cerca de 7,5 milhões de veículos pagam
pedágio nas duas praças na região, em Onda Verde e José Bonifácio.
Outro lado
O BOM DIA encaminhou ontem cinco e-mails para a assessoria da
Transbrasiliana, em que pedia detalhes sobre investimentos e obras previstas
na rodovia. A assessoria da concessionária disse que o sistema da empresa
estava com problemas para receber e-mail. O BOM DIA ligou novamente no final
da tarde, mas não conseguiu respostas da assessoria.
Movimento duplica já duvida de obra no PAC e cobra deputados da região
Integrante do Movimento Duplica Já BR-153, Ayrton Vignola afirma que
acompanhou recentes anúncios sobre obras do PAC e que em nenhum está previsto
duplicação da BR. Ele cobra que deputados da região se empenhem para
conseguir recursos para a rodovia. “O grupo do Duplica Já tenta entrar em
contato com os deputados que apoiaram a questão nos últimos meses mas não são
atendidos.”
Nem decisão da Justiça garante obras
Nem mesmo por força da Justiça a BR-153 foi duplicada. A Justiça
Federal de Rio Preto determinou a duplicação de trechos críticos da rodovia e
até construção de novos trevos. O governo federal consguiu liminar para
derrubar a decisão. O recurso está parado na Justiça Federal em Brasília
desde março de 2012.
Verba de R$ 55 mi se perde e PAC vira esperança de novo
Todo ano é a mesma coisa. Promessas de duplicação do trecho de 17
quilômetros que da BR-153 que passa por Rio Preto nunca saem do papel. No ano
passado, por exemplo, o Orçamento do governo federal reservou R$ 55 milhões
para a duplicação. O valor seria suficiente para iniciar a obra, avaliada em
cerca de R$ 180 milhões. O superintendente do Dnit (Departamento Nacional de
Infra-estrutura de Transportes), Ricardo Madalena, chegou a anunciar até
contratação de empresa que iria avaliar as áreas que deveriam ser
desapropriadas com a duplicação.
O prefeito Valdomiro Lopes (PSB) afirmou que havia até reservado local
para ser canteiro de obras. No entanto, o Dnit, em Brasília, apontou série de
falhas no projeto da prefeitura. Em outubro, outro relatório apontou 88
falhas. Na ocasião, o órgão, culpou o município pelo atraso. Ontem, a
assessoria da autarquia confirmou que a verba de R$ 55 milhões foi perdida. O
Ministério do Planejamento informou ontem que “dificilmente” nova obra deve
ser incluída no PAC. A assesoria da pasta ainda informou que não há verba
prevista para a BR-153 no orçamento deste ano. A esperança da prefeitura
agora é que a duplicação seja incluída no PAC, do governo federal. “Se entrar
no PAC não corre risco de perder recurso”, disse o secretário de
Planejamento, Milton Assis. Dilma afirmou, em visita a Rio Preto, em agosto
do ano passado, na entrega de casas no Nova Esperança. Nós iremos fazer a
BR-153. Eu asseguro a vocês”, afirmou Dilma à época.
A presidente é esperada em Rio Preto ainda neste mês para inaugurar
obra contra enchente. A expectativa é que Dilma anuncie, de novo, a
duplicação.
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Fonte.: Bom Dia
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Governo garante 700 maquinários para atuar em atoleiros da MT-170
O Rio Vermelho, na Região Noroeste do Estado continua alto, isolando
famílias nas cidades de Aripuanã, Juruena e Castanheira. Filas de caminhões
se formam nos atoleiros da MT-170. Por conta da situação, os prefeitos dos
municípios se reuniram na tarde de quarta-feira (13) com o governador
Silval Barbosa, que determinou medida emergencial para a região. Conforme o
governo, serão mobilizadas as 24 patrulhas existentes no Estado e mais de 700
maquinários cedidos em comodato aos municípios. Além disso, segundo o
governador, será doará óleo diesel às prefeituras.
Entretanto, o secretário de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana
(Setpu), Cinésio Oliveira, disse que os trabalhos nessas áreas vão iniciar
quando a chuva diminuir. “Agora não há o que fazer. Até temos uma equipe
próxima para dar socorro, mas não tem o que fazer”, pontuou.
Muitos caminhoneiros estão parados em meio a lama há duas semanas em
trechos intransitáveis da MT-170.
Pelo menos 20 deles estão na fila de
aproximadamente 300 metros junto a carros de passeio, caminhonetes e
motocicletas desde, a cerca de 20 km do município de Castanheira, 780 km de
distância de Cuiabá.
Eles estão impedidos de seguir viagem devido aos atoleiros da via
não-pavimentada e ao comprometimento da ponte de madeira sobre o rio
Vermelho, cujo nível subiu devido às chuvas constantes dos últimos dias, as
quais chegaram ao ponto de alagar a estrutura e danificar as cabeceiras.
Antes de chegar à ponte, com sentido a Castanheira, a passagem pela
rodovia tem sido complicada tanto para veículos pesados quanto leves nos
últimos dez dias. Os caminhões, carregados ou não, facilmente se atolam no
lamaçal. Alguns caminhoneiros têm se unido para puxar uns aos outros, mas nem
motocicletas conseguem vencer os trechos mais críticos.
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Fonte.: G1
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Fretes já estão 21% mais caros
A colheita da soja ainda está na fase inicial na região Centro-Oeste,
onde os trabalhos começam mais cedo, mas os valores dos fretes já subiram
21%. O aumento foi provocado pela maior demanda para transporte da safra
recorde de grãos e também pela alta nos custos, em função da nova Lei dos
Caminhoneiros, que obriga as empresas a conceder aos motoristas um período de
descanso de 30 minutos a cada quatro horas de viagem e repouso de 11 horas ao
fim da jornada diária.
Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Exportadores de
Cereais e Algodão (Anec) junto às tradings e cerealistas mostrou que o valor
do frete para transporte de grãos até os portos passou de US$ 81/tonelada na
safra passada para US$ 98/tonelada nesta safra. Segundo o diretor executivo
da Anec, Sérgio Mendes, em função das deficiências logísticas o frete pago
para transporte de grãos no Brasil é 6,5 vezes superior aos valores
praticados nos Estados Unidos e na Argentina.
O aumento de 5,4% no preço do diesel nas refinarias, anunciado
recentemente pelo governo federal, deve ter impacto relativo no valor de
frete, segundo Sérgio Mendes. Ele lembra que muitos contratos foram fechados
no início do segundo semestre do ano passado e que o diesel faz parte dos
custos variáveis do frete, que correspondem a 39% do total. "Para quem
não fechou contrato, a alta do diesel será uma injeção na veia, vai direto
para o custo final", diz ele.
Mendes diz que o setor torce para que tudo corra dentro da
normalidade, sem greves ou problemas climáticos que possam prejudicar o fluxo
dos caminhões, para que o Brasil consiga exportar o volume recorde previsto
de 39 milhões a 40 milhões de toneladas de soja em grão, além de outras 18
milhões de toneladas de milho. Ele observa que o volume de milho será
inferior ao da safra passada, que atingiu 22 milhões de toneladas, mas será
bem superior ao recorde anterior de 11 milhões de toneladas registrado na safra
2009/10.
O problema no Brasil, diz ele, é a dependência do transporte
rodoviário, que não é o mais indicado para grandes distâncias. Nesses casos,
as cargas deveriam ser transportadas por hidrovias ou ferrovias. Segundo a
Anec, cerca de 53% da safra brasileira é transportada por rodovia, 36% por
ferrovia e apenas 11% hidrovia. Nos Estados Unidos a hidrovia é responsável
por 60% do escoamento e as ferrovias, por 35%, restando apenas 5% para o meio
rodoviário.
O dirigente comentou que o setor privado está conversando com a Casa
Civil para tentar amenizar o impacto da nova Lei dos Caminhoneiros no custo
de transporte da safra. Existe movimentação de parlamentares no Congresso
Nacional para que o governo edite uma nova Medida Provisória que daria prazo
de até cinco anos para que o setor privado possa se adaptar às exigências da
nova legislação, como a construção das áreas de descanso ao longo das
rodovias federais.
Sérgio Mendes elogiou a medida adotada pelo porto de Paranaguá de
disciplinar o fluxo de caminhões, liberando apenas aqueles cuja carga já tem
navio programado para embarque. Ele diz que medida reduzirá a pressão sobre o
porto, mas observa que, devido ao fato de cada navio representar o
descarregamento de duas mil carretas, caso chova por dois dias seguidos,
interrompendo os trabalhos, podem se formar filas de 60 quilômetros ao longo
da estrada. "Se chover seis dias as filas chegam a Curitiba", diz
ele.
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Fonte.: Cruzeiro do Sul
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