As obras
da Avenida Perimetral da Margem Esquerda do Porto de Santos, em Guarujá, já
estão 50% concluídas, garantiu a Codesp. A previsão é de que o primeiro viaduto
da via seja entregue em cerca de cinco meses. O segundo deve ser liberado em
dezembro. Ambos têm 450 metros e são considerados fundamentais para eliminar o
incômodo cruzamento de caminhões e trens na região.
Os prazos
foram apresentados pelo diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Docas,
Paulino Moreira Vicente. Segundo ele, a expectativa é de que a via expressa
seja aberta ao tráfego no início do próximo ano, seu prazo inicial.
Além dos
viadutos, a construção da Perimetral envolve o alargamento da Avenida Santos
Dumont, principal acesso aos terminais de Guarujá, e a remodelação da Rua
Idalino Pinez (a Rua do Adubo), a única ligação entre a Rodovia Cônego Domênico
Rangoni e a Santos Dumont.
Após
percorrer a obra, o diretor da estatal afirmou que metade do serviço já foi
finalizado e que os atuais esforços são para que o primeiro viaduto seja
entregue em breve. Vicente afirmou que o estaqueamento dos dois viadutos já foi
concluído.
Atualmente,
estão sendo cravadas estacas de um bloco que vai integrar uma torre de energia.
A implantação dessa estrutura é necessária devido a uma linha de transmissão de
138 KV que passa por cima da área dos futuros viadutos e alimenta o Terminal de
Granéis (TGG) e Terminal Marítimo (Termag) de Guarujá. “Essa linha é um
problema crítico.
Precisamos
contratar alguns serviços, entre eles o reposicionamento dela. Para isso, está
sendo confeccionada uma torre especial, bem mais alta que a existente, para
poder ser feita a derivação dessa linha de 138 KV”, destacou o diretor.
Outra
intervenção necessária durante o serviço foi o remanejamento de uma rede de
13.8 KV que atrapalhava a faixa portuária. Ela já foi reposicionada. Agora,
está previsto um ajuste na passarela que passa por cima da linha férrea.
Atualmente
nove pilares de viadutos estão prontos e de pé, disse Paulino Moreira Vicente.
A expectativa é de que as bases desses pilares estejam concluídas até o final
deste mês. “Até o final de julho, todos os pilares vão estar prontos”, afirmou.
Até o
próximo dia 30, também deverão estar concluídos os dois encaixes dos viadutos,
que já estão sendo concretados. “A equipe vai sair desses dois encaixes do lado
portuário e irá fazer os dois encaixes (do lado) da Avenida Santos Dumont”.
Para o
final de agosto ou começo de setembro, o diretor da estatal pretende ter
condições de lançar as 39 vigas dos viadutos. Desse total, 33 já foram
concretadas. “Essas vigas são a cama para fazer o viaduto. Já estão sendo
fabricadas centenas de plaquinhas, que vão no meio das vigas para fazer a cama
da laje”, explicou.
O
trabalho adiantado leva a Docas a acreditar que o primeiro viaduto seja
liberado em novembro e o segundo, em dezembro. “Com a entrada do viaduto em
operação, isso já vai dar um ganho operacional muito importante, porque o
caminhão vai entrar e sair sem ficar mais disputando com a ferrovia”.
Com o
término da obra, que já passou pela fase de drenagem e terraplanagem, o
trânsito portuário terá disponíveis cinco faixas, três de entrada e duas de
saída. Já no trecho urbano, serão duas faixas para o tráfego com destino a
Vicente de Carvalho e duas para o centro do Guarujá. Isso mostra que, ao
contrário da Perimetral de Santos, no Guarujá, não haverá o cruzamento entre os
veículos de passeio e caminhões.
“O
crescimento do Porto de Santos passa pela dragagem de aprofundamento e pela
construção das perimetrais, com viadutos de passagem e a obra do mergulhão.
Isso é o desenvolvimento do Porto. Espero ver nos próximos cinco anos pelo
menos 10 viadutos prontos”.
Durante a
obra, a coordenação do trânsito é feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET) de Guarujá, em parceria com a Guarda Portuária (Gport). Recentemente,
foram contratados 30 novos agentes para organizar o tráfego e impedir a
formação de filas de caminhões.
A
construção da Avenida Perimetral é realizada pela Constran, empresa vencedora
da licitação. O valor é de R$ 51 milhões, com recursos disponibilizados pelo
Governo Federal, por meio do PAC, e administrados pela Secretaria de Portos
(SEP).
Fonte: A Tribuna – SP