O preço
do combustível não vai aumentar no Brasil, pelo menos por enquanto. Quem afirma
é Graça Foster, presidente da Petrobras, em entrevista exclusiva a Paulo
Henrique Amorim na edição 200 do programa Entrevista Record que foi ao na
segunda-feira (11). Segundo ela, o conjunto de variáveis que acompanha diariamente
ainda é favorável à empresa e à manutenção dos preços dos combustíveis vendidos
no País.
- Entendemos
que é possível esperar ainda mais um pouco, afirma Foster, primeira mulher a
dirigir uma das grandes empresas de petróleo no mundo. Segundo ela, a empresa
ainda tem como manter inalterado o preço do combustível no mercado brasileiro,
mas que isso vai depender de uma série de variáveis – como o preço
internacional do petróleo, o câmbio e o endividamento da empresa, alguns dos
quais fogem ao controle da empresa.
Graça
Foster lembra que a Petrobras importa gasolina e a vende no mercado interno por
um preço menor, e que essa diferença bancada pela empresa não pode atrapalhar a
capacidade de investimento da empresa para cumprir o plano de negócios
estipulado para o período 2011-2015.
- Mas
seria um pouco demais da minha parte colocar que na hora que eu estiver no
aperto, aí aumento o preço do combustível. Não é bem isso, diz Foster.
Questionada
por Paulo Henrique Amorim se costuma pedir aumento nos preços dos combustíveis
para a presidente Dilma, Foster respondeu que a conversa se dá no Conselho de
Administração, todos os meses.
O compromisso da empresa, afirma, é continuar
investindo e manter a forma disciplinada de gerir e tocar os projetos.
- Eu
tenho dito que, agora com a redução do preço de petróleo, arrefece a pressão
sobre o caixa, mas para continuar investindo, nós em algum momento vamos
precisar acertar o preço de combustível no Brasil.
E ela diz
ainda que não teme ser criticada por isso pelos consumidores, porque ele foi
poupado dos aumentos constantes que acontecem em outros países, onde o preço da
gasolina acompanha quase online o preço internacional – gerando aumentos
constantes.
- Em
algum momento, é possível que o meu consumidor fique aborrecido comigo. Mas
será a favor dele, a garantia de que ele tenha um suprimento garantido, que
tenha infraestrutura mais segura, para que tenha dois, três carros em casa, e
eu possa continuar atendendo eles com eficiência.
Fonte: R7