A Polícia
Rodoviária Federal (PRF) em Pernambuco recuperou, na madrugada de ontem, uma
carga de tecidos roubada, avaliada em R$ 589 mil. A apreensão foi feita por
policiais do posto da PRF de Gravatá, na BR-232, no Agreste. A carga pertencia
à Fábrica Vicunha Têxtil, do Rio Grande do Norte, e foi roubada na madrugada de
sábado, nas proximidades do município potiguar de Currais Novos, a 172
quilômetros de Natal. Os assaltantes abordaram o motorista e levaram o caminhão
e os tecidos.
A PRF
acredita que a investida tenha sido mais uma ação de uma quadrilha especializada
em roubo de cargas e acostumada a atuar nas estradas do Nordeste. Isso porque
um caminhão e um Fiat Uno ocupados por quatro homens estariam aguardando o
veículo com os tecidos roubados na cidade de Pombos, no Agreste. Como o
caminhão não chegou, o grupo teria fugido.
O
condutor do veículo, identificado como José Roberto da Silva, 52 anos, foi
preso e autuado por receptação de produto roubado e adulteração de
identificação de veículo. Ele, o caminhão e a carga foram encaminhados à Delegacia
de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. Pelas informações repassadas pelo
motorista à PRF, a carga seria levada para Caruaru, no Agreste, para ser
vendida, provavelmente, nas feiras da sulanca do município e da região,
conhecida pelo comércio de roupas populares.
Depois de
serem informados do roubo, os policiais rodoviários federais em Gravatá
desconfiaram do caminhão Volvo, placa CVP-5090, de Carapicuíba (SP), e
decidiram abordá-lo. O cavalo (caminhão propriamente dito) estava com
documentos em dia. Mas o baú tinha placa de outro veículo: DAU-6284, de São
José do Rio Preto, também em São Paulo. Ao abri-lo, os agentes descobriram os
tecidos roubados. A quantidade de tecidos não foi informada, mas a carga
ocupava todo o compartimento.
Ao
delegado Rodolfo Bacelar, de plantão em Vitória, o motorista preso negou
qualquer envolvimento com o roubo. Aos PRFs, afirmou apenas ter recebido R$ 1
mil para transportar a carga de Mamanguape, na Paraíba, para Caruaru. “A
conversa do motorista não me convenceu. Embora garanta não ter participado do
assalto, ele não soube informar de quem recebeu a carga nem para quem iria
entregá-la. É estranho a pessoa transportar uma carga sem essas informações.
Além disso, ele estava transportando um baú cuja placa não batia com o chassi
do veículo”, explicou.
À tarde,
o motorista assaltado em Currais Novos, Walderi do Nascimento Aguiar, 52, não
reconheceu José Roberto como um dos participantes do assalto, mas confirmou que
a carga roubada era a mesma. Como já havia respondido a processo por assalto e
foi preso por furto e porte de arma ilegal, José Roberto acabou sendo levado ao
presídio de Vitória.
Até a
noite de ontem, o caminhão (cavalo) roubado continuava desaparecido.
Fonte:
Jornal do Commercio – PE