Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Governo estuda alta em juros de concessões
A elevação da taxa básica da economia (Selic), somada às dificuldades para aumentar o crédito privado de longo prazo para as concessões de infraestrutura, abriu um debate no governo sobre a necessidade de elevar as taxas de juros que corrigem os financiamentos dos projetos.
O assunto é delicado por causa do cenário eleitoral, mas avalia-se que, sem uma mudança na estrutura de financiamento dos projetos, ficará mais difícil atrair recursos privados e aumentar o apetite dos investidores estrangeiros para a compra dos títulos (debêntures) atrelados às operações das concessões.
Os empréstimos das concessões são corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) - hoje em 5% - mais 2% ao ano, com prazo de 25 anos e 5 de carência para o pagamento. Essa é a taxa que consta na carta compromisso que foi feita pelo governo com as condições de financiamento oferecidas para os primeiros leilões do Programa de Investimento em Logística (PIL).
"O cenário hoje é diferente daquele quando as condições foram definidas", diz uma fonte graduada do governo envolvida nas negociações.
As instituições financeiras também pressionam o governo para a redução da taxa cobrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o repasse dos recursos ao financiamento das concessões. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que uma decisão deverá ser tomada logo. Hoje, o BNDES cobra um spread (diferença entre custo de captação e empréstimo) de 0,5% para o repasse, e o banco privado fica com uma rentabilidade de TJLP mais 1,5%. O BNDES resiste, mas a taxa deve cair para taxa entre 0,2% e 0,3%.
O atual quadro de maior restrição dos recursos do Tesouro Nacional para o BNDES, principal operador das concessões, impõe uma revisão dos custos para que possam ser diluídos na tarifa das concessões ao longo do tempo. "Não tem recursos suficientes do Tesouro para todos os projetos. A alternativa é o mercado de capitais", disse a fonte.
Resistência
O assunto tem sido discutido internamente no governo com bancos e empresas envolvidas nas concessões, mas ainda não se chegou a um consenso. A estratégia busca quebrar a resistência dos bancos, principalmente nesse momento de baixo crescimento em que é preciso acelerar os investimentos.
A ampliação do financiamento das concessões por meio das debêntures é o caminho para a redução da dependência do BNDES nas operações. A emissão desses papéis é vinculada diretamente aos projetos por meio da formação de uma sociedade de propósito específico, que reúne as empresas do consórcio ganhador das concessões.
Jogo
Nas concessões de rodovias já leiloadas, o "jogo já está dado" na estrutura de financiamento, segundo a fonte. Mas, para as novas, acredita-se ser necessária uma mudança para dar aos projetos rentabilidade que destrave o financiamento dos bancos privados e garanta demanda dos investidores em debêntures.
O governo negocia com o setor privado o fortalecimento do marco regulatório das garantias para incentivar o modelo de "project finance", quando a garantia do negócio são os recebíveis futuros do próprio empreendimento da concessão - a tarifa do pedágio, por exemplo. Uma medida provisória (MP) deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional para deixar mais claro os contratos de suporte de garantia dos acionistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo
Confaz altera preço de referência de combustíveis
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou nova tabela de preços de referência dos combustíveis.
Decisão publicada no Diário Oficial da União estabelece mudanças no preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) para os combustíveis em oito estados (AL, AM, PB, PE, PI, RJ, RN e SE) e no Distrito Federal, com validade a partir de 1º de outubro de 2014.
A medida é assinada pelo secretário executivo do conselho, Manuel dos Anjos Marques Teixeira.
Para Pernambuco, por exemplo, o preço de referência da gasolina tipo C passará a ser de R$ 2,9680 por litro; e de R$ 3,1600 por litro no Distrito Federal.
O PMPF serve como parâmetro para a cobrança do ICMS retido pela Petrobras no ato da venda dos combustíveis aos postos de gasolina.
Além da gasolina, a tabela do Confaz traz os preços de referência do diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene da aviação, etanol, gás natural.
Fonte: Estadão Conteúdo
Governo sanciona elevação de percentual de biodiesel no diesel
O governo federal sancionou a lei que aumenta o percentual de biodiesel no diesel para 6% a partir de julho de 2014 e para 7% a partir de 1º de novembro deste ano, conforme publicado no "Diário Oficial da União".
Antes da edição de medida provisória sobre o tema, o percentual era de 5%.
Com a elevação da mistura de combustíveis renováveis nos fósseis, o governo poderá aliviar a necessidade de importação de derivados de petróleo, que tem afetado as contas da Petrobras. Isso porque a estatal vende os produtos no mercado interno a um preço inferior ao que desembolsa para comprá-los no exterior, em função do controle das cotações.
Segundo o texto sancionado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) poderá, a qualquer momento e por motivo de justificado interesse público, baixar o percentual para até 6 por cento, "restabelecendo-o por ocasião da normalização das condições que motivaram a redução do percentual".
Fonte: Reuters
Governo publica regulamentação extra sobre o Inovar-Auto
O governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) portaria interministerial com regulamentação complementar do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). O documento dispõe sobre procedimentos a serem observados pelas montadoras integrantes do regime nos dispêndios com insumos estratégicos e ferramentaria, e respectivo tratamento das informações.
Segundo o texto, entende-se por insumos estratégicos toda matéria-prima, partes, peças e componentes utilizados na fabricação e incorporados fisicamente aos veículos. Já ferramentaria consiste no ferramental, específico por tipo de peça e acoplado a uma máquina, usado para estampar ou injetar autopeças destinadas ao processo de fabricação.
A regulamentação ainda estabelece que "o valor dos dispêndios com insumos estratégicos e ferramentaria para apuração do crédito presumido do IPI, nos termos do Anexo VII do Decreto nº 7.819, de 2012, corresponderá aos valores das Notas Fiscais, expressos em reais, relativos a insumos e ferramentaria." A portaria foi assinada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fonte: Estadão Conteúdo
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Estado investirá R$ 742,8 mi em rodovias
O governo do Estado de São Paulo assinou dois financiamentos, no valor de R$ 2,3 bilhões, com órgãos internacionais, sendo que desse total, R$ 742,8 milhões serão destinados a obras de modernização e melhorias em rodovias da região de Sorocaba.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) será o responsável pela contratação das empresas que realizarão as obras nas rodovias estaduais. A previsão é de que todos os reparos tenham início em 2015.
O valor foi captado por meio de financiamento entre o Estado e o Banco Mundial (Bird e Miga - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e Agência Multilateral de garantia de Investimento) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
As obras na rodovia Bunjiro Nakao (SP-250) acontecerão em duas etapas. A primeira, orçada em R$ 102,3 milhões, compreende a duplicação do Km 45,2 ao km 74, entre os municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna, com prazo de execução de 15 meses.
A segunda etapa das obras, dessa rodovia, está orçada em R$ 41 milhões e tem 12 meses de prazo para execução. Nessa fase, serão realizadas a pavimentação dos acostamentos e implantação de faixas adicionais, no trecho entre Ibiúna e Pilar do Sul, do km 74 ao km 101,1.
Na rodovia José de Carvalho (SP-250) serão investidos R$ 40 milhões no recapeamento da pista, pavimentação de acostamento e implantação de dispositivos de acesso e melhorias, do km 102,2 ao km 143,5, entre os municípios de Piedade e Pilar do Sul, com prazo de execução de 12 meses.
Entre os quilômetros 168,2 e 373 da rodovia Raposo Tavares serão feitas as recuperações da pista e dos acostamentos, implantação de terceiras faixas, além de melhorias na sinalização. As obras serão realizadas em dois lotes, entre as cidades de Itapetininga e Ourinhos, com prazo de 15 meses.
Além das rodovias da região de Sorocaba, serão contempladas estradas da regiões de Campinas, Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Baixada Santista e Vale do Paraíba.
Do total do valor assinado pelo governo com os órgãos internacionais, aproximadamente R$ 710 milhões são oriundos do banco Santander, com garantia Miga. É a primeira vez que um financiamento privado internacional é feito a um estado brasileiro que envolve uma seguradora do Banco Mundial.
Desse total, R$ 149,3 milhões serão destinados as obras de duplicação da pista e melhorias da Rodovia Gladys Bernardes Minhoto, SP-129, entre os municípios de Porto Feliz, Boituva e Tatuí, do km 0 ao km 29,852, com prazo de execução de 18 meses.
Fonte: Cruzeiro do Sul
Empresas pagaram R$ 1 bi em multas trabalhistas em 2014
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, apresentou um balanço parcial de quanto já foi emitido pelo governo em multas trabalhistas às empresas brasileiras em 2014. Segundo ele, ações por falta de pagamento do Fundo Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), entre outras, já renderam R$ 1,042 bilhão em multas de janeiro a agosto deste ano, após a aplicação de 196,4 mil multas.
As punições por falta de pagamento do FGTS, descumprimento de jornada de trabalho e falta de segurança e saúde no ambiente de trabalho estão, pelo segundo ano seguido, acima do bilhão de reais. Em 2013, foram aplicadas 297 mil multas no valor global de R$ 1,515 bilhão, contra R$ 818,625 milhões atingidos com 179,15 mil multas em 2012.
Questionado sobre se o aumento refletia um maior descumprimento das leis trabalhistas, o ministro afirmou que a alta ocorre em razão da modernização do Ministério do Trabalho (MTE) e ao planejamento para intensificar a atuação dos fiscais do trabalho. "Isso se deve à melhor atuação da fiscalização. Já estamos usando a fiscalização eletrônica, que vai simplificar enormemente a ação fiscal, temos o planejamento estruturado que foi feito em todos os pontos", disse.
O ministério lançou um novo sistema de consulta de Certidão Eletrônica de Débitos de Infrações Trabalhistas. O documento agora poderá ser acessado pelas empresas diretamente no site do MTE. A certidão demorava até 15 dias para ser emitida antes do sistema. "Cerca de 50% da força de trabalho das nossas superintendências (regionais) estava sendo usada para emitir essa certidão", relatou Dias. "O processo eletrônico representa uma redução do custo Brasil também para as empresas", afirmou.
O ministro disse que o ministério está desenvolvendo de 15 a 20 ações para modernizar sua estrutura. Entre elas, um projeto piloto para substituir a carteira de trabalho de papel por um cartão eletrônico semelhante ao que já ocorrer com o CPF ou cartão de banco. "Ano que vem teremos a carteira como um cartão eletrônico", adiantou. "Como é um documento característico que o cidadão se identifica, estamos trabalhando para manter o símbolo da carteira (de papel)", disse.
Dias também indicou que o ministério vai reduzir o gasto com passagens aéreas usadas em deslocamentos de técnicos do ministério para as divisões regionais do MTE. No ano passado, esse deslocamento representou 9 mil passagens. "Vamos reduzir drasticamente (o número de viagens) através da implantação de teleconferências que vamos licitar (os equipamentos) agora", afirmou.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Produção de biodiesel cresce 8% no país
Após aprovação do aumento da mistura do biodiesel no diesel, houve incremento produtivo deste biocombustível no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o mês de julho atingiu a maior produção, foram 302 mil m³, aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção acumulada cresceu 8% em relação ao mesmo período de 2013, neste ano forma produzidos até o momento 1793 m³.
O país possui enorme capacidade instalada de produção ociosa, os produtores nacionais de biodiesel têm condições de produzir 7.538 mil m³ por ano, sendo que destes 91% produtores possuem o selo Combustível Social, ferramenta criada para estimular a inserção de agricultores neste segmento do agronegócio.
Segundo o Boletim Mensal de Combustíveis Renováveis, a produção de etanol se manteve estável em julho, gerando 3,4 bilhões de litros, com consumo no mesmo mês de 1,91 bilhão de litros, comportamento parecido ao de 2013.
Devido ao aumento aprovado pelo Senado, a partir de novembro de 2014 o biodiesel participará com 7% na mistura com o diesel. O etanol pode ter seu percentual elevado na mistura com a gasolina para 27,5%, porém esta depende de estudos que comprovem a viabilidade deste acréscimo.
Fonte: Jornal Cana
MT: Frete cai 40% ante 2013 e setor do transporte fecha ano no vermelho
O setor do transporte rodoviário de cargas de Mato Grosso fechará 2014 no vermelho. O frete, mais precisamente do transporte de soja e milho, está 40% menor que o verificado em 2013. Algumas empresas, em especial, as pequenas e média, bem como autônomos, não estão tendo lucro suficiente para pagar os custos, que incluem motorista, financiamento, pneu, manutenção, entre outros. Previsão para 2015 não é animadora.
Hoje, levar uma tonelada de milho de Sorriso para Rondonópolis o frete está saindo a R$ 70. No caso de Lucas do Rio Verde para Rondonópolis R$ 67 e de Lucas do Rio Verde para Araguari (MG) cerca de R$ 127. O frete da tonelada de milho de Nova Mutum para Rondonópolis chegou a ser visto entre R$ 57 e R$ 68 nesta segunda-feira (22). Para longas distâncias o frete do milho chega a ser próximo do ofertado dentro do Estado, a exemplo de Canarana para Uberlândia (MG) a R$ 80.
O frete não está baixo apenas para o milho, a tonelada do cimento, por exemplo, chegou a ter frete ofertado a R$ 100 entre Nobres e Gaúcha do Norte. O caroço de algodão de Sapezal para Itumbiara (GO) chegou a ser visto a R$ 130.
O frete da tonelada da soja de São Felix do Araguaia para Colinas (TO) chegou a ser oferecido a R$ 110 na semana passada o frete. O frete de adubo saindo de Rondonópolis variou de R$ 40 para Deciolândia até R$ 85 para Gaúcha do Norte.
De acordo com o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga em Mato Grosso (ATC-MT), Miguel Mendes, o setor do transporte de cargas vive uma “crise”. “O frete caiu entre 30% e 40% em relação a 2013. Para 2015 as previsões não são boas. Deveremos seguir em crise”.
O diretor da ATC comenta que a crise no setor do transporte não é apenas em Mato Grosso e sim no país como um todo. Segundo Miguel Mendes, são vários os fatores para a crise vivida no segmento. A desaceleração da economia e da produtividade industrial são dois pontos. Outro é o aumento da frota de caminhões no país motivado pelos benefícios proporcionados pelo governo federal como o Imposto sobre o Produto Industrializado (IPI) estar com alíquota zero para caminhões.
“Além disso, tivemos muitas transportadoras de fora vindo fazer puxe aqui em Mato Grosso. As pequenas e médias empresas e os autônomos são os mais prejudicados. Hoje, o faturamento não fecha a necessidade dos custos que temos. O setor está fechando no vermelho. A situação é muito complexa, pois não se consegue nem pagar a prestação do caminhão”.
Fonte: Olhar Direto
Com aeroportos privados, transporte de cargas pode crescer 20% até 2020
O transporte de cargas aéreas no Brasil ganhou um fôlego na onda das concessões de aeroportos e incentivos à aviação regional. De acordo com empresários e analistas ouvidos pelo DCI a demanda reprimida para esse tipo de transporte pode elevar em 20% os negócios na próxima década além de, gradativamente, diminuir o preço do frete aéreo.
"O transporte aéreo de cargas ainda tem grande potencial no Brasil. Com as concessões aeroportuárias o setor otimizou a operação, mas são os aeroportos regionais que farão esse mercado deslanchar e o custo do frete cair", afirmou o consultor em aviação e professor de macroeconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Josias Beltrão. A opinião do professor vem em linha com os planos do governo federal.
De acordo com o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, um bom exemplo é o aeroporto de Macaé, no Rio de Janeiro, que pode crescer bastante em transporte de cargas em função do petróleo. "A indústria petroleira da região importa 30 mil toneladas por ano em equipamentos, sendo que 3 mil toneladas chegam via aeroporto de Cabo Frio e 27 mil toneladas pelo Galeão. Depois isso, essas cargas seguem em caminhões até Macaé. Isso mostra a necessidade urgente de termos um aeroporto de cargas no município", disse.
Também de olho nesse potencial, a cidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, também busca autorização para construção de um terminal na cidade.
O objetivo é usar o espaço em função da alta demanda que virá em função do pré-sal, na Baixada Santista. De acordo com o prefeito da cidade, Luiz Marinho, o aeródromo pode ser o grande polo de transporte aéreo no Estado de São Paulo, rivalizando diretamente com o de Viracopos, em Campinas. "Já estamos negociando com empresas como a DHL e o Fedex para construção de terminais específicos para cargas", disse. Para deslanchar esse tipo de terminal, o governo federal prevê investimentos da ordem de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais e subsídio para voos que conectem cidades fora das capitais. Segundo a SAC, o Plano de Aviação Regional não nasceu pensando no transporte de cargas.
Mas, agora que alguns projetos de aeroportos regionais estão prontos, a secretaria percebeu a necessidade de criar um planejamento de transporte de cargas.
Empresários
De olho nesse mercado, a presidente da DHL Global Forwarding - braço da Deutsche Post DHL -, Cindy Hearing, já sentiu avanço na movimentação aérea depois da rodada de concessões do governo federal. Segundo a executiva da DHL Global Forwarding, que trata exclusivamente de cargas, o avanço continuará em ritmo acelerado à medida que o segmento se expanda no Brasil. "O Brasil está no radar da DHL", disse ela ao DCI.
De acordo com Cindy, o País está no caminho certo nos avanços logísticos, o que sustenta o interesse da empresa no mercado nacional. "Acredito que o que falta é maior integração entre os modais. Os congestionamentos no Porto de Santos, por exemplo, diminuem a competitividade."
Na importadora Central, presidida pelo empresário Jorge Velasques, um dos maiores desafios para as pequenas e médias empresas é o transporte aéreo. "Se você não é uma importadora gigante, você não faz negócio aéreo", disse ele.
A empresa, especializada na importação de alimentos em conserva, faz o transporte marítimo há mais de 15 anos. "Já perdermos clientes por causa de prazo. Mas perderíamos mais dinheiro se tentássemos fazer a carga chegar por via aérea." Com a perspectiva de aeroportos regionais, o executivo se mostra otimista. "Temos itens importados da China que demoram 30 dias para chegar, perdendo a validade da carga. Com preços competitivos teríamos novos mercados."
Fonte: DCI
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Aeroporto de São Bernardo terá foco em carga
Depois de ver o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, revelar que desconhecia o projeto de construção de um aeroporto em São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho esteve em Brasília para apresentar a iniciativa.
Trata-se de um aeroporto de cargas que vai atender a demanda do Porto de Santos e até do Pré-Sal. O terreno já foi comprado na área de de 10 milhões de metros quadrados, sendo 1 milhão de área construída. O local indicado é próximo ao Rodoanel entre São Bernardo e Cubatão, próximo à via Anchieta, a 22 Km do marco zero de São Paulo, 38 Km do porto de Santos e a 6 Km do Rodoanel.
"Esse aeroporto vai ser muito importante e vai se interligar com todas as principais rodovias do Estado", disse Marinho. Agora, o projeto será encaminhado ao IV Comando Aéreo Regional, em São Paulo, que o encaminhará, em 15 dias, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), que dará o parecer sobre a viabilidade do projeto. "Vamos nos basear no estudo do DCEA para a liberação da construção. Ele (o DCEA) é o que permite essa autorização", afirmou Moreira.
O aeroporto custará cerca de R$ 6 bilhões e será custeado por dois investidores sem qualquer recurso público. Três construtoras deverão tocar a obra prevista para durar quatro anos, após a autorização para os trabalhos. O projeto já tem, segundo a assessoria do prefeito, parecer ambiental. O prefeito, contudo, disse que não revela os nomes das empresas até que o projeto esteja concluído e aprovado. O projeto está sendo executado por uma empresa dos Estados Unidos, contratada por uma das companhias do consórcio.
A prefeitura negocia também a construção de terminais de cargas pelas empresas Fedex e DHL. Entre os atrativos apresentados para atrair os investidores, Marinho tem dito que o aeroporto de São Bernardo servirá de entreposto para as plataformas de exploração do pré-sal na Bacia de Santos.
O terminal pretende se concentrar como principal polo de movimentação de carga aérea de São Paulo, de acordo com o prefeito de São Bernardo, rivalizando com o aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Fonte: Repórter Diário
Caminhões com carga pesada terão restrição em Cuiabá; multa de R$ 500
Começa a valer a restrição de caminhões de cargas pesadas circulando no Centro de Cuiabá, exceto os que fizeram o cadastro junto à prefeitura. Quem garante é o secretário de Trânsito e Transporte da Capital, Antenor Figueiredo, ao ressaltar que, caso a infração ocorra, os condutores vão levar multa de R$ 50 por cada tonelada acima do permitido.
Para exemplificar, o secretário explica que os veículos com até 10 toneladas são permitidos em qualquer via e horário, mas se o caminhão está carregado com 20 toneladas e em horário indevido, a multa será no valor de R$ 500. Além disso, Antenor lembra que o veículo infrator será escoltado por agentes de trânsito até o perímetro permitido. Para os caminhões superiores a 24 toneladas a restrição é em qualquer horário.
Segundo Antenor, esta lei foi criada desde 2011, contudo, ninguém nunca conseguiu colocar em prática, porque nunca foi cobrada do setor a proibição da circulação de carga pesada em Cuiabá. “Ninguém nunca quis fazer o enfrentamento”, justifica.
Outro fator, conforme o secretário, é devido às obras da Copa, uma vez que a circulação dos caminhões foi autorizada. Isso porque uma das vias onde era permitido o tráfego era a avenida Miguel Sutil, que se encontra em obras. “Há um mês reunimos com os segmentos e o alertamos das regras que valem a partir desta segunda”, observa.
Fonte: RD News
Câmara analisa proposta que veta cobrança de taxa para inspeção veicular
A Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei 7373/14, do deputado Augusto Coutinho (SDD-PE), que impede cobrança de pagamento para inspeção veicular.
De acordo com o parlamentar, o Código de Trânsito (Lei 9.503/97) não aborda este tópico, por isso deixa Estados e municípios livres para optarem pela cobrança ou não da taxa.
Em São Paulo, por exemplo, os proprietários já tiveram de pagar R$ 47,44 como taxa para inspeção. O pagamento foi posteriormente revogado e os motoristas tiveram direito ao reembolso do valor. Por outro lado, os veículos reprovados na inspeção e aqueles emplacados fora da cidade de São Paulo continuam sujeitos à taxa.
A proposta está tramitando em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Portal Transporta Brasil
Rodoanel Leste atrai 35% da demanda prevista
Inaugurado incompleto há dois meses, o Trecho Leste do Rodoanel tem atraído 35% da demanda de caminhões prevista. A média é de 13 mil veículos pesados por dia, ante estimativa de 37 mil. No mês seguinte à entrega, houve piora de 10% no trânsito da capital no horário de pico da manhã e de 7% à tarde, conforme contagem da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A justificativa do Rodoanel é melhorar o trânsito na Grande São Paulo.
O governo do Estado argumenta que a piora no trânsito seria ainda maior sem a construção das pistas e diz que 260 mil caminhões deixaram de circular na cidade graças ao anel viário (que tem os Trechos Oeste e Sul em plena operação). É preciso lembrar ainda que os caminhões são proibidos de circular na capital nos horários de pico e há outros fatores que influenciam, como a retirada de faixas de circulação para carros e caminhões - por causa de faixas exclusivas de ônibus e, mais recentemente, das ciclovias. Para o consultor em Engenharia Urbana Luiz Célio Bottura, o Trecho Leste já deveria ter efeito no trânsito paulistano. "Mas 13 mil veículos não é impacto nenhum. São Paulo é uma cidade sem muitas alternativas."
Já o consultor em Transportes e professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI) Creso de Franco Peixoto diz que obras rodoviárias em locais como a Grande São Paulo tendem a impactar pouco o tráfego, porque a taxa de ocupação é baixa, de 1,5 passageiro por veículo, em média, e a frota não para de crescer. Neste ano, a capital ganhou 127 mil carros. "Temos de focar não em veículos por hora, mas em passageiros por hora", diz. Ele defende mais investimentos em transporte de massa, como ônibus e trens.
Quando liberou a primeira fase da obra, o Estado prometeu a abertura integral do Trecho Leste para o começo de setembro, o que não se concretizou. Agora, a promessa é para daqui a dois meses. Só que quem passa pelo canteiro de obras ainda vê muita terra - e procedimentos de terraplenagem. Na tarde de sexta-feira, a reportagem passou pelo Rodoanel. No Trecho Leste, o asfalto ainda trepidava muito e em alguns momentos a sensação era de circular sozinho, dado o pequeno fluxo de veículos, mesmo caminhões.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Manoel Sousa Lima Junior, explica que os caminhoneiros ainda preferem utilizar a Jacu-Pêssego, para seguir diretamente para a Dutra. "Quem está transportando produtos perigosos, como combustíveis e cloro, por exemplo, tem restrições na Ayrton Senna." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Anfavea tenta abrir mercado latino para carros brasileiros
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, inicia uma peregrinação em busca de novos contratos de exportação.
Se for bem-sucedido, a indústria automobilística reduzirá a dependência do mercado argentino, para onde seguem hoje cerca de 80% dos veículos brasileiros vendidos a outros países. O setor é um dos mais prejudicados pelas restrições que o governo argentino impõe às importações para tentar manter o nível de reservas. O primeiro destino de Moan é a Colômbia.
“Vamos abrir um processo de negociação”, diz o dirigente. Moan não estará sozinho. Ele vai acompanhado justamente de argentinos. A Adefa, a associação similar à Anfavea, que representa as montadoras na Argentina, também está em busca de novos negócios porque a queda da demanda no Brasil prejudicou a produção de veículos no outro lado da fronteira.
A Colômbia tem mercado anual de 350 mil veículos. É a metade do que se calcula vender na Argentina em 2014. Mas ganha importância para o Brasil à medida que os colombianos já têm acordos de livre comércio com outras regiões. Anfavea e Adefa se reunirão com o setor privado para, depois, levar uma proposta aos governos.
Em outubro, Moan segue para o Uruguai, um mercado em que, pela proximidade, faria mais sentido comprar do Brasil do que da China, como faz hoje. Há outros países menores da região, como Equador, na agenda de viagens do presidente da Anfavea e também está previsto retomar negociações com México, um mercado que as montadoras instaladas no Brasil perderam para países mais distantes por falta de competitividade.
Segundo Moan, avanços acertados com o governo brasileiro, como redução de burocracia, já representam pontos positivos para melhorar a competitividade da exportação do setor.
A Anfavea havia projetado a venda de 400 mil veículos ao exterior este ano. Mas a falta de embarques para a Argentina levou a uma queda de 38% nas exportações de janeiro a agosto na comparação com igual período de 2013.
Moan disse estar surpreso com as notícias de que o Banco Central argentino tem restringido a liberação de dólares para importadores, que, no caso, são as filiais das montadoras que também estão no Brasil. “O acordo automotivo é claro na questão de que devemos manter o fluxo dos produtos e o pagamento”, afirma, em referência ao entendimento entre Brasil e Argentina, renovado em junho.
O presidente da General Motors na América do Sul, Jaime Ardila, disse ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, que a empresa suspendeu a exportação de veículos para o país vizinho por falta de liberação de dólares. Como outras empresas, a GM dá prioridade aos componentes enviados do Brasil para abastecer as fábricas argentinas.
Fonte: Valor Econômico
Estocagem de safra de grãos derruba em 13% vendas de caminhões no ano
A indústria de caminhões projetava alta para 2014 baseada na previsão de safra recorde. No entanto, a estocagem de grãos - devido à baixa dos preços das commodities - adiou a renovação da frota e as montadoras podem amargar um recuo entre 11% e 13%.
O efeito da queda das vendas de caminhões já se reflete na cadeia de fornecedores. "Além da desaceleração da economia, que afeta profundamente a cadeia, a safra está esperando para ser escoada, devido à baixa dos preços. O mercado vai fechar o ano em queda", afirmou ao DCI o diretor de exportação e marketing da fabricante de carrocerias Randon, Cesar Pissetti.
Segundo a MAN Latin America (que fabrica os caminhões Volkswagen), o mercado registrou um recuo entre 14% e 15% até o momento e a situação é pior em extrapesados, amplamente usados no transporte da safra.
"Imaginávamos que este segmento cresceria muito mais, no entanto, está caindo cerca de 22% até agora", afirma o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da MAN, Ricardo Alouche.
A única linha que tem crescido, de acordo com o executivo, é a de caminhões pesados, que representam a menor fatia das vendas no País. "Se não fosse o volume de vendas para o Ministério do Desenvolvimento Agrário [MDA], a queda teria sido superior a 20%", destaca.
Finame
As montadoras estavam otimistas no início deste ano e esperavam um crescimento das vendas entre 8% e 11% em relação a 2013.
No entanto, o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de bens de capital (PSI/Finame) saiu somente no final de janeiro, o que empurrou para frente às encomendas. "Além disso, o Carnaval tardio e a Copa afetaram o mercado muito mais do que o esperado", destaca Alouche.
Para o executivo da Randon, ainda que as condições do financiamento do BNDES estejam favoráveis, atualmente, não há um ímpeto de renovação da frota. "Se não há carga para transportar, as vendas não virão tão fortes mesmo com o Finame", diz Pissetti.
Há alguns meses, o governo decidiu prorrogar as condições do crédito do BNDES, que incluem juros de 6% ao ano, considerados abaixo da inflação. "Trata-se de juros negativos", pondera Alouche.
O vice-presidente da MAN acredita que, independentemente de quem assuma o próximo governo, a tendência é que o Finame sempre seja mantido com taxas atrativas.
"Dificilmente as taxas atuais serão mantidas porque custam muito caro para o governo. Mas se aumentar muito, a demanda vai cair e haverá demissões", avalia Alouche.
Atualmente, a fabricante dos caminhões Volkswagen mantém cerca de 200 funcionários em regime de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) na unidade de Resende, no Rio de Janeiro. "Em dezembro, eles devem voltar ao trabalho gradativamente", acredita o executivo.
"Acreditamos em uma retomada branda da economia, o que deve atenuar queda do setor", destaca Ricardo Alouche.
Efeito cascata
Recentemente, em entrevista ao DCI, fabricantes como a Cummins (motores a diesel) e a BorgWarner (turbocompressores) informaram que já adotaram medidas para adequar a produção, como corte de turno, por exemplo. A queda esperada pelos mais diversos fornecedores da cadeia gira em torno de 10%, neste ano.
"Esperamos um aquecimento das vendas a partir de outubro, mas longe de ser uma mudança na economia", pondera o vice-presidente da MAN.
Segundo o diretor da Randon, como a economia brasileira deve fechar o ano com baixo crescimento ou até recuo, a indústria de implementos rodoviários deverá registrar declínio das vendas em 2014.
"Se não houver uma verdadeira reviravolta, o mercado de carrocerias fechará o ano em queda, principalmente no segmento pesado", diz Pissetti.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), de janeiro a agosto as vendas do setor caíram 10,68% sobre igual período de 2013. A perspectiva da entidade é de que os números para o fechamento do ano não sejam muito diferentes.
Para o vice-presidente da MAN, a expectativa é que o segundo semestre seja melhor. "A situação do mercado não está nada confortável, mas ao menos estamos mantendo nosso share", ressalta Alouche.
Fonte: DCI
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