sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fluxo de cargas aumenta 3,65% em 2013 no porto de Porto Velho




O porto de Porto Velho encerrou 2013 com aumento de 3,65% na movimentação total de cargas, segundo a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph). O maior aumento ficou por conta das exportações, meio milhão de toneladas a mais que em 2012, um crescimento de 16,24%.

Os produtos mais exportados foram soja, milho, açúcar, madeira e carne. Neste ano, a previsão é que o porto receba R$ 7 milhões de investimento a mais que o ano passado.

Diariamente circulam cerca de 300 caminhões entre carga e descarga. Devido a redução da demanda da matéria-prima utilizada na fabricação de cimento das usinas e no transporte de peças das hidrelétricas, houve redução de importações. "Mas tem possibilidade de incremento de importe da usina, do ponto de vista de mais duas turbinas. Então, deverá continuar essa importação no ano de 2014", diz José Ribamar da Cruz Oliveira, presidente da Soph.

Para 2014, serão R$ 17 milhões para a compra de quipamentos e a capacidade de atracagem será duplicada. Outro investimento que também foi confirmado é a abertura de um concurso para preenchimento de 26 vagas de níveis fundamental, médio, superior e técnico. "Já tem em encaminhamento algumas aquisições de equipamentos com o guindaste, grua, empilhadeira, ambulância, carro", diz José Ribamar.

Fonte: G1 Rondônia

Anac autoriza construção de aeroporto de cargas no Sul de MG




A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a construção de um aeroporto de cargas em Pouso Alegre (MG). Quando estiver pronto, o novo aeroporto também deverá receber voos comerciais. A previsão é de que as obras comecem no 2º semestre deste ano. Para isto, o empreendimento depende de uma outorga do terminal, concedida pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. O aval deve ser dado nas próximas semanas.

Mesmo com o aeroporto sendo particular, caberá à Prefeitura de Pouso Alegre abrir uma licitação para definir a empresa que vai executar o projeto, estimado em R$ 400 milhões.


O aeroporto
A área escolhida para a construção do aeroporto tem cerca de seis milhões de metros quadrados e fica no bairro rural Curralinho, na zona rural de Pouso Alegre. Pelo projeto, o aeroporto teria como principal objetivo o transporte de cargas. A pista de pouso terá três quilômetros e 45 metros de largura, que tem capacidade para receber um Boeing 747. O projeto também prevê pista para manobras, galpão logístico, pátio de estacionamento para descarga de aeronaves e caminhões, e uma área de manutenção mecânica.

A empresa que vai construir e administrar o aeroporto pertence à multinacional B Square, responsável pela construção de um aeroporto em Dubai, nos Emirados Árabes e da reforma de outro em Miami, nos Estados Unidos. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pouso Alegre, Raphael Prado, o aeroporto de cargas vai atender uma demanda regional e também nacional. A implantação do aeroporto ajudaria a reduzir por exemplo, o custo de produção de empresas que precisam de peças importadas.

A previsão é de que as obras do aeroporto sejam concluídas até o início de 2017 com a geração de cerca de mil empregos.

Fonte: CBN Foz do Iguaçú

Acordo unifica tecnologia de pedágio eletrônico no Brasil




A ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) assinou convênio de cooperação técnica para padronizar a tecnologia do sistema automático de arrecadação de pedágio com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Na prática, isso significa que com um único equipamento (tag) de identificação veicular o motorista poderá passar nas cabines automáticas de pedágio tanto nas rodovias estaduais paulistas quanto nas federais em todo o país.

A unificação tornará as viagens mais rápidas e mais seguras, aumentará a mobilidade dos veículos, reduzirá custos operacionais e cooperará na diminuição da emissão de gases poluentes. Nas rodovias paulistas, 55% dos pagamentos de pedágio já são feitos de forma eletrônica. A interoperacionalidade dos sistemas paulista e federal também permitirá que os motoristas contratem apenas uma operadora para viajar em ambas as malhas rodoviárias.

Com o documento assinado, as inovações desenvolvidas pela ARTESP e pela Secretaria de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo passam a ser compartilhadas com a ANTT. Assim, a Agência Nacional poderá reduzir o tempo de implantação do sistema nas rodovias federais e economizar recursos, uma vez que nos últimos dois anos a ARTESP trabalhou na inteligência dos softwares e no desenvolvimento da infraestrutura necessária.

A troca de informações viabiliza a interoperacionalidade dos tags e equipamentos instalados nas rodovias, assim como a padronização dos procedimentos de fiscalização e dos sistemas de pedagiamento eletrônico. Em longo prazo, o convênio facilitará a ampliação o modelo de pedagiamento conhecido como free flow, onde não há cabines de pedágio nas rodovias, apenas antenas instaladas em pórticos que registram a passagem dos veículos.

No Brasil, esse modelo está sendo implantado pioneiramente no Estado de São Paulo onde foi denominado Sistema Ponto a Ponto. Além dos ganhos de tempo e segurança, o Ponto a Ponto também trouxe redução nos gastos com pedágio, uma vez que permite que o pagamento seja feito por trecho percorrido tornando a cobrança mais justa.

Acordo ARTESP/EPL.
Em julho de 2013, a ARTESP já havia firmado um acordo ainda mais amplo com a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), entidade do Governo Federal para fomentar o uso da mesma tecnologia e do mesmo padrão de chip em diversas aplicações. Com um único equipamento para uso em veículos, cargas ou produtos será possível integrar serviços como a cobrança de pedágio, pesagem de veículos comerciais, rastreamento de cargas e acompanhar a origem e destino de um produto dentro do programa Brasil ID ajudando, inclusive, no combate ao contrabando de mercadorias e fraudes ao compartilhar as mesmas informações com várias entidades fiscalizadoras.

A ideia é fomentar a criação de novos produtos e serviços de transporte e logística. Com essas parcerias, também poderão ser ampliadas para todo o país as aplicações já em uso hoje como os pagamentos de estacionamentos e abastecimento de veículos.

Para que o tag mais moderno e eficiente com tecnologia de 915 MHz possa ser utilizado em todo território brasileiro – já é usado no Estado de São Paulo desde 2012 – resta ainda à ANTT assinar uma resolução que permita a substituição do equipamento usado nas vias federais com tecnologia 5,8 GHz.


Chip 915 MHz. 
Em 2011, a Secretaria de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo determinou que todas as concessionárias de rodovia atualizassem a tecnologia de pedagiamento eletrônico para a radiofrequência 915 MHz, baseados no padrão SINIAV que estabelece que todo veículo fabricado a partir de 2014 já saia de fábrica equipado com o chip. O novo modelo, por ser mais moderno e mais barato ampliou o acesso do usuário ao pagamento eletrônico de pedágio.


Abertura de mercado.
A tecnologia 915 MHz permitiu também a abertura de mercado dos serviços de pedagiamento eletrônico em São Paulo. Até então, os motoristas contavam com apenas uma operadora, atualmente já são quatro empresas e com isso os custos de adesão e mensalidade foram reduzidos ou extintos em alguns planos de serviço oferecidos.

O padrão 915 MHz também permitiu a implantação do Sistema Ponto a Ponto de cobrança da tarifa por trecho percorrido, inédito no país. Já são três rodovias paulistas operando o Ponto a Ponto e a economia média dos usuários chega a R$ 128 mensais. Neste ano, o sistema será implantado numa quarta estrada, na região de Campinas.

Fonte: Jornal da Cidade Bauru

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Governo publica regras do PSI e garante novas condições para financiamento




O governo por fim regulamentou as regras do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) para este ano. As condições foram garantidas após publicação da Portaria nº 29, de 23/1, publicada no dia 24/1, no Diário Oficial da União.

Com isso, terá juros de 6% ao ano as linhas de crédito para a aquisição de caminhões, ônibus, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros bens por meio do Finame/BNDES, que há cerca de 40 dias não estava podendo ser utilizado em negócios.

Quando anunciado no fim de 2013 o aumento dos juros de 4% para 6%, o ministro Guido mantega afirmou que as taxas do PSI cresceram acompanhando a Selic e conjuntura, e que a taxa, mesmo aumentada, ainda é atrativa para o investimento, uma vez que está bem próxima da inflação medida.
Vale ressaltar que as condições de participação máxima foram alteradas para as pequenas empresas, de 100% para 90%, e para as grandes, de 90% para 80%.

A demora da publicação e o momento de transição acabou afetando as vendas no início do ano. As regras do Finame foram especificadas em 14/1, por meio de uma circular distribuída pelo BNDES. Porém, as normas passariam a valer somente com a publicação, que demorou até ser formalizada. Por isso, as concessionárias estão se esforçando para faturar até a próxima sexta-feira (31/1) todos os veículos que foram vendidos nos últimos 40 dias, pois, ao fechar negócio até o último dia de janeiro, será possível utilizar a modalidade simplificada e, após esta data, somente a convencional.

Na modalidade simplificada, o banco de varejo aprova o faturamento e depois encaminha a documentação para o BNDES. Já na transação convencional, o banco envia a documentação para o BNDES, que a avalia e autoriza o faturamento, porém a concessionária responsável poderá aguardar até 90 dias pela liberação da quantia.

Fonte: Portal Transporta Brasil

Documento do veículo poderá incluir quilometragem rodada




A quilometragem rodada pelo veículo poderá constar do Certificado de Registro e Licenciamento (CRLV), documento fornecido anualmente aos donos de carros que pagam o IPVA e cumprem as demais exigências dos órgãos estaduais de trânsito. A medida visa coibir a adulteração do hodômetro para reduzir a quilometragem percorrida pelo veículo e aumentar seu valor de venda.

O registro obrigatório da quilometragem no CRLV consta de projeto que será votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa. A proposta (PLC 112/2011) foi apresentada pelo deputado Jefferson Campos (PSD-SP), que quer incluir a exigência no Código de Trânsito Brasileiro (CTB - Lei 9.503/1997).

O autor explica que as montadoras entregam os veículos com lacre de segurança no marcador de quilometragem para dificultar a adulteração, mas a violação do sistema é “um procedimento relativamente simples para os profissionais do ramo” e que dificilmente é detectado pela pessoa que compra o veículo.
O autor sugere que a quilometragem rodada seja verificada como item da vistoria anual obrigatória e a informação seja registrada em campo a ser criado no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo. Atualmente, poucos estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, têm a inspeção anual como item obrigatório para a emissão do CRLV.

O relator na CCJ, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), considera que a medida proposta no PLS 112/2011 resultará em maior proteção aos consumidores de veículos usados. Petecão acolheu emenda de redação aprovada quando a matéria foi votada na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Fonte: Agência Senado.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Restrição ao tráfego de caminhões passa a multar em Florianópolis




Encerra no final de janeiro o período educativo de 60 dias de orientação às normas de restrição ao tráfego de caminhões acima de sete toneladas ou com mais de sete metros em Florianópolis. O decreto 11.942 sancionado no dia 1º de agosto de 2013 prevê multa para os motoristas que descumprirem a determinação. As penalidades começarão a ser aplicadas a partir da colocação das placas indicativas nas vias onde o tráfego é restrito.

De acordo com o texto aprovado pelo prefeito Cesar Souza Júnior, a medida tem como objetivo “compatibilizar os fluxos de pedestres, transporte coletivo, cargas, serviços, informações e transporte individual no município, em particular na região interna ao Centro”.

É proibido o trânsito de caminhões e estacionamento de veículos em operação de carga e descarga, de segunda a sexta-feira, entre 6h e 9h e das 17h às 20h. Nos sábados, o horário com restrições é entre 10h e 14h. Quem descumprir a lei, pode levar multa de R$ 85,13.

O decreto também vale para os serviços de carga e descarga de mercadorias, mudanças, materiais de construção e concreto, distribuição de bebidas e gás, além de produtos inflamáveis. Não estão incluídos na determinação, os caminhões que prestam serviços essenciais, de emergência, cobertura jornalística, obras, serviços de emergência e de sinalização de trânsito, guinchos e veículos dos Correios.


Segundo o Decreto, quatro regiões têm restrição de tráfego:

Área interna do polígono formado pelas vias
Avenida Osvaldo Rodrigues Cabral
Avenida Rubens de Arruda Ramos
Avenida Mauro Ramos
Rua Silva Jardim
Rua José da Costa Moelmann
Avenida Paulo Fontes


Pontes
Pedro Ivo Campos
Colombo Machado Salles


Área Insular
Rua Frei Caneca
Rua Rui Barbosa
Rua Delminda da Silveira
Rua Lauro Linhares
Rua Dep. Antonio Edu Vieira
Avenida Osvaldo Rodrigues Cabral
Avenida Jornalista, Rubens de Arruda Ramos
Avenida Governador Irineu Bornhausen
Avenida Professor Henrique da Silva Fontes
Avenida da Saudade
Avenida Gustavo Richard
Avenida Madre Benvenuta


Área Continental
Rua Fúlvio Aducci
Rua Pedro Demoro
Rua Gaspar Dutra
Rua Liberato Bittencourt
Avenida Max Schramm
Rua Santos Saraiva
Avenida Max de Souza
Rua Desembargador Pedro Silva
Rua João Meireles
Avenida Ivo Silveira

Fonte: G1 Santa Catarina

Movimentação de cargas cresce 9% e bate recorde no Porto de Santos




O Porto de Santos fechou o ano passado com a movimentação recorde de 114 milhões de toneladas de cargas. O volume representa um aumento de 9,1% em relação ao total de 2012, quando 104,5 milhões de toneladas de mercadorias foram embarcadas ou desembarcadas no complexo santista. A quantidade de cargas operadas em 2013 foi 4,5% superior à expectativa inicial para o ano da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos, que era de 109 milhões de toneladas.

Os dados integram o balanço anual da Porto, elaborado pela Codesp.

Conforme o levantamento da Docas, as exportações cresceram 10,5% e atingiram 79,4 milhões de toneladas. Já as importações aumentaram 2% e chegaram a 34,5milhões de toneladas.

Os destaques do ano foram os embarques de açúcar, com mais de 19 milhões de toneladas e crescimento de 15% em relação ao ano anterior. O complexo soja (grãos e farelos) somou 15,8 milhões de toneladas, um crescimento de quase 16%, e o milho registrou o embarque de 11,1 milhões de toneladas, um aumento próximo a 11%.

Gasolina, óleo diesel e gasóleo também tiveram desempenhos marcantes nas exportações. A primeira registrou um aumento de 25,6% nos embarques, chegando a 1,3 milhão de toneladas. Já a combinação de óleo diesel e gasóleo teve aumento de 10% nos embarques e alcançou a marca de 2 milhões de toneladas.

Em 2013, entre as cargas importadas, o adubo registrou o maior volume, com o desembarque de 3,6 milhões de toneladas, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O enxofre apresentou a mesma tendência, com um crescimento de 5,8% e 2 milhões de toneladas operadas.

Na corrente de importação, o maior crescimento foi o do gás liquefeito de petróleo (GLP), 31,5%. O produto somou 844.862 toneladas. Já o trigo registrou um aumento de 23,9% em relação aos desembarques de 2012 e chegou a 1,5 milhão de toneladas.

De acordo com o balanço anual, o movimento de contêineres no Porto aumentou 8,7% e saltou de 3,1 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), em 2012, para 3,4 milhões de TEUs no ano passado. O volume correspondente a 36 milhões de toneladas.

Um total de 5.251 navios atracaram em Santos durante o ano passado. A quantidade é 6% menor do que a registrada em 2012, quando 5.595 embarcações operaram no maior complexo marítimo do País.

Esses números indicam uma consignação média de 22,8 mil toneladas por navio, um aumento de 15,5% em relação ao ano anterior, quando cada embarcação transportou, em média, 19.698 de toneladas. Já entre as cargas conteinerizadas, a média de carregamento é de 1.489 TEUs por navio, crescimento de 21% sobre 2012, quando uma média de 1.229 TEUs foi transportada por navio.


Balança Comercial
Segundo os dados apurados pela Companhia Docas, o valor das cargas movimentadas em Santos, no ano passado, chegou a US$ 122,5 bilhões, o equivalente a 25,4% da balança comercial brasileira, que somou US$ 481,8 bilhões. Com pequena margem, as exportações, que somaram US$ 61,3 bilhões, superaram as importações, que contabilizaram US$ 61,1 bilhões.

A China foi o país que mais comprou produtos escoados pelo Porto de Santos. Foram US$ 8,7 bilhões. Os Estados Unidos surgem na segunda posição, com a compra de US$ 5,9 bilhões em mercadorias. Já a Argentina aparece em terceiro lugar com US$ 4,1 bilhões em mercadorias adquiridas.

Uma das cargas de maior destaque nas exportações santistas, a soja foi embarcada principalmente para a China, a Tailândia e a Holanda. O açúcar teve China, Bangladesh e Indonésia como destino, enquanto o café foi vendido especialmente para Alemanha, Estados Unidos e Japão.

A principal origem das importações desembarcadas no complexo marítimo é a China. O valor das cargas vindas do país asiático foi de US$ 10,5 bilhões. Aquelas trazidas dos Estados Unidos somaram US$ 9 bilhões e as da Alemanha, US$ 5,9 bilhões.

Fonte: A Tribuna de Santos

Eficiência portuária ainda é o maior desafio para setor de logística




A eficiência portuária brasileira ainda é o maior desafio dentro das atividades desenvolvidas pela logística no País. A afirmação foi discutida pelo diretor de Políticas e Estratégias da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), José Augusto Coelho.

De acordo com ele, o tempo deve ser otimizado ao máximo porque é um elemento importante para as empresas. Assim, ele afirma que o navio deve chegar, descarregar e sair do porto no mesmo dia.

“Nossa infraestrutura ainda é muito fragmentada. Constrói um porto, mas não tem rodovia. Falta uma visão fragmentada. Essa é uma área que precisamos avançar”.

A facilitação das relações comerciais foi outro tema abordado pelo gestor. Para ele, a desburocratização do sistema de operação deve ser um aliado nas atividades do setor.

"Posso ter um porto com tudo adequado, mas o sistema burocrático não garante que as mercadorias sejam liberadas no horário”, alertou, ressaltando a necessidade de simplificação nas etapas de liberação e fiscalização da mercadoria.


José Augusto fez as declarações durante o evento Diálogos Capitais, que durante esta terça-feira, 27, reunirá chefes de estado, além de gestores de órgãos federais e estaduais em torno dos rumos da infraestrutura e a logística dos portos brasileiros.

Ausências
O governador do Ceará, Cid Gomes era esperado para fazer a abertura dos trabalhos mas não pôde comparecer ao evento devido a uma indisposição. Em seu lugar, quem deu início aos trabalhos foi  o vice-governador Domingos Filho.

Durante sua fala, o vice-governador  destacou as principais áreas de atuação do governo formadas pela transnordestina, infraestrutura ferroviária e rodoviária, assim como a ponte estaiada do cocó, energia no ceará, cinturão digital e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

Quem também não compareceu ao encontro foi o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. De acordo com a assessoria, Campos não veio a Fortaleza devido a um compromisso inadiável marcado.

Fonte: O Povo

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Leis aprovadas em 2013 permitem aumentar investimentos em infraestrutura



Em 2013, os senadores aprovaram três projetos – todos já transformados em lei – com forte impacto na elevação dos investimentos públicos e privados em infraestrutura. As carências nessa área têm sido apontadas nos últimos anos, pelos próprios parlamentares, como um dos principais entraves ao crescimento sustentado do país.


As três propostas legislativas possibilitaram estabelecer novas regras para o setor portuário, de modo a atrair o interesse privado em sua ampliação e modernização; criar uma fonte expressiva de receitas para melhorar as condições de funcionamento dos aeroportos regionais; e aportar recursos financeiros para a Valec, empresa pública responsável pela construção e exploração de ferrovias.

A chamada MP dos Portos (MP 595/2012), aprovada em maio pelo Senado, transformou-se na Lei 12.815/2013. O texto alterou as normas para concessões, arrendamentos e autorizações de instalações portuárias. A principal mudança foi a possibilidade de concorrência entre portos públicos e terminais privados. A lei eliminou uma série de restrições para a utilização de terminais privados por terceiros.

Em decreto publicado no fim de junho, o governo federal regulamentou a Lei dos Portos, atribuindo à Secretaria de Portos a responsabilidade de elaborar o plano de outorgas e fixar diretrizes para os regulamentos de exploração dos portos, entre outras atribuições. Dirigiu, ainda, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o papel de arbitrar conflitos e controvérsias nos contratos.

Também em maio, os senadores aprovaram projeto que autorizou o uso dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) na reforma e modernização dos aeroportos regionais. Proveniente da MP 600/2012, o texto deu forma à Lei 12.833/2013. A previsão de investimento na primeira etapa do programa era de R$ 7,4 bilhões. Os recursos serão distribuídos para 64 aeroportos regionais da Região Nordeste, 67 da Região Norte, 65 da Região Sudeste, 43 da Região Sul e 31 da Região Centro-Oeste.

Outro texto aprovado na área de infraestrutura foi o projeto oriundo da Medida Provisória 618/2013. O texto, transformado na Lei 12.872/2013, previu o aporte de R$ 15 bilhões para a empresa Valec. O dinheiro permitiu o aumento do capital social da empresa, a fim de viabilizar sua participação nas concessões de ferrovias do Programa de Investimentos em Logística (PIL).

Pelo programa, a Valec se compromete a comprar periodicamente do concessionário toda a capacidade operacional, que, depois, será revendida aos usuários do transporte de cargas. Os recursos são uma garantia de que a Valec conseguirá honrar esse compromisso com as empresas concessionárias, mesmo que não venda toda a capacidade aos usuários.

Fonte: Porto Gente

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SP entrega duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios



Após quase dois anos de obras e com um mês de atraso, o governo do Estado entregou a duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios (SP-99), principal ligação ao litoral norte de São Paulo. Uma cerimônia com a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi realizada para liberar as pistas, que nos próximos dias voltam a receber obras como a conclusão de acessos e a instalação de telas.

A construção ficou mais cara que a previsão inicial: custou R$ 672,4 milhões - R$ 115 milhões a mais que, segundo o governo, foram necessários devido a mudanças e melhorias no projeto inicial, como aumento na sinalização e reforço em pontes. A verba corresponde à primeira etapa do pacote de serviços de duplicação da rodovia.

O principal impacto na viagem do motorista deve ocorrer depois que o trecho de serra ganhar novas pistas, o que só deve começar no fim deste ano, de acordo com a Secretaria do Estado de Transportes. A obra no trecho de serra tem orçamento de R$ 2,1 bilhões e será custeada em parceria com a iniciativa privada que, em contrapartida, vai instalar pedágio na rodovia. A viagem entre São José dos Campos e Caraguatatuba vai ter o valor aproximado de R$ 8 em três praças de cobrança.


Também serão criados contornos viários que ligarão Caraguatatuba a São Sebastião com o objetivo de diminuir o trânsito na área urbana das cidades. A obra do primeiro trecho, de 6,2 quilômetros e que ligará a Tamoios à praia Martin de Sá e a Rio-Santos, foi iniciada no fim de 2013 e deve ser entregue até junho 2015. Já a segunda parte, que tem 18,4 quilômetros e vai da Tamoios ao bairro do Jaraguá, no pé da serra de São Sebastião, ainda aguarda licença de instalação para o início das obras.


Planalto
A obra no trecho de planalto da Tamoios teve início em maio de 2012 - o trecho que antes tinha pista simples agora tem as vias duplicadas divididas por muretas de proteção e acostamento nos dois sentidos entre os km 11, em São José dos Campos, e 60, em Caraguatatuba. Durante a obra, três trabalhadores morreram.

Segundo o estado, a viagem deve ser feita em 39 minutos, uma redução de sete minutos em comparação ao que se levava anteriormente. A velocidade na via deve ser mantida em 80 km/h, podendo sofrer alterações no futuro.

"Instalamos alguns radares que já estão em operação e a via deve receber mais ao longo deste ano. A velocidade não será alterada por enquanto porque é importante conhecermos o comportamento do motorista e quais as demandas que teremos na rodovia", afirmou o presidente da Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), Laurence Casagrande. Segundo ele, ainda estão previstas obras adicionais no trecho de planalto da rodovia até o fim do ano, como a implantação de pontos de ônibus e passarelas.


Fuga
A obra de duplicação da Tamoios fez muitos motoristas buscarem estradas alternativas de acesso ao Litoral Norte ou até mesmo desistirem da praia no último ano. Levantamento da Polícia Rodoviária Estadual mostra que em 2013 o fluxo de veículos na rodovia caiu 8% se comparado a 2012, ano que teve início as obras de duplicação.

De acordo com a polícia, o dado coloca a Tamoios no caminho inverso das demais estradas - que registraram aumento do fluxo em razão do crescimento da frota.

"Em 2013, todas as outras vias da região tiveram aumento de fluxo, somente a Tamoios teve redução. Ao nosso entender isso se deve às obras na via, não tem outros fatores que apontem para essa redução", afirmou o tenente Rodrigo Henrique Lopes, comandante da Força Patrulha da PRE na região.

A "fuga" dos motoristas para rotas alternativas também foi sentida por comerciantes das margens da rodovia. Para o empresário Renato Vilhena, proprietário de uma lanchonete em Paraibuna, as obras prejudicaram muito e fizeram o faturamento despencar. "Sofremos o ano todo, foi muito complicado. Muita gente deixou de descer para o litoral por causa da obra.  Para mim, 2013 foi de muito prejuízo, o faturamento caiu 50%, foi o pior ano", afirmou.

Acidentes
Mesmo com a redução no número de carros que utilizam a via, a Rodovia dos Tamoios continua sendo a estrada litorânea com maior índice de acidentes e fluxo de veículos. Em 2013, a rodovia teve 1.094 acidentes, com 447 vítimas entre graves e leves, além de 16 mortes. No ano anterior foram, 1.180 acidente, com 532 vítimas e 29 mortes.


Porto Seco de Foz bate novo recorde de movimentação de cargas




Mais de 154 mil caminhões passaram pelo Porto Seco de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em 2013. Segundo a delegacia local da Receita Federal (RF), este também foi o maior movimento registrado em uma estação aduaneira rodoviária em toda a América Latina. No período, as exportações alcançaram a cifra de US$ 3,32 bilhões e as importações somaram US$ 2,33 bilhões, resultando um superávit de US$ 987 milhões.

O recorde de liberação de cargas pelo terceiro ano consecutivo é um dos reflexos da grande movimentação de carregamentos pela tríplice fronteira com destino ou origem no Paraguai. As exportações tiveram alta de 12% em relação a 2012, impulsionadas pelo câmbio favorável e pelo aumento da demanda do país vizinho, que sofreu quebra nas safras de milho e trigo. Já as importações registraram queda de 8% em razão principalmente da retração de 24% na demanda paraguaia.


Na contramão desta redução, as importações vindas do Chile tiveram um incremento de 15% e somaram um total de mais de US$ 454 milhões. Do total de veículos com carga de importação que ingressaram na estação aduaneira de Foz do Iguaçu em 2013, 60% vieram do Paraguai, 34% da Argentina e 6% do Chile. Na lista de mercadorias que circulam pela região estão principalmente máquinas e implementos agrícolas, veículos, grãos, soja, frutas e legumes.


Tempo de espera
Ainda de acordo com a RF, não há registro de filas na estação aduaneira desde fevereiro, diferente do ano anterior quando o tempo de permanência dos caminhões girou em torno de 38 horas em média para a exportação e 56 horas para a importação. Em 2013 estes tempos foram reduzidos a 19 horas e 41 horas, respectivamente.

A agilização no processo de liberação é atribuída pela RF à nova sistemática de senhas de exportação – por meio da qual o exportador apresenta a documentação da carga antes de o caminhão entrar no porto seco -, á redução de cargas selecionadas para o canal vermelho - que exige a verificação física da mercadoria - e ao novo fluxo de exportação que permite a liberação de algumas cargas para o canal verde sem a intervenção da Receita Federal.

Fonte: G1 Oeste e Sudoeste