sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Motoristas poderão ser obrigados a andar com faróis acesos durante o dia



Motoristas poderão ser obrigados a acender os faróis durante o dia nas rodovias. É o que prevê o Projeto de Lei 7329/14, do deputado João Ananias (PCdoB-CE). O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados.

Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) obriga os condutores a manter as luzes baixas acesas durante a noite e, em túneis, no período diurno.

Segundo a proposta, também deverá ter os faróis acesos durante o dia os veículos de transporte coletivo regular de passageiros e as motos.

“Esse é um procedimento que começou a ser adotado na Europa na década de 1970, como um método de baixo custo para evitar colisões frontais”, argumentou o deputado.

Com a aprovação do projeto, Ananias espera que o número de acidentes nas rodovias seja reduzido, em razão da maior visibilidade dos veículos que transitam em alta velocidade.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: A Tribuna

Crescem as vendas de consórcio para os veículos pesados



A aquisição de veículos pesados, principalmente caminhões e ônibus, está mais acessível por meio de consórcios. Enquanto as administradoras registraram alta nas vendas, a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) destacou o aumento no número de participantes no primeiro semestre de 2014. O sucesso do sistema para esse segmento, que inclui ainda semirreboques, tratores e implementos, é avalizado por diversos fatores.

Entre eles, a flexibilidade de poder trocar a marca do produto ao utilizar o crédito, facilitar o planejamento para renovação e ampliação da frota e a possibilidade de utilizar 10% do valor da cota para pagar os custos de recebimento, como emplacamento, IPVA e seguro. O aumento da taxa de PSI Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), de 4% para 6%, no início de 2014, gerou retração no setor e incremento na comercialização de cotas.

A Abac apontou crescimento de 15% nos participantes na modalidade de veículos pesados, o que inclui caminhões, ônibus, semirreboques, tratores e implementos.

Para o presidente executivo da entidade, Paulo Roberto Rossi, a avaliação do setor precisa ser ampla. “Em consórcios, você não pode fazer uma avaliação do momento, precisa fazer olhando para um largo período, pois há grupos encerrando e sendo formados. Nesse sentido, o aumento de participantes indica que a carteira está saudável, afinal os consorciados de veículos pesados costumam fazer uma pesquisa de mercado e aderem quando têm segurança no sistema”.

Um dos fatores para a cautela na hora da compra é o ticket médio do segmento: atualmente, em quase R$ 160 mil. “Devido ao valor alto, os grupos estão sendo constituídos com um crédito maior e com duração mais longa, tornando as condições de prestação mais acessíveis aos consumidores”, explica Rossi.

Consequentemente, a administração torna-se mais vantajosa economicamente do que os financiamentos. “O PSI Finame tem uma taxa competitiva mesmo com o aumento para 6%. Mas, a despeito disso, uma taxa de consórcio média está em 3,4% ao ano. Além disso, o interessado entra na condição de devedor em um financiamento. No consórcio, enquanto não for contemplado, é um poupador”.

A Racon, por exemplo, de janeiro a maio, registrou crescimento de 80% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. O gerente comercial da Randon Consórcios, administradora da marca Racon, Cleber Sanguanini, tem notado aumento da demanda no segmento, principalmente para aquisição de caminhões.

“Já estamos trabalhando com 95 pontos de venda em território nacional e, no primeiro semestre, fechamos com alta de 63% em comparação com 2013. Os consumidores têm optado por essa modalidade ao comparar os benefícios e programam a compra de forma mais econômica”, destaca.

De acordo com Sanguanini, o consórcio está levando vantagem sobre o financiamento para quem quer adquirir a prazo, principalmente após a elevação da taxa de PSI Finame, do Bndes, de 4% para 6%, no início de 2014. O setor sentiu o impacto, que gerou retração. A comercialização de cotas dos consórcios foram beneficiadas e cresceram. “Essas mudanças nas linhas de crédito tornam o consórcio mais atraente. Afinal, nesse caso, o consumidor paga menos de 2% ao ano de taxa de administração e é totalmente isento de juros”, afirma o gerente comercial da Racon.

Sanguanini lembra ainda que, nos últimos dois anos, a Racon registrou 20% de aumento no volume de negócios apenas no segmento de caminhões, e o número de consorciados ativos entre todas as administradoras do Brasil cresceu quase 17% nos primeiros quatro meses do ano.  “Trata-se de uma ferramenta muito conhecida, tanto pelo autônomo como pelas empresas, como meio de ampliação e renovação da frota. Um transportador tem sempre alguma cota de consórcio em sua carteira. Ou seja, está na cultura do segmento”.

Devido à atipicidade do ano de 2014, que tem menos dias úteis, pela realização da Copa do Mundo e das eleições, a Racon antecipou medidas para garantir sua estabilidade. Dessa forma, a administradora projeta 45% de incremento até o final do ano em comparação com 2013. “Temos expectativa de bom fechamento pelo volume de negócios que estão sendo demandados em carteira. Ainda vamos esperar para ver como o cenário econômico vai se comportar agora no segundo semestre, mas a projeção é positiva, pois antecipamos e intensificamos ações comerciais, com aumento de pontos de venda e de equipe desde janeiro”, relata.

Rossi faz uma projeção de um segundo semestre melhor. “Os primeiros seis meses foram recheados de feriados e teve a Copa do Mundo, que, pelo menor número de dias úteis, desestimulou o consumo. Esperamos um segundo semestre melhor, com o governo estimulando a área de infraestrutura. Se isso, de fato, acontecer, os profissionais da área de transporte pesado com certeza vão recorrer ainda mais aos consórcios”. Sem falar em números, Rossi prevê as variações em venda e consorciados. “Em função da carteira de pesados estar saudável, esperamos pelo menos aumentar o número de participantes e, dependendo do rumo da economia, manter o mesmo número de vendas do ano passado”, projeta o presidente executivo da Abac.


Investimento é utilizado para a renovação e ampliação da frota
Ter em carteira uma cota de consórcios é considerado prática comum para caminhoneiros autônomos, empresas de transporte e frotistas. A prática tem objetivo de garantir a renovação ou a ampliação da frota, algo sempre indispensável para investidores do setor.

“Dessa forma, é possível projetar as trocas dos bens a partir de sua planilha de custos. Mantendo essa carteira de consórcios, o investidor não é onerado pelo peso da compra à vista”, diz o presidente executivo da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac), Paulo Roberto Rossi. “É possível, assim, fazer uma programação de médio e longo prazo, para fazer uma renovação ou reposição automática dos veículos na medida em que for contemplado por sorteio ou lance.”

Conforme o empresário Daniel Mandeli, proprietário de uma empresa de transporte coletivo e fretamento, o consórcio facilita a renovação da frota. “Atualmente temos 39 veículos e, somente do ano passado até agora, quatro destes foram adquiridos através de consórcio”. Ele argumenta que, para adquirir veículos seminovos, esta é a melhor opção e colabora para o planejamento financeiro da empresa. “Eu sempre tenho algum consórcio em andamento. É uma forma de poupar e investir ao mesmo tempo”, avalia.

Para o consumidor que pondera a possibilidade da demora em obter seu veículo através do consórcio, Sanguanini, da Racon, afirma que, com o valor que seria usado como entrada no financiamento, o consorciado pode ofertar lance e antecipar a sua contemplação. Ainda que as trocas costumem ser programadas, em caso de roubo, por exemplo, o consorciado tem a opção e dar um lance para tentar obter o produto imediatamente.

Sob diversos aspectos, o consórcio também oferece flexibilidade ao contratante, fazendo com o que o empresário ou autônomo possa fazer escolhas conforme o momento dos seus negócios. Ao optar por uma marca, é possível trocar conforme mudem as necessidades dos seus investimentos, utilizando o crédito para comprar o bem de outra companhia.

Outra oportunidade é utilizar parte do valor para arcar com custos de recebimento do produto, como emplacamento, IPVA e seguro. “O consórcio permite utilizar até 10% do valor do crédito para fazer frente a essas despesas. Por exemplo, se o consórcio vale R$ 160 mil e, a partir de negociação, o caminhão sai por R$  144 mil, é permitido utilizar os R$ 16 mil restantes”, diz Rossi.


Pesquisa da Abac mostra o perfil dos consorciados brasileiros
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), realizada com o objetivo de traçar o perfil dos consorciados, mostrou que é no segmento de pesados que os investidores ficam ligados por mais tempo: 85% têm mais de 24 meses como consorciado. “Além disso, a pesquisa demonstrou que 58% fizeram planejamento. São consumidores, pessoas físicas ou jurídicas, que buscam informação para entender como funciona o sistema. Esse fator contribui para que a carteira seja robusta e saudável”, destaca o presidente-executivo da entidade, Paulo Rossi.

De acordo com Rossi, o consorciado de pesados costuma ser mais experiente, uma vez que 50% têm 50 anos ou mais, e 28% tem de 40 a 49 anos. Em relação ao estado civil, o estudo apontou que 85% são casados, maior percentual entre todos os segmentos. “Esses dois números mostram que pessoas que compram consórcios de pesados já têm estabilidade e costumam adquirir a cota para ajudar no sustento da família”, explica.

Em escala de 1 a 10, os entrevistados também falaram sobre a possibilidade de comprar uma nova cota e se recomendariam o investimento a terceiros. O grupo de caminhões, por exemplo, atingiu 7,5 pontos na tendência de recompra. Quanto à indicação, o grupo obteve 9 pontos, atrás apenas do setor de motos. Esses resultados, em específico, segundo Rossi, indicam uma avaliação positiva do consórcio, além de certa fidelização por esse sistema de investimento.

Mesmo sendo minoria, o sexo feminino vem crescendo e já corresponde por 25% do segmento. “Há predomínio dos homens. Mas as mulheres estão assumindo posições cada vez mais importantes e estão indo para as estradas, dirigindo caminhões. Temos certeza que esse número vai continuar aumentando nos próximos anos”, projeta Rossi. Por fim, a pesquisa apontou que mais da metade (52%) dos consorciados pertence à classe C; as classes B e D representam, respectivamente, 23% e 22%; e apenas 3% estão inseridos na classe A.


Administradoras apostam no crescimento das cotas de pneus
Um bem importante na planificação dos custos, principalmente para os proprietários de caminhões e semirreboques, são os pneus. Com isso, os consórcios para esse produto também têm apresentado crescimento, ganhando importância na carteira das administradoras. Geralmente, as cotas têm prazo entre 12 e 18 meses e créditos entre R$ 4,6 mil e R$ 19,5 mil. As taxas das administradoras giram em torno de 0,7% ao mês.

A Multimarcas, por exemplo, iniciou grupos de pneus há cerca de um ano, e dez investidores já foram contemplados. Após operar o sistema em São Paulo, de maneira experimental, a administradora está migrando para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. “Depois do projeto-piloto, optamos pelo Sul do País, pois é uma região em que o consórcio é uma questão cultural e é onde, assim como em São Paulo, estão localizadas as grandes associações de caminhoneiros e as grandes transportadoras”, explica o diretor de convênios da Multimarcas Consórcios, Arnaldo Caldeirão.

Além de caminhões e ônibus, a cota atende a tratores, empilhadeiras, guindastes e demais máquinas pesadas agrícolas. “A vantagem da categoria é que o motorista costuma saber quando precisará trocar o equipamento do seu veículo, o que torna a modalidade atraente para o segmento de pesados”, diz Caldeirão. É um mercado promissor também porque não existem linhas de créditos específicas para esse segmento. Por isso, trabalhamos muito com frotistas e autônomos que têm dificuldade de acesso ao financiamento, mas conseguem programar a troca anual via consórcio”, destaca Caldeirão.

Fonte: Jornal do Comércio

Ecovias implanta nova rampa de escape na Anchieta



Uma parada segura para os caminhões que perderem o freio na descida da Rodovia Anchieta. Essa é a finalidade da nova rampa de escape, construída na área de recuo do km 49. Um projeto de engenharia, realizado pela Ecovias. Esse é o segundo equipamento instalado com a mesma finalidade no trecho. Em 2001, a Ecovias construiu a primeira rampa de escape, no km 42 também no sentido Litoral.

Com 85,4 metros de extensão e cinco de largura, a rampa é similar às antigas caixas de brita utilizadas em competições de automobilismo. Sua área é ligeiramente inclinada, com até um metro de profundidade e totalmente preenchida com argila expandida. Recursos que garantem uma parada segura aos motoristas que perderem o freio dos veículos durante o seu trajeto. Para o teste será utilizada uma carreta de seis eixos a uma velocidade variável entre 70 km/h e 80 km/h.

Assim como em outros pontos do SAI, a rampa de escape também possui um sistema inteligente de monitoramento interligado ao Centro de Controle Operacional (CCO), que emite um alerta sempre que o equipamento for utilizado. Com a imagem projetada nas telas dos computadores, a concessionária poderá enviar os recursos necessários para socorrer o condutor e retirar o veículo do local de maneira rápida e segura. Para os casos de incidentes com veículos portadores de carga líquida, a rampa conta com um sistema de drenagem e armazenamento, que impede que o resíduo cause danos ao meio ambiente.

A indicação para implantação do novo dispositivo surgiu das reuniões do Plano de Redução de Acidentes (PRA) da concessionária, que reúne semanalmente profissionais das mais diversas áreas da empresa, para discutir sobre soluções que ampliem a segurança nas rodovias do SAI.

A primeira rampa de escape, localizada no km 42, foi utilizada 226 vezes entre 2008 e 2012. De janeiro a dezembro de 2013, a concessionária registrou que 30 veículos entraram na caixa de argila. De janeiro a julho de 2014, oito veículos já utilizaram o equipamento.

Fonte: Diário do litoral

Projeto cria varas especializadas para julgar crimes de trânsito



A Câmara dos Deputados analisa projeto que cria varas especializadas e privativas de crimes de trânsito para cidades acima de 500 mil habitantes (PL 7028/13). A proposta, do deputado João Caldas (SD-AL), obriga que nessas cidades tenham promotoria e delegacia especializada na área.

O texto prevê ainda a inclusão da disciplina “Educação para o trânsito” para o ensino fundamental a ser regulada pelas diretrizes curriculares da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

Segundo o deputado, vários acontecimentos nem sempre são apurados devidamente, pois outros tipos de crime atraem a atenção dos órgãos de controle, em detrimento dos de trânsito. De acordo com o parlamentar, a disciplina “Educação para o trânsito”, vai permitir que as crianças “já cresçam e evoluam tendo a noção da responsabilidade que é dirigir e usufruir do trânsito”.

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Educação; e de Constituição de Justiça e de Cidadania. Depois, será votado pelo Plenário.

Fonte: Câmara dos Deputados

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Ritmo lento no comércio do milho derruba o preço do frete em MT



A venda do milho safrinha está bem lenta, em Mato Grosso, e isso provoca reflexos nas transportadoras e armazéns.

A colheita dos 2 mil hectares de milho em uma propriedade em Sinop, norte de Mato Grosso, acabou há 30 dias, mas nenhum grão foi vendido até agora. O gerente da fazenda, Roberto Negrine, explica que a saca está sendo vendida na região por um valor abaixo do custo de produção e para não ter prejuízo, a tática foi guardar a produção em silos bolsa. “Faz um mês que o milho está dentro do silo bolsa e deve ficar até o final do ano”, diz.

Se o milho está parado no campo, falta trabalho para quem vive de transportar a safra. Hélio Martins é motorista e reclama que os agricultores não estão mais contratando os serviços dele.

No pátio de uma transportadora em Sinop, os caminhões estão parados e a procura pelo frete caiu. "Este ano, nós tivemos uma redução de, no mínimo, 20% em comparação aos fretes do ano passado. No momento, estamos com dois meses de poucas cargas, tendo dificuldade para honrar nossos compromissos e dívidas", diz Geison Tanchela, gerente da transportadora.

Se o milho não é comercializado logo, em alguns armazéns o cenário é de grãos parados até fora dos silos. Aí a preocupação aumenta porque daqui a pouco começa o período de chuvas na região e, logo depois, a colheita da soja. “Você pega o milho exposto, mais o que está dentro dos armazéns, isso dá um volume alto e que não sai assim da noite para o dia”, explica Paulo Morgado, gerente do armazém.

A colheita do milho safrinha está praticamente encerrada, em Mato Grosso, mas até agora, apenas 39% da produção foi comercializada.

Fonte: Globo Rural

Motorista não pagará pedágio se tiver de esperar mais de 15 minutos em praças da EGR



O governo do Estado vai alterar o contrato de gestão da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para garantir agilidade no atendimento aos motoristas que passam pelos postos de pedágio. Com a medida, os usuários deverão ser atendidos em no máximo de 15 minutos.

Quando atingir este tempo e a formação de filas ultrapassar 400 metros em horário de pico ou 200 metros fora do horário de pico, a EGR deverá liberar as cancelas até que a fila se encerre. O método adotado pela EGR é semelhante ao utilizado pelas rodovias federais pedagiadas.

A Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra) disse que o termo aditivo seria assinado nesta terça-feira, mas não informou a partir de quando a medida passa a valer.

— Tivemos informações sobre problemas pontuais nas praças de Santa Cruz do Sul e Gramado. A alteração reforça o objetivo da EGR de oferecer atendimento de qualidade ao usuário onde as praças são administradas com a participação da comunidade — reforçou o secretário, João Victor Domingues.

Fonte: ZH Trânsito

Volume movimentado no Porto de Santos cai 3,7% em julho



O Porto de Santos registrou em julho a movimentação de 10,081 milhões de toneladas de carga, volume 3,7% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado. Ainda assim, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) destacou que foi o segundo maior movimento para esse mês já registrado. No acumulado do ano, o porto reporta uma movimentação de 62,975 milhões de toneladas, queda de 2% frente igual período de 2013.

A Codesp destacou o movimento de carga conteinerizada, que apresentou o segundo melhor desempenho mensal de sua história, com a movimentação de 326.614 TEUs (unidade equivale a um contêiner de 20 pés), ficando abaixo somente do resultado obtido em novembro do ano passado (327.359 TEUs). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento é de 11%. No acumulado do ano, o montante soma 2,047 milhões de TEUs, alta de 8,5%.

"O desempenho da carga conteinerizada no Porto de Santos já vem se destacando há alguns anos, atingindo, em 2013, um crescimento de 8,8%", afirmou a Codesp, em nota, na qual destaca que o índice é o maior do Brasil no ano e superior à média mundial de 4,8%, conforme a consultoria marítima Drewry Maritime Research.

Ainda segundo a Codesp, no Brasil, registraram crescimento de carga conteinerizada os portos organizados de Salvador (8,7%) Itaguaí (6,9%), Itajaí (4,4%), Rio Grande (2,4%) e Suape (0,6%). Paranaguá, Rio de Janeiro e Vitória apresentaram uma redução em suas movimentações, em TEUs, de 1,8%, 18,3% e 30,6%, respectivamente. "Santos respondeu por 47% da movimentação total do País, em TEU, seguido pelos portos de Paranaguá (11,0%), Rio Grande (9,0%), Itajaí e Suape, com 6,0% cada um."


Embarques
Os dados da Codesp apontam também que as exportações no Porto de Santos recuaram 2% no mês de julho, para 7,083 milhões de toneladas. A queda nos embarques se deu principalmente por causa da menor movimentação de açúcar (12,1%), álcool (61,4%) e milho (24,0%). No acumulado do ano, as exportações diminuíram 2,9%. O complexo soja se destacou com o maior volume movimentado, com 14,737 toneladas, 7,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado e respondeu por 23,4% do movimento geral do porto no período. Já o açúcar, segundo maior movimento no fluxo de exportação do porto, acumula 8,960 milhões de toneladas escoadas entre janeiro e julho, volume 14,3% menor que o verificado no mesmo período do ano passado.


Importações
As importações em Santos também diminuíram em julho e foram 7,5% menores que no mesmo mês de 2013, com destaque para a redução dos desembarques de adubo (40,9%), minério de ferro (72,1%) e gás liquefeito de petróleo (31,9%). No acumulado do período, o desempenho das importações ainda manteve resultado positivo, com alta de 0,33%. Dentre as cargas mais importadas nos primeiros sete meses de 2014, destaque para a nafta, com 93,33%, e o gás liquefeito de petróleo, com aumento de 33,7%.

O número de navios atracados, tanto no mês quanto no acumulado do ano, se manteve em discreta redução, de 2,5% e 2,1%, respectivamente. Conforme a Codesp, essa diminuição ocorre pela utilização de navios de maior porte no porto, tendo em vista o aumento dos calados operacionais no canal de navegação.

Fonte: EM.com.br/Agência Estado

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Finame PSI agora financia até 100% do caminhão



Por meio da circular número 35, de 19 de agosto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu financiar para pessoas físicas até 100% do valor do caminhão pelo Finame PSI. Até então, os limites eram 80% e 90%, dependendo do faturamento da empresa. O valor total só era financiável para os autônomos pelo Procaminhoneiro.

Com a medida, o governo pretende impulsionar as vendas de caminhões, que caíram 13% de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado – de 89.599 para 77.786.

Fonte: Carga Pesada

Seguro DPVAT paga mais de 340 mil indenizações nos primeiros seis meses do ano



O Seguro DPVAT pagou 340.539 indenizações no primeiro semestre de 2014. Essa quantidade representa um crescimento de 14% de pagamentos perante o total realizado nos primeiros seis meses do ano passado. O número de mortes continuou em queda, 13% menos em relação ao mesmo período do ano anterior. Em contraste com essa redução, as indenizações por invalidez permanente saltaram 21% e chegaram a 259.845 pagamentos em todo o Brasil. O levantamento foi realizado pela Seguradora Líder-DPVAT, administradora do seguro no país.

Mesmo com a redução de óbitos, o trânsito brasileiro ainda requer muita atenção dos órgãos públicos e privados. Para efeito de comparação, de acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgados no fim de julho, o confronto entre palestinos e israelenses deixou mais de 1.300 mortos.  Em um mês, o trânsito brasileiro mata, em média, 4.100 pessoas. O panorama não é diferente quando analisado o quadro de feridos. Ainda segundo os dados da ONU, Gaza tem média mensal de 6 mil feridos, enquanto o trânsito supera 43,2 mil por mês.

Para o diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, Ricardo Xavier, os números refletem dois cenários. “O avanço do pagamento de indenizações está relacionado a dois fatores. O brasileiro está conhecendo melhor seus direitos e recorrendo ao Seguro DPVAT. Entretanto, um ponto que deve servir de observação e política pública é o real aumento de acidentes de trânsito no país, principalmente os envolvendo as motocicletas”, explica Xavier.

A mortalidade no trânsito está caindo, mas a invalidez permanente continua aumentando. Além do número absoluto de indenizações, o percentual dessa cobertura em relação às demais era de 66% no primeiro semestre de 2012. Dados do mesmo período deste ano apontam para 76%.


Veículos
As motocicletas continuam na liderança das estatísticas do Seguro DPVAT. Os acidentes envolvendo o veículo de duas rodas representaram 75% de todas as indenizações pagas pela Seguradora Líder-DPVAT no semestre (256.387). A alta incidência de acidentes nessa categoria contrasta com sua proporção na frota nacional, equivalendo a 27% do total de veículos. Os automóveis, que somam aproximadamente 60% da frota, foram responsáveis por 23% dos benefícios pagos (67.906).


Mapa das indenizações
O Nordeste registrou o maior número de acidentes indenizados pelo Seguro DPVAT, em suas três garantias (Morte, Invalidez Permanente e Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares): 34% (113.99) durante o primeiro semestre de 2014, apesar de essa região ter apenas a terceira maior frota do país. Já o Sudeste, que possui a maior frota, ficou em segundo lugar, representando 26% (89.466) das indenizações pagas no período. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste registraram, respectivamente, 19%, 11% e 10% do total pago.

O Sudeste, entretanto, lidera o quadro de benefícios pagos por morte, somando 37% do total pago no primeiro semestre. O Nordeste ficou em segundo lugar, com 29%. Quando analisadas as indenizações por morte regionalmente segmentada por tipo de veículo, a tendência é de maior letalidade em acidentes envolvendo automóveis.

O panorama muda, entretanto, nas regiões Nordeste e Norte, onde as motocicletas são responsáveis por 59% e 57% das mortes, respectivamente. São as únicas regiões do país em que a frota do veículo de duas rodas supera o número de carros.


Perfil das vítimas
Com base nas estatísticas de pagamento do Seguro DPVAT, a Seguradora Líder-DPVAT traçou o perfil das vítimas de acidentes de trânsito. Em sua maioria são homens (75%). Um dado que requer atenção é a idade dos acidentados: 52% são jovens entre 18 e 34 anos que morreram ou ficaram inválidos, o que consolida uma tendência registrada em levantamentos anteriores.


Seguro DPVAT
O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, mais conhecido como Seguro DPVAT, existe desde 1974.  É um seguro de caráter social que indeniza todas as vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, sem apuração de culpa, seja motorista, passageiro ou pedestre. O Seguro DPVAT oferece cobertura para três naturezas de danos: morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares.

Fonte: CNT

Balanço mostra que 30% das obras de concessões atrasam



Uma combinação de pendências ligadas a processos de declaração de utilidade pública, licenciamento ambiental e projetos de engenharia tem retardado a execução de centenas de obras rodoviárias que, a rigor, deveriam estar prontas há anos. Um balanço concluído em junho pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aponta que 30% das obras tocadas por oito concessionárias de rodovias estão atrasadas. Trata-se da avaliação mais recente da agência sobre o pacote das 572 obras que foram incluídas nos termos de ajuste de conduta, os chamados "TACs", assinados em setembro de 2013 com cada concessionária para dar um fim a pendências antigas dessas rodovias.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo a partir das informações da agência demonstra que, até 30 de junho, 171 obras tinham algum grau de atraso em relação ao cronograma previsto nos termos de ajuste. A reportagem teve acesso a um levantamento detalhado da ANTT, que apontou as principais pendências que têm atrapalhado a execução das obras. Os problemas são puxados pelos processos de declaração de utilidade pública nas áreas afetadas pelas empreendimentos. Trata-se de casos como interferências em redes de água e energia.

Até junho, 107 obras previstas aguardavam a publicação dessas declarações pelo governo. Outras 99 tinham pendências com licenciamento ambiental e 77 dependiam da liberação de projetos de engenharia. Segundo a ANTT, são problemas pontuais e que, de maneira geral, têm sido resolvidos entre 30 e 60 dias. Por causa disso, o número de atrasos apontados tende a cair e não deve comprometer as promessas das concessionárias, que é entregar 100% das obras ao fim do prazo estipulado em cada termo.

Os TACs foram a saída que o governo encontrou para tirar do papel obras previstas em oito contratos de concessão que foram assinados em 2008, durante o governo Lula. Eram ações obrigatórias, mas que não foram cumpridas. Por prever um modelo mais rígido de acompanhamento, o TAC exige fiscalização local de cada obra, o que tem sido feito pela ANTT. Cada concessionária é obrigada a enviar dados mensais sobre o andamento físico de cada ação, informações que são consolidadas pela agência.

"O importante, para nós, é observar o andamento consolidado das execuções de cada rodovia. E quando você faz o acompanhamento dessa forma, vê que não há problemas de atrasos, mas apenas alguns casos que exigem mais atenção", disse a superintendente de infraestrutura rodoviária da ANTT, Viviane Esse. "No próximo balanço, boa parte desses atrasos deixará de existir."

Pesados os atrasos e adiantamentos, a concessão que até junho registrava o maior índice de problemas era a Autopista Litoral Sul, que liga as rodovias BRs -116 e 376 no Paraná até a BR-101, no trecho de Curitiba a Florianópolis. O saldo negativo era de 14,18%. Prefeitos de municípios de Santa Catarina, que passaram um bom tempo em conflitos sobre o traçado definitivo do contorno de Florianópolis, chegaram a pedir a retomada da concessão. A concessionária diz que a lentidão em parte das obras não tem atrapalhado e que os cronogramas serão respeitados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Sinalização em vias laterais da BR-101 é intensificada



Os usuários e os moradores às margens da BR-101 Sul, em Tubarão, devem atentar para trabalhos de melhorias na sinalização horizontal nas ruas paralelas da rodovia federal em todo o segmento entre Imbituba e Passo de Torres. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realiza desde junho trabalhos de revitalização das faixas de eixo de bordo do pavimento, que fazem parte da sinalização horizontal definitiva.

Na semana passada, as ruas Deputado Olice Pedra de Caldas, José Alberto Nunes e Amarildo José da Rosa, todas paralelas à rodovia federal, localizadas no município de Tubarão, receberam algum tipo de melhoria. Na última semana, o reforço na pintura da faixa de eixo central foi iniciado na rua Januário Corrêa Bittencourt, na Vila Esperança, próximo ao KM 333.

A pintura foi feita na faixa de eixo central, respeitando a cor de indicação de cada tipo de fluxo. Nas ruas Deputados Olice Pedra de Caldas e José Alberto Nunes, a movimentação de veículos é feita em mão única, onde a faixa central é de cor branca. Nas ruas Amarildo José da Rosa e Januário Corrêa Bittencourt há circulação em duplo sentido, onde a pintura é feita em amarelo. As vias laterais são os principais acessos ao centro da cidade e aglomerados urbanos lindeiros ao trecho.

Para a execução desses serviços complementares, as equipes de operação sinalizam a via com cones, indicando as frentes de trabalho. Com isso, os motoristas precisam evitar transitar sobre a pintura ainda em processo de secagem para não danificar a sinalização, deixando marcas de pneus sobre o pavimento. A secagem total da tinta termoplástica, utilizada na sinalização horizontal da BR-101 Sul, leva dez minutos para alcançar secagem definitiva. Após isso, a movimentação de veículos pode ser feita sem acarretar borrões para a faixa central.

Além do reforço na sinalização já instalada, o Dnit realizou a pintura de elementos sobre o pavimento, com linhas transversais para contenção de fluxo e pare, em cruzamentos. Nesta fase de melhorias para sinalização, todos os trabalhos de recomposição de pavimento e reforço em sinalização definitiva são realizados entre os lotes 25 e 27 da duplicação, entre os municípios de Laguna e Içara. As atividades complementares, tanto nas vias laterais de Tubarão, quanto nos demais trechos da rodovia federal vão continuar nos próximos dias.


Fonte: Engeplus

Artesp vai fiscalizar 6,3 mil km de rodovias



A partir de agora 6,3 mil quilômetros de rodovias do Estado de São Paulo administradas por 19 empresas concessionárias serão monitoradas em tempo real e on-line pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A operação será coordenada pelo Centro de Controle de Informações (CCI) que estará integrado ao Sistema Detecta da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado.

Segundo informou a Artesp, o investimento no CCI foi de R$ 28 milhões incluindo a criação e a instalação do novo sistema de monitoramento. “Será possível ao operador do Centro, por exemplo, receber a informação de um fato e imediatamente colocar no telão a imagem da câmera que cobre o trecho ou saber, em tempo real, o status de funcionamento dos equipamentos instalados ao longo das pistas” comunicou o órgão.

O monitoramento abrange 6,3 mil quilômetros de rodovias que cortam 271 municípios, onde está 54% da população paulista, ou seja, cerca de 20 milhões de pessoas. Atualmente, estão conectadas aproximadamente 660 câmeras das concessionárias e, até o final deste ano, serão 900. A fiscalização on-line abrange também 6.900 telefones de emergência, 350 sensores de tráfego, 30 estações meteorológicas, 300 painéis de mensagens, 150 radares fixos, 80 balanças, entre outros equipamentos que visam aumentar a segurança das estradas.

A Agência informou que atualmente os técnicos da Artesp realizam o monitoramento das operações das rodovias concessionárias direto no local, “o que torna impossível a checagem em tempo integral de toda a malha concedida”, diz o comunicado. Com o uso da tecnologia do Centro de Controle será possível fazer a verificação com maior abrangência, o que permitirá à Artesp cobrar de imediato as concessionárias sobre os problemas das rodovias estaduais sob concessão.


Sistema interligado
Conectado com o Sistema Detecta da Secretaria de Segurança Público do Estado, o CCI vai auxiliar nas ações policiais que serão acompanhadas à distância e on-line com a nova ferramenta, através das imagens das câmeras das concessionárias reunidas no Centro. O Detecta é um sistema inteligente de monitoramento de crimes, que é utilizado para ajudar no patrulhamento, na investigação e no planejamento de combate ao crime.

Esta integração vai facilitar a investigação policial, pois os registros de veículos que utilizarem as rodovias — por meio de leitores de placas — poderão ser acessados no Detecta para, por exemplo, consultar possíveis veículos utilizados em um crime e até para identificar suspeitos.

A criação do Centro possibilita também a aplicação de punições às concessionárias de maneira mais rápida e efetiva do que a registrada atualmente, quando é necessária a presença física da fiscalização para a constatação de irregularidades nas rodovias.


Estrutura

O Centro de Controle de Informação é composto por uma sala onde nove técnicos por turno irão monitorar todos os dados das concessionárias durante 24 horas por dia.

Fonte: Diário do Litoral

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Anfavea crê em vendas melhores no 2º semestre



O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, ainda aposta numa melhora das vendas de veículos no segundo semestre, principalmente após as medidas de apoio ao crédito anunciadas pelo governo na quarta-feira, 20.

A recuperação, contudo, não será suficiente para reverter as perdas da produção na primeira metade do ano. Apenas deve minimizá-las para uma retração de 10%, o que significará voltar à produção de quatro anos atrás, quando 3,3 milhões de veículos deixaram as linhas de montagem. No ano passado foram 3,7 milhões.

"Essa melhora no segundo semestre aponta que teremos em 2015 uma performance muito melhor do que em 2014", diz Moan. O executivo ressalta a importância do setor ao comentar a extensão da cadeia automotiva como um todo. "Demonstra o papel fundamental que o setor tem para o desenvolvimento da indústria brasileira."

Moan cita ainda que, no ano passado, a cadeia automotiva foi responsável pela arrecadação de R$ 180 bilhões em impostos, o equivalente a 12% de todo o que foi pago em impostos no País.


Sem sinais
O diretor de pesquisa da consultoria GO Associados, Fabio Silveira, está menos otimista que Moan. "Não vejo, por enquanto, sinais mais fortes de que haverá uma retomada neste ano", diz. Ele projeta queda de 12% na produção de automóveis, o que significará "um baque" para o setor, com reflexo direto nos resultados financeiros. "É difícil hoje uma montadora ganhar dinheiro no Brasil", admite o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall.

Silveira ressalta que houve um processo de contração acentuada da rentabilidade operacional das empresas, esmagadas pelo custo de financiamento do capital de giro. "A queda na rentabilidade e na produtividade levou os empresários a terem mais cautela em relação ao futuro e muitos deixaram de fazer investimentos", afirma o economista.

Paulo Butori, presidente do Sindipeças, confirma que o setor não está investindo o necessário em modernização. Há alguns anos, estatísticas indicavam que, para cada R$ 1 investido pela montadora, as autopeças investiam R$ 1,70. "Essa conta está longe de ocorrer", diz o executivo.

As montadoras, por sua vez, não alteraram seus planos de investimento e falam em aplicar R$ 75,8 bilhões no período 2012-2018. Com novas fábricas e ampliação das atuais, o País terá um excesso ainda maior de capacidade instalada - que hoje já está em mais de 1 milhão de unidades, pois as fábricas estão preparadas para produzir 4,5 milhões de veículos ao ano.

Com tantos fabricantes (já são 21 atualmente e mais oito estão se instalando no País), "vislumbro um monte de gente se acotovelando", diz Butori. "Será um jogo sem rentabilidade, com todo mundo tentando se manter, pois a oferta será imensa para uma demanda retraída." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Estadão Conteúdo

Rodovias brasileiras precisam de mais de R$ 290 bilhões de investimentos



O modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil. A estimativa é que cerca de 60% do que é produzido no país passe pelas rodovias. Apesar disso, a qualidade dessa infraestrutura deixa a desejar. Para se ter uma ideia, 79,3% da malha brasileira (que é de 1,7 milhão de km) sequer é pavimentada e, entre as rodovias federais com pavimento, quase 90% tem pista simples.

Conforme o Plano e Transporte e Logística 2014, divulgado nesta sexta-feira (25) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), para solucionar os gargalos, deveriam ser investidos R$ 293,8 bilhões somente neste modal. Os recursos garantiriam, por exemplo, duplicação, pavimentação ou recuperação do pavimento e construção de novas rodovias. Além disso, poderiam ser aplicados, também, em adequações nas pistas já existentes e melhoria da sinalização em 77,1 mil km de vias. O valor não contabiliza os projetos relacionados à mobilidade urbana no modal rodoviário.

A duplicação de vias demanda a maior porção dos recursos: R$ 137,1 bilhões para 14,6 mil km. A segunda maior parcela da verba é necessária para a pavimentação de 12,3 mil km, num total de R$ 50,9 bilhões. Outros R$ 47,2 bilhões precisam ser aplicados para construção de 8,7 mil km de novas vias.

Conforme levantamento da entidade, entre 2007 e junho de 2014, a União e as estatais investiram aproximadamente R$ 74,9 bilhões em rodovias, uma média de 9,8 bilhões por ano. De todos os recursos disponibilizados neste período para infraestrutura de transportes, em média 62,4% foram efetivamente aplicados.

Para a CNT, entre os projetos de destaque no modal estão a duplicação das seguintes vias: BR-116 nos estados de Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; BR-153 em Tocantins, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; BR-101 em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo; BR-070 em Goiás e Mato Grosso, entre Cuiabá e Águas Lindas; da BR-252 na Bahia e da BR-262 no Espírito Santo e Minas Gerais. Entre as novas rodovias necessárias, o Plano destaca a BR-242, no Mato Grosso, entre Sorriso e Querência.


O Plano CNT de Transporte e Logística 2014
As propostas do Plano CNT de Transporte e Logística foram divididas em duas tipologias: Projetos de Integração Nacional e Projetos Urbanos, de acordo com o âmbito territorial, as características do serviço oferecido e as esferas de influência. Além disso, são propostos em conjunto, para que sua operação se dê de forma sistêmica. Para a CNT, o potencial multimodal do país será mais bem aproveitado com a implantação simultânea de todos os projetos.

Os de Integração Nacional estão agrupados em nove eixos de transporte, compostos por diversos modais: o Nordeste-Sul, com extremidades em Fortaleza (CE) e em Rio Grande (RS); o Litorâneo, passando por toda a costa entre Belém (PA) e Porto Alegre (RS); o Norte-Sul, que passa pelo interior do país com extremidades em Belém e Uruguaiana (RS); o Amazônico, entre Tabatinga (AM) e Macapá (AP); o Norte-Sudeste, que liga as duas regiões entre Itacoatiara (AM) e Santos (SP); o eixo Leste-Oeste, que atravessa as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste com extremidades em Cruzeiro do Sul (AC) e Salvador (BA); e o eixo Cabotagem, que liga os principais portos marítimos brasileiros, desde Macapá até Rio Grande.

Já os Projetos Urbanos localizam-se principalmente em regiões metropolitanas: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Distrito Federal e entorno, Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Manaus (AM), Belém (PA), Grande Vitória (ES), Baixada Santista (SP), Natal (RN), Florianópolis (SC), Vale do Rio Cuiabá (MT) e Aracaju (SE). Também aborda projetos para núcleos urbanos de média e pequena dimensão que apresentam influência sobre outras cidades ou estados vizinhos, como: Uberlândia (MG), Campos dos Goytacazes (RJ), Vitória da Conquista (BA), Pelotas (RS), Uberaba (MG) e Petrópolis (RJ).

Fonte: CNT

IPEM-SP autua 17% de cerca de 12 mil veículos fiscalizados por irregularidades no cronotacógrafo



O IPEM-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), órgão delegado do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), fiscalizou entre janeiro e julho deste ano 12 mil veículos para identificar irregularidades no cronotacógrafo. Os especialistas autuaram 17% (2.096) da frota analisada por problemas na verificação e certificação do instrumento.

Os veículos escolares, em comparação com as outras categorias, apresentaram no período o maior índice de problemas com 30% das autuações. Em seguida, com 20% das autuações, estão os caminhões de cargas em geral; na terceira posição ficaram os ônibus com 14% e, por último, os veículos de transporte de produtos perigosos, com 3% das autuações por irregularidades. Em 2013, o IPEM-SP fiscalizou em todo o Estado 10.462 veículos e autuou 17% dos condutores.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de carga com peso bruto acima de 4.536 kg e os veículos de passageiros com mais de 10 lugares são obrigados a possuir o instrumento.

O cronotacógrafo consiste em um aparelho que registra informações do percurso de caminhões, ônibus e vans escolares. Por meio dele, é possível verificar a velocidade desenvolvida pelo veículo, a distância percorrida e o tempo de direção sem paradas. O equipamento contém um disco diagrama de papel ou fita que deve ser trocado a cada 24 horas ou a cada sete dias.

Para conseguir o certificado de verificação, o dono do veículo deve passar por duas etapas: lacrar o equipamento em uma oficina autorizada pelo fabricante e habilitada pelo INMETRO e passar por posto de ensaio autorizado para conferir se o aparelho está adequado à legislação.

Fonte: Portal Transporta Brasil

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Modais de transporte carecem de quase R$ 1 trilhão em investimentos, segundo CNT



A quinta edição do Plano CNT de Transporte e Logística 2014, desenvolvido pela própria CNT (Confederação Nacional do Transporte), elenca 2.045 projetos prioritários de infraestrutura de transporte, tanto na área de cargas como na de passageiros.

Abrangendo todos os modais, as propostas somam R$ 987 bilhões em investimentos e, segundo a confederação, são “condizentes com o desenvolvimento econômico e social desejado ao Brasil, abrangendo a modernização e a ampliação de rodovias, aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e também dos terminais de cargas e de passageiros”.

O plano está dividido entre projetos de integração nacional (que incluem obras ao longo de nove eixos estruturantes multimodais) e projetos urbanos (voltados principalmente para o transporte público).
O estudo conclui que uma significativa parcela da infraestrutura de transporte, em todas as modalidades, está inadequada ou ainda por construir. Algumas delas operam no limite ou mesmo acima da sua capacidade, já outras necessitam de conservação.

Para os eixos analisados, estão previstas intervenções como construção e duplicação de rodovias, expansão de hidrovias, dragagem em portos, implantação de ferrovias, construção e ampliação de aeroportos, construção e adequações de terminais de cargas.

Nos projetos urbanos, estão incluídas 18 regiões metropolitanas. Há projetos voltados à implantação de corredores de BRT (Bus Rapid Transit); construção de infraestrutura para VLTs (veículo leve sobre trilho), monotrilhos, metrôs e trens urbanos; construção e adequações de terminais de passageiros, entre outras.

A CNT alega que implementação dos projetos pode receber um impulso a partir da participação da iniciativa privada, pois, conforme conclusão do plano, a retomada dos investimentos públicos em infraestruturas de transporte, em anos recentes, apesar de assinalável, não tem sido suficiente para ajustar a oferta de transporte às demandas existentes e previstas. Além disso, a execução dos investimentos também tem estado aquém dos valores planejados e autorizados.

Fonte: Portal Transporta Brasil