A segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai deve ser concluída até
2016, uma década depois do início das tratativas entre os dois países. A
projeção é baseada no prazo para a entrega da obra estabelecido no edital
publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 31 de dezembro e na
modalidade da licitação.
As empresas interessadas em participar da concorrência poderão
entregar as propostas para avaliação do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit) no dia 1° de março, às 9h30, quando
também serão abertos os envelopes.
O prazo para a construção da ponte sobre o Rio Paraná, ligando Foz do
Iguaçu, no Oeste do estado, a Presidente Franco, no Paraguai, é de 960 dias,
cerca de dois anos e oito meses.
Parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra será
licitada seguindo as regras do Regime Diferenciado de Contratações Públicas –
que torna o projeto mais rápido que uma concorrência normal –, o que
permitiria iniciar a construção no segundo semestre deste ano.
Estaiada - Seguindo o projeto elaborado pela Vetec Engenharia, de São
Paulo, a ponte, uma das maiores do gênero do país, terá 760 metros de
comprimento e será do tipo estaiada, como a paulista Octávio Frias de
Oliveira, e a que foi projetada para ser construída na Avenida das Torres, na
esquina com a Avenida Cel. Francisco H. dos Santos, em Curitiba (de valor
estimado de R$ 100 milhões).
O edital não revela o custo da nova obra. No entanto, a Lei
Orçamentária da União para 2013 reserva cerca de R$ 86 milhões para o início
da construção. “O valor certamente será maior. Este é apenas o reservado para
o pontapé inicial”, observou o supervisor local do Dnit, Vicente Veríssimo.
Inicialmente imaginada como ponte rodoferroviária, a estrutura que
será erguida perto da região do marco das três fronteiras não comportará
trilhos e tem como objetivo principal – em conjunto com a futura Perimetral
Leste – desviar o trânsito de caminhões pesados que cruzam a região central
da cidade depois de ingressarem no país pelas pontes da Amizade, principal
ligação entre Brasil e Paraguai, ou Tancredo Neves, na fronteira com a
Argentina.
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Fonte.: Gazeta do Povo - PR
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Segunda ponte entre Brasil e Paraguai sai até 2016
Novos viadutos vão eliminar semáforos no trecho de baixada da Rodovia dos imigrantes
A população de São Vicente e de todo o litoral sul do Estado recebeu
uma boa notícia do governador Geraldo Alckmin nesta terça, 15: a abertura da licitação
para a construção de dois viadutos na Rodovia dos Imigrantes (SP-160). O
início das obras está previsto para maio, e o investimento é de R$ 100
milhões.
Essenciais para o fluxo na rodovia, os viadutos eliminarão o principal
gargalo da Rodovia dos Imigrantes e implicarão na retirada de seis semáforos
que controlam o cruzamento em São Vicente. "É uma obra esperada há
muitos anos. A implantação dos viadutos vai fazer com que questões do
dia-a-dia das pessoas, como segurança e desenvolvimento regional, destravem,
e ainda deixa um bom legado para a região", disse.
Mesmo se tratando de uma obra grande, o tráfego não será impedido
durante a execução do empreendimento. A construção será realizada pelo DER
(Departamento de Estradas de Rodagem), órgão vinculado à Secretaria de
Logística e Transportes. Os novos viadutos vão beneficiar pelo menos 300 mil
habitantes, além da população sazonal que visita as praias da região.
Transportes
Ainda em São Vicente, Alckmin anunciou outras obras viárias
importantes para toda a Baixada Santista, como a nova ponte sobre o Canal do
Barreiro. Serão 3,5 km de marginais e novas pistas. A construção começa em
fevereiro e deve durar 12 meses. Em Praia Grande será construído um novo
viaduto ligando o município a Mongaguá. Também em Mongaguá serão implantadas
cinco passarelas.
O trecho de 20km da rodovia entre Itanhaém e Peruíbe passará por
recapeamento. Já entre Peruíbe e Miracatu, o Governo do Estado investirá na
modernização da estrada, com ampliação, construção de terceira faixa e
acostamento. Alckmin destacou que esta rodovia já está concluída até a Régis
Bittencourt.
O secretário de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu,
destacou que a espera pela travessia entre Santos e Guarujá diminuiu e ficará
ainda melhor com a chegada de mais duas balsas. O motorista pode ainda
agendar a travessia com duas horas de antecedência e agilizar a viagem.
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Só melhorias em porto poderão baratear frete
Antes disso, as empresas de transporte de cargas do modal rodoviário
manterão a elevação dos custos para os clientes, para não perderem mais
rentabilidade. "Os gargalos que encarecem o frete estão nas pontas do
processo. É inadmissível, por exemplo, que um caminhão demore de 6 a 72 horas
para descarregar uma carga em um porto. Isso impacta diretamente os preços,
já que se perde um dia de viagem porque há um gargalo no porto para carga e
descarga", avalia o diretor-comercial-corporativo da Gafor Logística, Luiz
Carlos Magalhães.
Segundo Magalhães, o tempo perdido no processo de carga e descarga é
um dos principais fatores do encarecimento do frete rodoviário nos últimos
anos. Somente entre 2012 e 2013, o valor subiu, em média, 20%.
O especialista em Logística e Transportes da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS) Dênis Borenstein explica que a dependência
exclusiva do modal rodoviário para o transporte de cargas no Brasil também
encarece o preço final do produto, ainda que com uma manutenção mais barata.
"O gasto com combustíveis é muito maior do que o do modal ferroviário,
por exemplo. Países que já têm ferrovias desenvolvidas economizam 30% mais
que o Brasil em logística. Além disso, a falta de segurança também encarece o
frete, já que os roubos de carga têm-se tornado cada vez mais
frequentes", explica o especialista.
O problema também é apontado pelo diretor-comercial-corporativo da
Gafor Logística. "A falta de segurança nas rodovias é uma das nossas
maiores dificuldades: impacta o preço do seguro e, com isso, o preço do
frete, claro", detalha Magalhães.
Segundo dados do Sindicato das Empresas de Transportadores de Cargas
de São Paulo e Região (Setcesp), em 2011, no Estado de São Paulo, foram quase
7 mil as ocorrências desse tipo, representando uma perda de R$ 295 milhões
para as empresas.
Já sobre as condições das rodovias, que também são alvo de crítica do
professor da UFRGS, o diretor da Gafor Logística diz que o tamanho do
problema costuma variar de acordo com a região. "O nível das estradas depende
da região. No sudeste não temos grandes problemas na maior parte das
rodovias, mas no nordeste, por exemplo, temos problemas sérios. Isso aumenta
muito os gastos com a manutenção."
Mão de obra
Outra dificuldade apontada pelo diretor-corporativo da Gafor Logística
é a falta de mão de obra qualificada. Segundo Magalhães, a dificuldade de
encontrar motoristas provocou a subida da remuneração dos profissionais e,
consequentemente, o aumento do preço do frete. "Hoje nós chegamos a
demorar até seis meses para preencher uma vaga de motorista porque o cargo
exige muito mais do que há alguns anos. Os caminhões estão mais modernos, o
transporte de alguns produtos exige uma formação especial. O Brasil hoje vive
um apagão de mão de obra desse tipo. Com isso, temos que oferecer
treinamentos mais completos e aumentar a remuneração dos funcionários",
explica Magalhães, que destaca que a folha de pagamento tem representado um
aumento de 25% nos gastos da empresa.
Além disso, a Lei 12.619, de 2012, que
determina períodos obrigatórios de descanso para caminhoneiros, provocou a
necessidade de novas contratações, o que elevou o preço do frete em cerca de
20% no fim de 2012. "Nós reajustamos os preços assim que a lei foi
promulgada. As operações de longa distância estão mais caras por conta disso.
Isso pode ser visto pelo reajuste de preços ou pelo aumento do tempo para a
entrega da carga, em razão da carga horária do motorista", explica Luiz
Magalhães. "O que nós estamos fazendo é otimizar o tempo de carga e descarga
para reduzir esse impacto. Antigamente o embarcador não tinha essa
preocupação, mas hoje tem", completa.
Competitividade
Em meio a todos os entraves apresentados pelo setor, as empresas têm
buscado alternativas para baratear a manutenção dos veículos. O investimento
em tecnologia para melhorias mecânicas, por exemplo, é visto pelo setor como
a única alternativa a curto prazo para amenizar o impacto financeiro.
Para Getúlio Correa Júnior, presidente da Technical Fairs, empresa
promotora da Expofrota - Feira Internacional de Transporte Rodoviário, que
deverá acontecer em setembro no Mato Grosso, além de todos os problemas
apontados por empresários do setor, o Brasil ainda sofre por falta de
competitividade entre as empresas. "O que nós vemos é que o custo é alto
por causa da lei de oferta e procura. Quanto mais empresas transportadoras
existirem, melhor será para o cliente, independentemente do tipo de
modal", defende. "Além disso, é preciso trazer alternativas à
manutenção, novas tecnologias para torná-la mais barata. Estamos nos
preparando para oferecer uma renovação tecnológica, já que reduzindo o custo
da manutenção, é possível reduzir o custo do frete."
Fora a troca de tecnologia de transportes, a Expofrota terá congressos
e rodas de negócios, voltados exclusivamente aos empresários do ramo.
"Vamos contemplar várias plataformas, que oferecem uma ampla base de
prospecção, com significativas possibilidades de negócios com empresas de
pequeno, médio e grande porte. Acompanhando tendências internacionais, de forma
inédita no Brasil, a feira vai oferecer possibilidades de projeção de marca e
alavancagem corporativa, com muitas perspectivas". A organização da
feira espera 10 mil investidores vindos do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Goiás, da Bolívia e do Paraguai.
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Fonte.: DCI
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Governo sanciona lei de depreciação acelerada para caminhões
A presidente Dilma Rousseff sancionou com vários vetos o mecanismo de
depreciação acelerada de caminhões e de vagões e locomotivas, criado no ano passado
para estimular a indústria em um momento de tombo nas vendas e produção de
veículos comerciais.
O mecanismo, anunciado no final de agosto, permite a redução da base
de cálculo do Imposto de Renda de veículos comprados ou encomendados entre
setembro e o final de 2012. O incentivo foi decidido junto com um amplo
pacote que também reduziu juros de financiamentos para aquisição de bens de
capital.
Segundo o texto da lei 12.788, de 14 de janeiro, "para efeito de
apuração do imposto sobre a renda, as pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro real terão direito à depreciação acelerada, calculada pela aplicação
da taxa de depreciação usualmente admitida multiplicada por três, sem
prejuízo da depreciação contábil".
A lei foi sancionada pela presidente com 12 vetos. Um deles barrou que
o benefício se aplicasse também a carros de passageiros de metroferroviários,
equipamentos portuários e embarcações mercantes.
A presidente justificou o veto afirmando que os dispositivos
"ampliam o escopo da medida original, sem, no entanto, apontarem os
devidos estudos de impacto de caráter orçamentário-financeiro necessários à
renúncia de receita".
Houve veto também à inclusão de produtor rural pessoa física como
pessoa jurídica capaz de receber o benefício.
A lei foi sancionada com inclusão de autorização à União para
concessão de crédito no valor de 15 bilhões de reais aos agentes financeiros
do Fundo da Marinha Mercante.
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Fonte.: Reuters
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