Após conseguirem decisões favoráveis na Justiça, as concessionárias
que integram o Programa Estadual de Pedágios já estudam medidas para
continuar administrando sete polos rodoviários no Rio Grande do Sul a partir
de 2014. A data do fim dos contratos é tema de discussão entre o Palácio
Piratini e as empresas.
O governo alega que a concessão de 15 anos dos sete polos rodoviários
termina no primeiro semestre de 2013, com base nas datas de assinaturas dos
contratos, em 1998. As concessionárias defendem a data do começo das
cobranças de tarifas, seis meses depois.
Com a liminar obtida pela Santa Cruz Rodovias na terça-feira (9),
todas as sete concessionárias receberam autorização judicial para continuar
administrando as praças até o final do ano. As empresas estudam como
continuar administrando pedágios, a partir de 2014, e criticam a criação da
Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) pelo governo do estado.
“O Rio Grande do Sul, de uma certa forma, está na contramão do Brasil.
Pois, enquanto o governo federal busca a atração de investidores, o Rio
Grande do Sul cria uma nova estatal”, critica o diretor-presidente da
Associação de Concessionárias Gaúchas de Rodovias, Egon Schunck Júnior.
A EGR foi criada no ano passado para administrar 14 praças, entre elas
os sete polos cedidos à iniciativa privada. Pelas contas do governo, o valor
do pedágio pode cair 26% nessas praças. Em fevereiro, a EGR assumiu a gestão
dos pedágios comunitários de Portão, Coxilha e Campo Bom. O valor não caiu
porque já era considerado baixo. O governo diz que já começou melhorias
nessas estradas.
“Nós temos certeza que vamos manter os mesmos serviços, vamos melhorar
essas estradas e vamos trabalhar para fazer duplicações e melhorias nas
estradas que não foram feitas ao longo dos 15 anos”, afirma o presidente da
EGR, Luis Carlos Bertotto.
Com a decisão da Justiça, os motoristas vão ter que esperar pelo menos
até o fim do ano para saber se essa promessa será cumprida. A menos que o
governo do estado consiga reverter a situação em instâncias superiores. A
Procuradoria-Geral do Estado (EGR) já disse que vai recorrer das decisões
judiciais que mantêm as sete concessionárias na administração de pedágios.
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Fonte.: G1
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