sexta-feira, 12 de abril de 2013

Concessionárias já estudam medidas para seguir com pedágios no RS


Após conseguirem decisões favoráveis na Justiça, as concessionárias que integram o Programa Estadual de Pedágios já estudam medidas para continuar administrando sete polos rodoviários no Rio Grande do Sul a partir de 2014. A data do fim dos contratos é tema de discussão entre o Palácio Piratini e as empresas.

O governo alega que a concessão de 15 anos dos sete polos rodoviários termina no primeiro semestre de 2013, com base nas datas de assinaturas dos contratos, em 1998. As concessionárias defendem a data do começo das cobranças de tarifas, seis meses depois.

Com a liminar obtida pela Santa Cruz Rodovias na terça-feira (9), todas as sete concessionárias receberam autorização judicial para continuar administrando as praças até o final do ano. As empresas estudam como continuar administrando pedágios, a partir de 2014, e criticam a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) pelo governo do estado.

“O Rio Grande do Sul, de uma certa forma, está na contramão do Brasil. Pois, enquanto o governo federal busca a atração de investidores, o Rio Grande do Sul cria uma nova estatal”, critica o diretor-presidente da Associação de Concessionárias Gaúchas de Rodovias, Egon Schunck Júnior.

A EGR foi criada no ano passado para administrar 14 praças, entre elas os sete polos cedidos à iniciativa privada. Pelas contas do governo, o valor do pedágio pode cair 26% nessas praças. Em fevereiro, a EGR assumiu a gestão dos pedágios comunitários de Portão, Coxilha e Campo Bom. O valor não caiu porque já era considerado baixo. O governo diz que já começou melhorias nessas estradas.

“Nós temos certeza que vamos manter os mesmos serviços, vamos melhorar essas estradas e vamos trabalhar para fazer duplicações e melhorias nas estradas que não foram feitas ao longo dos 15 anos”, afirma o presidente da EGR, Luis Carlos Bertotto.

Com a decisão da Justiça, os motoristas vão ter que esperar pelo menos até o fim do ano para saber se essa promessa será cumprida. A menos que o governo do estado consiga reverter a situação em instâncias superiores. A Procuradoria-Geral do Estado (EGR) já disse que vai recorrer das decisões judiciais que mantêm as sete concessionárias na administração de pedágios.

Fonte.: G1