A pista expressa da Avenida Lions, em São Bernardo, terá a velocidade
máxima de circulação permitida reduzida para 60 km/h a partir de sábado.
Atualmente, a via rebaixada tem limite de 70 km/h. A mudança acontece quase
um ano após a conclusão das obras de implementação das novas faixas no Anel
Viário Metropolitano.
De acordo com a Prefeitura, um dos objetivos é que a redução contribua
para a queda no índice de acidentes. Foram registradas 133 ocorrências na
Nova Lions em um ano - entre abril de 2012 e 2013. Nenhum registrou vítimas
fatais. O número corresponde a 11 acidentes por mês. A pista rebaixada da via
foi entregue no dia 19 de maio de 2012, após ter ficado em obras por 25
meses.
A alteração também visa a padronização da velocidade no viário. Tanto
no trecho da Nova Lions próximo ao acesso à Rodovia Anchieta quanto na
Avenida Prestes Maia, em Santo André, o limite de velocidade em 60 km/h.
Faixas com o informe sobre a mudança foram instaladas ontem na via.
Não haverá alterações, entretanto, na pista local, onde a velocidade máxima
permitida é de 50 km/h.
FLUXO
Com a pista, que custou aos cofres públicos R$ 39 milhões, a Nova
Lions ganhou três faixas de rolamento em cada sentido.
Depois da abertura do trecho rebaixado, o fluxo na Lions teve aumento
de cerca de 25%, segundo a Prefeitura, saltando de 4.000 para 5.00 veículos
nos horários de pico da manhã e da tarde.
OBRA
Está prevista para começar neste ano mais uma intervenção na Avenida
Lions. A Prefeitura fará adequações no acesso do corredor à Via Anchieta e
modificará o viário na saída da Avenida Caminho do Mar.
Será construído outro acesso da pista Norte da rodovia - sentido
Capital - para a Lions. A alça, na altura do km 16, levará à pista sentido
Diadema. O trevo, atualmente, tem apenas uma saída, que desemboca na Lions
sentido Santo André. A entrada para a rodovia em direção a São Paulo também
sofrerá pequenas mudanças geométricas. Entre as duas alças e a saída da
Caminho do Mar será construída pista marginal com rotatória.
As intervenções, orçadas em cerca de R$ 15 milhões, são parte de
pacote de R$ 100 milhões assinado no ano passado com a empresa Heleno &
Fonseca e que prevê a execução de outras 19 obras.
O objetivo da remodelação é organizar o fluxo na avenida, que compõe o
chamado Corredor ABD.
Mudança já era prevista, diz especialista em trânsito
Para o especialista em trânsito e professor de Engenharia de Tráfego
na FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso de Franco Peixoto, já era previsto
que o limite máximo de velocidade na Avenida Lions sofreria diminuição após a
obra na via, finalizada em maio. "A avenida foi projetada para ser
expressa. A velocidade de 70 km/h é compatível para região que não há
cruzamento com pedestres. Por outro lado, os técnicos em engenharia urbana já
previam que haveria sobrecarga da Lions em alguns momentos do dia.
Como o
nível de carga aumentou, a velocidade mais baixa passou a ser coerente."
De acordo com o especialista, isso acontece porque, como houve grandes
melhorias no viário, as pessoas que não passavam por ali começaram a utilizar
o local, sobrecarregando o trecho. O fenômeno é chamado de demanda reprimida
pelos técnicos em trânsito. "Se há mais veículos, a mudança de
velocidade é maior em curtos espaços percorridos. Então, permitir limite de
70 km/h onde não é possível manter essa velocidade por longo trecho em alguns
momentos do dia gera risco de acidente veicular", afirmou o professor.
Um exemplo positivo dado pelo especialista foi a redução no limite de
velocidade de 110 km/h para 90 km/h nas marginais da Via Anchieta, implantada
em abril de 2008. A alteração causou a diminuição de acidentes e mortes no
trecho. Segundo balanço divulgado pela Ecovias e publicado pelo Diário em
abril de 2009, de 1º de abril de 2008 a 31 de março de 2009 o número de
vítimas fatais caiu 55,5%, enquanto o índice de acidentes registrou queda de
32,4% nos trechos que sofreram diminuição do limite de velocidade.
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Fonte.: Diário do Grande ABC
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