Entre
os benefícios do biodiesel está a redução de emissão de poluentes. Segundo
estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o biocombustível emite 57% menos
gases poluentes que o diesel mineral. O mesmo estudo estima que, com a adição
de 5% de biodiesel ao diesel, são evitadas 12.945 internações por ano
resultantes de doenças respiratórias e que sejam poupadas 1.838 vidas pela
mesma razão.
Há
ainda ganhos econômicos. Entre 2005, ano seguinte ao que foi criado o
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), e 2010, foram
economizados US$ 2,68 bilhões em importações de diesel. "Os ganhos
poderiam ser maiores, se não tivéssemos limitação ao crescimento do mercado
nacional", diz Erasmo Battistella, presidente da Associação dos
Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).
A
expectativa da indústria era que o B10 (adição de 10% de biodiesel ao diesel)
se tornasse obrigatório este ano, mas o governo vem adiando a determinação.
Entre outras explicações do adiamento estão a excessiva dependência da soja —
o grão é fonte de 80% da produção nacional, o que tornaria o país refém de
eventual quebra de safra — e o preço do biodiesel. Este é de 40% a 70% maior
que o do diesel mineral. Ao ampliar o percentual da mistura, o governo
contribuiria para pressionar a inflação.
Além de
ampliar a produção do biodiesel, o Brasil está reunindo esforços para o
desenvolvimento do etanol de segunda geração. Este difere do etanol de
primeira geração por ser obtido a partir do bagaço da cana, e não do caldo de
cana. Um detalhe capaz de aumentar em 50% a produtividade das usinas. Segundo
o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, o modelo
tradicional permite produzir, em média, cerca de sete mil litros de etanol
por hectare plantado. A segunda geração do combustível eleva esse volume para
aproximadamente 11 mil litros por hectare.
A
expectativa da empresa é produzir etanol de segunda geração em escala
industrial a partir de 2015, projeto que
deve consumir R$ 200 milhões.
Enquanto
isso, a companhia aposta no etanol de primeira geração. Está investindo R$
520 milhões em parceria com o grupo São Martinho para ampliar a capacidade de
moagem da usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO), de 2,3 milhões de toneladas
para oito milhões de toneladas na safra 2014/2015.
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Fonte.:
Circuito MT
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