São Paulo
- Interditado desde janeiro, o Viaduto Pompeia, na zona oeste da capital, será
totalmente reaberto ao tráfego daqui a uma semana, no dia 10. As obras de
recuperação da estrutura, que foi afetada por um incêndio em um barracão de
escola de samba localizado sob o elevado, estão "em fase final",
segundo a Prefeitura.
As duas
pistas já estão liberadas parcialmente em horário integral desde sexta.
Continuam interditadas apenas duas faixas da pista no sentido centro e uma
faixa na direção contrária. Ontem à tarde, cerca de 20 operários trabalhavam na
reforma. Ainda há tapumes em volta dos pilares.
Enquanto
alguns homens pintavam a grade de proteção do viaduto, outros faziam o
acabamento das bases de sustentação localizadas próximo da Avenida Nicolas
Boer. A interdição da via afetou pelo menos 55 mil veículos que utilizavam a
passagem todos os dias antes do incêndio, segundo dados divulgados pela
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Motoristas
que circulam pela região aguardam a abertura total do viaduto. "Quando
interditaram, no começo do ano, parava tudo na Marquês de São Vicente. A ponte
(Julio de Mesquita Neto) ficava paradinha também", relata o taxista João
Antônio Debeus, de 41 anos, que trabalha perto do Shopping Bourbon.
O
dentista Ricardo Oliveira Santana, de 54 anos, disse que espera ganhar tempo
com a abertura do viaduto. "Meu caminho ficou até meia hora mais lento
porque tenho de dar uma volta grande para pegar o Viaduto Antártica, que estava
ficando sobrecarregado", diz ele, que trabalha na Pompeia e mora na
Freguesia do Ó, zona norte.
A
interdição prejudicou ainda o trânsito na Avenida Francisco Matarazzo, no
Viaduto Pacaembu e até na Marginal do Tietê, avaliam motoristas. "São
Paulo é assim", resumiu o taxista Debeus. A reforma desagradou a alguns
pedestres, que usam o viaduto para atravessar a linha férrea e chegar ao
corredor de ônibus da Matarazzo. "Ficou fechado esse tempo todo e não
taparam os buracos da calçada?", reclamou a diarista Maria Ofélia Guedes,
de 33 anos. Há mato crescendo nas laterais das calçadas e, em alguns pontos, as
pedras do mosaico na calçada estão soltas. O maior buraco fica no meio do
viaduto, na pista sentido bairro, e tem quase um metro de diâmetro.
Histórico
A reforma
do Viaduto Pompeia custou R$ 10,8 milhões. A Prefeitura contratou a empresa
Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia, por meio de contrato emergencial
(sem licitação), em 13 de janeiro. O nome oficial do viaduto é Missionário
Manoel de Mello. A estrutura foi inaugurada em 1967, tem 450 metros de extensão
e é sustentada por 20 pilares. As informações são do jornal O Estado de
S.Paulo.
Fonte: Exame