Determinação
causou polêmica entre prefeitura e profissionais do ramo.
Caminhoneiros
reclamam que lucro vai diminuir com a decisão.
Uma lei municipal que proíbe o
fluxo de caminhões no centro de Conchas (SP) está causando polêmica entre os
trabalhadores da área. A decisão incomodou os trabalhadores autônomos, que se
reuniram com representantes da prefeitura e vereadores para tentar um acordo.
De acordo com o prefeito e autor da
lei Odirlei Reis, apesar da decisão desagradar os caminhoneiros, a medida foi
implantada após pedidos dos moradores. “Foi criada uma rota alternativa onde
esses caminhoneiros vão poder estar se dirigindo. Foi uma reinvindicação da
população de forma geral, nas reuniões de associações de bairros que nós
tivemos. A principio nós implantamos a lei também pelo estado que se encontra
nossos asfaltos, pois os caminhões nós sabemos que interferem na qualidade do
asfalto devido ao excesso de carga”, afirma.
A nova condição determinada aos
caminhoneiros passou a valer no dia 20 de agosto e os motoristas têm 30 dias
para se adequar. Aproximadamente 20 caminhoneiros vivem no município e a
maioria deles é autônoma.
Quando esses motoristas estão de
folga, deixam o veiculo estacionado em frente a casa deles; mas, com este
decreto isso ficou proibido. Atualmente, eles têm usado pátios particulares
para guardar os veículos.
O caminhoneiro Achel Prado cita que
a medida foi reprovada por todos os profissionais da categoria. “Eu fico
indignado porque a gente paga imposto, a placa nossa é de Conchas e isso gera
imposto à cidade, e a gente tem que colocar o caminhão em qualquer lugar. Ele
[prefeito] não se responsabiliza para dar um pátio pra gente, o município não
consegue arcar com isso”, explica.
Prado ainda comenta que com a
alteração, o lucro dos profissionais será abatido. “Se a gente deixar o
caminhão em um pátio particular o custo pra gente vai ser mais caro. Já existe
um pedágio na entrada da cidade para entrar e sair”, completa.
Segundo o caminhoneiro Antônio
Carlos Atanazio, durante uma reunião realizada entre os profissionais e o
prefeito do município, o chefe do executivo confirmou que a decisão será
respeitada pelos agentes de trânsito: “Ele falou que a partir do dia 20 a
Guarda Municipal e a Polícia Militar estão autorizadas a fazer a multa. Vamos
tentar, vamos bater em cima disso porque nós também somos moradores do
município”, reflete.
Fonte: G1