Pelo menos três praças de pedágio no Rio Grande do Sul deverão ser
assumidas em abril pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), entidade criada
pelo governo do Estado para administrar as praças pedagiadas da malha
rodoviária gaúcha. Quem confirma é o presidente da estatal, Luis Carlos
Bertotto, ao esclarecer que o motivo é o término dos contratos com as atuais
concessionárias. A previsão do governo é que a partir da mudança, a tarifa
caia até 30%.Segundo Bertotto, serão assumidos os polos Metropolitanos em
Caxias do Sul, Lajeado e Viamão. As outras praças deverão ser substituídas
até o final de junho de 2013.
"A ideia é gerir os contratos administrativos, com a contratação
da parte de arrecadação, das estradas e de conservação e asfalto ao longo do
tempo e, se for necessário, realizar as duplicações das estradas em parceria
com as comunidades", explicou. Os editais para a contratação das
empresas que serão responsáveis pela manutenção das praças deverão ser
lançados entre o final de janeiro e o início de fevereiro.Bertotto explicou
ainda que, mesmo com as prováveis ações protocoladas na Justiça pelas
concessionárias, que alegam uma dívida que estaria em torno de R$ 3 bilhões,
o planejamento seguirá.
'Tentaram mudar as datas, mas até o momento não
conquistaram êxito. Se houver indenizações, elas deverão ocorrer no futuro. O
importante é que não vai continuar esse modelo concedido', destacou. No
projeto, a EGR deverá instalar pedágios em 11 praças situadas em 800
quilômetros de estradas estaduais. Além disso, a praça de Farroupilha deverá
ser extinta.Concessionárias reagemSegundo o diretor regional da Associação
Brasileiras da Concessionárias de Rodovias, Egon Schunck Júnior, as empresas
"farão tudo dentro da lei e do que reza nos contratos e na lei das
concessões". Disse não saber como ficará a situação, caso o governo
mantenha a intenção de assumir as praças, mas ressaltou existirem cláusulas
contratuais determinando que um contrato não pode ser encerrado sem que os
investimentos sejam amortizados."A dívida atual é de R$ 3,050
bilhões", informou.
As concessionárias entraram na Justiça pedindo o reequilíbrio de
contrato. Schunck Junior destacou que existe jurisprudência no Supremo
Tribunal Federal que permitirá às concessionárias se recusarem a entregar as
praças sem receber o que lhes é devido.EGR administrará 14 praçasO
Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou nessa quyque as
praças de sua competência - Campo Bom, Coxilha e Portão - também passarão
para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Explicou que ao final do término de
todos os contratos, a EGR, contando com as do Daer e mais 11 que retornarão
das concessões, administrará 14 praças de pedágio ao todo. Quanto à questão
da cobrança de dívida por parte das concessionárias, o Daer respondeu que o
Estado contratou a consultoria Dynatest SD para levantar os passivos delas em
função "das inadimplências contratuais das empresas pelo fato de não
executarem os projetos que estavam previstos nas propostas comerciais delas
mesmas em cada polo de concessão".
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Fonte.: Portal Vitrine
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