A falta de pontos de descanso e de infraestrutura das rodovias
brasileiras foi criticada nesta quarta-feira (3) por representantes de
empresas de transporte de carga em audiência pública da comissão especial que
revisa a lei (12.619/12), sobre a jornada de trabalho dos caminhoneiros. A
lei estabeleceu descansos de 11 horas entre uma jornada e outra, além de 30
minutos para cada 4 horas ao volante. A legislação enfrenta resistência de
empresas e de setores produtivos.
Na opinião do representante da Associação do Transporte Rodoviário do
Brasil, Roberto Queiroga, a falta de lugares para o descanso dos motoristas
em trajetos sem estrutura pode aumentar gastos com o transporte de cargas.
"Não temos pontos de parada em todos os trechos rodoviários, que
realmente possam atender o trabalhador no volante e são impostas condições na
legislação em relação a tempo de espera, em jornada”, afirmou.
Segundo ele, há pontos específicos que, se não forem alterados, vão
encarecer o frente. “Se começarem as fiscalizações e as multas enquanto as
empresas estão migrando pra essa legislação, vão faltar caminhões e
motoristas”, avaliou Queiroga.
No ano passado, o Conselho Nacional de Trânsito chegou a suspender a fiscalização
da lei por seis meses. Mas a justiça já autorizou a aplicação de penalidades
para abril, com multas de R$ 127 e perda de cinco pontos na carteira de
motorista infrator.
A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa
Catarina reforçou que o principal entrave é a infraestrutura das rodovias
brasileiras. O descanso dos motoristas, sem os pontos de apoio, colocaria em
risco a segurança da mercadoria e do profissional. A federação sugeriu que
esses pontos de parada fossem estruturados como empreendimentos comercias de
grande porte.
Reclamações
O relator na comissão especial, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC)
considerou que as reclamações sobre as rodovias também devem pautar a análise
da lei. “Temos que trazer para dentro do processo não só a discussão
profissional, mas também essa a infraestrutura brasileira, a logística do
transporte brasileiro”.
A comissão especial pretende apresentar dentro de um mês propostas
para modificar a lei federal que regulamentou a jornada dos caminhoneiros no
País. A próxima audiência pública foi convocada para a terça-feira (9).
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Fonte.: Agência Câmara
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