A Prefeitura de São Paulo estuda devolver a taxa da inspeção veicular
paga pelos motoristas em vez de simplesmente extingui-la, como o prefeito
Fernando Haddad (PT) prometeu em campanha.
O argumento é que contrato com a Controlar impede que o Tesouro
municipal remunere os serviços.
Em outras palavras, pelo contrato é proibido sair dinheiro direto dos
cofres municipais para a empresa.
A saída jurídica para a questão é devolver o dinheiro de quem for
aprovado na inspeção.
Dessa forma, a prefeitura estaria subsidiando o proprietário do
veículo, não a empresa.
O prefeito Haddad ainda não bateu o martelo.
A decisão final deve sair nesta semana, pouco antes do envio do
projeto de lei sobre o assunto para a Câmara.
A tendência, no entanto, é que a devolução seja a opção adotada mesmo.
EQUILÍBRIO FINANCEIRO
A Controlar tem um contrato de concessão com a prefeitura que vale até
2018.
Por ser assim, o poder público, que deu a concessão ao setor privado,
pode implementar a regrar que quiser.
Existe apenas um item, conforme a Folha apurou, que não pode ser
quebrado.
O equilíbrio econômico e financeiro do contrato deve ser mantido, sob
pena de a administração pública ter que ressarcir a Controlar por eventuais
perdas.
EXEMPLO
Um exemplo concreto: para atender à atual demanda, a empresa precisou
montar uma série de centros de inspeção e, também, contratar mão de obra para
o serviço.
Na hipótese de a inspeção virar bianual, o esquema privado montado
para a checagem da frota vai ficar ocioso, provavelmente pela metade.
Ou seja, a Controlar poderá cobrar a conta da prefeitura. Ou, então,
pedir que o prazo do contrato seja esticado.
O poder público, por sua vez, pode recorrer à Justiça se ele achar que
a conta para ele pagar ficou alta demais.
MINISTÉRIO PÚBLICO
A prefeitura também estuda "mudar o polo" na ação que o
Ministério Público Estadual move contra o contrato da inspeção veicular.
Hoje, a prefeitura é ré no processo.
Haddad analisa pedir à Justiça que mude a prefeitura para coautora da
mesma ação.
Assim, oficialmente, a administração passaria a concordar com os
argumentos dos promotores de que o contrato não poderia ter sido firmado nos
moldes que foi.
|
|
Fonte.: Folha de S. Paulo
|
Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.