O
Conselho de Autoridade Portuária (CAP) aprovou nesta segunda-feira (06) o
documento que vai nortear as ações voltadas ao desenvolvimento do Porto de
Paranaguá nos próximos 20 anos. O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto
Organizado de Paranaguá (PDZPO) estabelece, entre outros pontos, as áreas para
onde o terminal poderá se expandir e os investimentos necessários para ampliar
e melhorar a movimentação de cargas.
“Estamos
há 10 anos sem um plano semelhante. Ele nos possibilitará colocar o plano de
governo, viabilizar parcerias público-privadas e buscar no governo federal
recursos para os projetos de expansão”, disse o superintendente dos portos
paranaenses, Luiz Henrique Dividino.
Elaborado
a partir das diretrizes da Secretaria de Infraestrutura e Logística, o Plano de
Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO) foi
aprovado por unanimidade, em reunião extraordinária do CAP. “O plano de
zoneamento é a linha mestre de qualquer porto. Ele nos dá um diagnóstico e um
prognóstico da situação e possibilita planejarmos o futuro. É uma grande
conquista que nos permite executar com mais precisão, clareza e transparência o
programa de governo”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística, José
Richa Filho.
Este é o
primeiro plano de desenvolvimento e zoneamento feito em total consonância com o
Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), do governo federal, e em
conformidade com todas as resoluções ambientais vigentes. “Pela primeira vez o
PDZPO foi elaborando visando à integração entre o Porto e a cidade, de forma a
promover a harmonização dos conflitos urbanos, sem deixar de lado os cuidados
com o meio ambiente e a redução dos impactos da atividade portuária junto à
comunidade do entorno”, afirma Dividino.
O PDZPO
foi elaborado pela Appa, com a Fundação de Ensino e Engenharia de Santa
Catarina (FEESC) e o Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans). O
documento foi submetido ao Conselho de Autoridade Portuária e a uma comissão
especial de acompanhamento. Composta por representantes da sociedade civil, a
comissão analisou todos os pontos, durante aproximadamente dois meses,
sugerindo alterações e melhorias.
DESTAQUES
– O plano de zoneamento destaca a possibilidade de o Porto, que movimentou 41 milhões
de toneladas no ano passado, diversificar e dobrar o volume de carga nos
próximos 20 anos. Também desenha as novas áreas de expansão em Antonina,
Imbocuí/Emboguaçu e em Pontal do Paraná, num total de 50 milhões de metros
quadrados disponíveis para crescimento de área e retroárea. Mesmo com esse
crescimento previsto, o Porto ainda vai conseguir manter 80% de área preservada
na baía.
O PDZPO
prevê melhoria direta no escoamento de granéis sólidos para exportação de
açúcar, soja, milho, farelo; melhorias no recebimento de fertilizantes,
sobretudo na redução dos custos logísticos de sobre estadia e expansão no
segmento de líquidos a granel. Todos os empreendimentos previstos visam atender
a determinação do governador Beto Richa no sentido de atender as necessidades
dos produtores rurais e da indústria paranaense.
AVANÇO –
O presidente do CAP, Wilson do Egito Coelho Filho, destacou que o processo
democrático foi fundamental para a elaboração final do PDZPO. “Todo plano de
desenvolvimento e de zoneamento é fruto da relação entre o porto e a cidade,
porque o desenvolvimento do porto impacta na cidade e a cidade se beneficia
deste desenvolvimento. A busca de um equilíbrio é o principal desafio, e muitas
vezes gera conflito. Mas envolvendo todas as partes na discussão promove-se o
exercício da cidadania”, disse.
Fonte: Agência do Paraná