terça-feira, 7 de agosto de 2012

Alta no diesel eleva custo do frete e atinge consumidor


O aumento no preço do diesel já está deixando o frete dos caminhões mais caro para o transporte de produtos. A previsão é que alta, 5% em média, chegue ao consumidor dentro de 30 dias. O setor de hortaliças, por exemplo, que apresenta um quadro de desabastecimento por conta das chuvas, deve subir ainda mais o preço dos produtos.

“O estoque já está com pouco produto, com a alta do diesel, o que está caro vai ficar ainda mais alto”, explica o gerente do Ceagesp, Odracyr Capponi. O preço final do produto, segundo ele, deve subir aproximadamente 4%. “Assim que estabilizar a produção, esse reajuste vai chegar ao bolso do consumidor”, diz. Entretanto, a expectativa é de estabilização de um mês para alimentos como hortaliças: alface, rúcula, abobrinha, e até 90 dias para os legumes como vagem, quiabo e tomate. “Ainda esperando que não chova, nem tenha geada, pois caso ocorra, os preços tendem a se manter em alta com toda essa situação”, fala.

Os reajustes consecutivos do diesel nesse mês de julho provocaram a revolta e graves consequências em diversos setores, principalmente entre os caminhoneiros que utilizam o combustível diariamente. No país, diversas estradas foram “interditadas” para protesto dos caminhoneiros nos últimos dias, formando até 13 quilômetros de congestionamento em alguns casos. Eles consideram a alta abusiva. Na região de Marília, o sindicato dos motoristas ainda não tem previsão de manifestação, mas se posiciona contra o reajuste que encareceu os fretes. “Ainda não temos nada planejado, mas não significa que não somos contra. Essa alta abusiva é o câncer do trabalhador do transporte. Ele acaba com o lucro, que já é pequeno. Já tínhamos problemas graves como o abuso de pedágio e a situação das rodovias, agora mais essa para atrapalhar a vida do motorista de caminhão e de toda a população, que também vai sentir alta”, critica o presidente do Sindicato dos Motoristas, Moacir Baldicera.

Fonte: Diário de Marília