O aumento
no preço do diesel já está deixando o frete dos caminhões mais caro para o
transporte de produtos. A previsão é que alta, 5% em média, chegue ao
consumidor dentro de 30 dias. O setor de hortaliças, por exemplo, que apresenta
um quadro de desabastecimento por conta das chuvas, deve subir ainda mais o
preço dos produtos.
“O
estoque já está com pouco produto, com a alta do diesel, o que está caro vai
ficar ainda mais alto”, explica o gerente do Ceagesp, Odracyr Capponi. O preço
final do produto, segundo ele, deve subir aproximadamente 4%. “Assim que
estabilizar a produção, esse reajuste vai chegar ao bolso do consumidor”, diz.
Entretanto, a expectativa é de estabilização de um mês para alimentos como
hortaliças: alface, rúcula, abobrinha, e até 90 dias para os legumes como
vagem, quiabo e tomate. “Ainda esperando que não chova, nem tenha geada, pois
caso ocorra, os preços tendem a se manter em alta com toda essa situação”, fala.
Os
reajustes consecutivos do diesel nesse mês de julho provocaram a revolta e
graves consequências em diversos setores, principalmente entre os caminhoneiros
que utilizam o combustível diariamente. No país, diversas estradas foram
“interditadas” para protesto dos caminhoneiros nos últimos dias, formando até
13 quilômetros de congestionamento em alguns casos. Eles consideram a alta
abusiva. Na região de Marília, o sindicato dos motoristas ainda não tem
previsão de manifestação, mas se posiciona contra o reajuste que encareceu os
fretes. “Ainda não temos nada planejado, mas não significa que não somos
contra. Essa alta abusiva é o câncer do trabalhador do transporte. Ele acaba
com o lucro, que já é pequeno. Já tínhamos problemas graves como o abuso de
pedágio e a situação das rodovias, agora mais essa para atrapalhar a vida do
motorista de caminhão e de toda a população, que também vai sentir alta”,
critica o presidente do Sindicato dos Motoristas, Moacir Baldicera.
Fonte: Diário de Marília