O secretário estadual de Logística e Transportes de São Paulo, Saulo
de Castro Abreu Filho, e o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos,
discutiram em reunião realizada na semana passada a possibilidade de conexão
entre as obras do Ferroanel Norte com as do trecho Norte do Rodoanel.
Também participaram da reunião o diretor geral do Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), General Jorge Fraxe, o
secretário de fomento para ações de transportes do Ministério dos
Transportes, Daniel Siegelmann, o presidente da Desenvolvimento Rodoviário
S/A (Dersa), Laurence Casagrande Lourenço, e o diretor-presidente da Empresa
de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.
De acordo com estimativas da Secretaria Estadual de Logística e
Transportes, se as obras do tramo Norte do anel ferroviário, orçada em R$ 3,9
bi, se iniciarem até agosto, será possível compatibilizar uma etapa da linha
férrea com a da rodovia. Com a alteração, seria economizado aproximadamente
R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos. Além disso, o impacto ambiental e o número
de desapropriações e de reassentamentos seria reduzido.
Destinado exclusivamente ao transporte de cargas, o Ferroanel vai
ligar o Porto de Santos ao interior de São Paulo, o que hoje é feito de forma
compartilhada com os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM). Entretanto, o serviço misto será paralisado em 2016, pois melhorias
implementadas pela empresa vão aumentar o tráfego de trens de passageiros.
O equipamento que deve circundar a Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP) será dividido em dois trames: o Norte, que interligará a estação
Perus, em São Paulo, à estação Manoel Filho, em Itaquaquecetuba; e o Sul, que
conectará a estação Perus à Jundiaí.
Apesar dos planejamentos acerca da construção do Rodoanel Norte, as
obras do trecho podem ser suspensas. No último dia 19, o Instituto Brasileiro
de Proteção Ambiental (Proam) enviou à Câmara Municipal de São Paulo uma
representação para tentar barrar o financiamento do empreendimento.
Desenvolvido com o apoio de pesquisadores da Universidade de Berkeley, na
Califórnia, o documento foi protocolado pelo Congresso Americano e denuncia a
forma como as famílias serão removidas do local e os impactos ambientais que
as intervenções devem provocar.
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