A cessão provisória que autoriza a Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp) a instalar um pátio de caminhões na Alemoa, em Santos, foi
assinada na tarde de segunda-feira (18), em Brasília. O documento foi
viabilizado pela chefe da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), a ex-vereadora
santista Cassandra Maroni Nunes, que agora estuda como liberar a área de
forma definitiva para a estatal. A condição imediata e emergencial, conforme
foi classificada, não permite, nesse primeiro momento, a utilização do novo
pátio para fins lucrativos, impossibilitando a cobrança de diárias dos
usuários.
“Autorizamos a liberação do terreno em razão da gravidade da situação
envolvendo os caminhões do Porto. Ele deverá ser utilizado para desafogar o
trânsito na região”, explicou Cassandra. Segundo ela, assim que publicado no
Diário Oficial, fica estabelecido o aval para a Codesp iniciar os trabalhos
na área, inclusive se necessitar de alguma reavaliação ambiental. “Fomos
surpreendidos com a não necessidade de licença. Por isso, deixo claro no
documento que solicito uma nova opinião do Ibama e da Cetesb”, completa.
A chefe da pasta disse também que a assinatura do contrato deve
ocorrer nos próximos dias, entre o presidente da Docas, Renato Barco, e a
superintendente da SPU em São Paulo, Ana Lúcia dos Anjos. “A cessão
provisória é por tempo indeterminado. Mas ela só estará em vigor se a Codesp
respeitar as minutas. Ela deve gerenciar o todo tempo, assim como não cobrar
nada pela utilização”, explicou.
Ainda não foi definida quando a área será cedida de forma definitiva à
Autoridade Portuária.
O terreno localiza-se na Avenida Engenheiro Augusto Barata, na Alemoa,
entre o pátio de manobras de trens da Margem Direita (Santos) e o Terminal de
Granéis Líquidos (Stolthaven). Com 226.737,11 metros quadrados, ele fica em
frente às instalações da Brasil Terminal Portuário (BTP), em construção. A
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), responsável pelo
trecho, disse, na última sexta-feira, que não haverá a necessidade de emitir
uma licença ambiental para a exploração do espaço.
Fonte: A Tribuna
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