segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Rio: prefeitura fecha Elevado do Joá para caminhões por um ano


A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que, a partir da próxima segunda-feira, está proibida a circulação de caminhões no Elevado do Joá, principal via de ligação da zona sul à Barra da Tijuca. A medida ocorre depois de a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coope/UFRJ) divulgar um estudo que apontou falhas estruturais de degradação no elevado, inaugurado em 1971.

A proibição aos caminhões vale por um ano. A prefeitura também vai diminuir o limite de velocidade no Elevado de 80 km/h para 60 km/h, mas descarta intervenções mais drásticas defendidas pela Coope – como a interrupção do tráfego em um dos níveis e a implantação de via reversível no outro para obras de recuperação estrutural.

Existe a previsão de uma obra de R$ 7 milhões no local em 2013. Segundo a prefeitura, serão instaladas 64 vigas metálicas em cada tabuleiro da via. A reforma começa no nível inferior, sentido São Conrado, e termina no nível superior, sentido Barra. Deve se prolongar até o final do ano.

Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) descartou interrupções no trânsito no elevado para as obras de restauração. "Se o estudo indicasse que, se eu não fechasse o Joá, haveria um acidente amanhã, não pensaria duas vezes. Mas o problema é que hoje não há uma alternativa viável ao Joá", justificou ele.

"As obras da linha 4 do metrô só terminam em 2016. Além disso, em 2013 vamos licitar as obras para duplicar as pistas do Joá no sentido Barra-zona sul, e essas intervenções ficarão prontas até as Olimpíadas de 2016. Aí sim: com metrô para atender à demanda da Barra-zona sul e novas pistas no Joá, meu sucessor terá como decidir a melhor solução para a via", afirmou o prefeito.

Segundo o estudo da Coppe, não há como precisar quanto tempo o elevado pode ser mantido aberto sem acidentes. Os engenheiros acreditam que apenas os pilares de sustentação são confiáveis, mas a estrutura está degradada. O problema maior, afirmam, é a falta de um programa de manutenção permanente desde que a via ficou pronta, há mais de 40 anos.

Fonte.: Terra