O governo federal disse na segunda-feira (17) que 15 empresas já estão
habilitadas ao novo regime automotivo, conjunto de regras pelas quais
fabricantes e importadores de carros poderão obter incentivos fiscais, que
começam a valer no ano que vem e vão até 2017.
As que participarão do programa Inovar Auto são Hyundai Motor Brasil
Montadora de Automóveis Ltda, Ford Motor Company Brasil Ltda., Fiat
Automóveis S/A., Renault do Brasil S.A., General Motors do Brasil Ltda., MMC
Automotores do Brasil Ltda. (Mitsubishi), Peugeot Citröen do Brasil, Toyota
do Brasil Ltda., Volkswagen do Brasil, Honda Automóveis do Brasil Ltda.,
Nissan do Brasil Automóveis Ltda, MAN Latin America, Scania Latin America
Ltda. e Mercedes-Benz do Brasil Ltda. A primeira importadora habilitada é a
SNS Automóveis Ltda., distribuidora oficial das marcas Jac e Aston Martin.
As empresas estão habilitadas como produtores -a Nissan, também como
investidora. Essas habilitações valem até 31 de março de 2013, podendo ser
estendidas por mais um ano, desde que as empresas cumpram os requisitos
previstos na lei e apresentem novos requerimentos de habilitação, diz o
Ministério do Desenvolvimento.
Um dos principais benefícios a ser alcançados pelas empresas é se
livrar do aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) em parte da produção ou importação. O novo regime
prevê uma série de situações em que, aqueles que se enquadrarem, poderão
pagar o IPI "normal".
Cota de importação
Há, por exemplo, uma cota anual de até 4.800 veículos, para todas as
empresas habilitadas, para importação sem o IPI aumentado. Esse número é
calculado de acordo com a média de veículos trazidos por essas montadoras ou
importadoras entre os anos de 2009 e 2011; o teto é 4.800.
Existe ainda a possibilidade de a empresa poder importar além da cota,
como no caso em que ela se dispõe a começar a fabricar um determinado veículo
no Brasil. Enquanto estiver se preparando para iniciar a essa produção, ela
poderá trazer o modelo de fora, sem o IPI aumentado.
ETAPAS DE PRODUÇÃO DE CARROS
- Estampagem;
- Soldagem ; - Tratamento anticorrosivo e pintura; - Injeção de plástico; - Fabricação de motor; - Fabricação de caixa de câmbio e transmissão; - Montagem de sistemas de direção e suspensão; - Montagem de sistema elétrico; - Montagem de sistema de freio e eixos; - Produção de monobloco ou montagem de chassis; - Montagem, revisão final e ensaios compatíveis; - iInfraestrutura própria de laboratórios para desenvolvimento e teste de produtos
Regras para produção
O novo regime prevê ainda situações em que uma empresa poderá receber
"desconto" no montante pago pelo IPI. É o caso daqueles que vierem
a se instalar no país.
Teoricamente, todas as empresas habilitadas deverão realizar seis das
12 etapas fabris necessárias (veja ao lado as de carros) em ao menos 80% da
produção.
Este patamar será válido para 2013, mas subirá para sete etapas em
2014 e 2015, e para oito etapas em 2016 e 2017. Mas, para empresas que
estiverem em processo de construção de uma fábrica, o cronograma poderá ser
diferente.
Com a divulgação dessas regras, em outubro passado, a alemã BMW e a
chinesa JAC confirmaram a instalação de fábricas no país. A também chinesa
Chery está perto de inaugurar sua primeira unidade nacional. Outra que deverá
começar a produzir no Brasil será a japonesa Suzuki.
Além de seguir regras para produção nacional, todas as empresas
habilitadas terão de escolher entre 2 de 3 das seguintes obrigações para
obter desconto no IPI: investir em pesquisa e desenvolvimento; investir em
engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores e/ou
participar do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (Inmetro), que
aponta o consumo médio dos veículos.
Regras para importadoras
No caso de empresas que não produzam, mas apenas comercializem
veículos no Brasil (importadoras), a habilitação ao novo regime automotivo
fica condicionada ao compromisso com seguintes requisitos: importar veículos
mais econômicos; realizar, no país, investir em fundos de pesquisa e
desenvolvimento, em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de
fornecedores, além de aderir ao programa de etiquetagem veicular.
Consumo de combustível
Como mencionada, a participação no Programa Brasileiro de Etiquetagem
Veicular (Inmetro) será facultativa, mas a meta do governo é que, até 2017,
100% dos veículos sejam etiquetados (algo como o que já ocorre atualmente com
eletrodomésticos como geladeiras).
O consumo menor de combustível -ou eficiência energética- é um dos
pilares do novo regime automotivo. As montadoras poderão obter desconto no
IPI se atingirem uma determinada média anual de eficiência com seus modelos,
que deverá a uma economia de combustível de até 13,6% em 2017, segundo a
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Caminhões
Apesar de o IPI para caminhões estar zerado há 4 anos, o Inovar Auto
também abrange montadoras desses veículos, daí a habilitação concedida para
Mercedes-Benz, Scania, MAN, entre outras. As regras são similares, porém, não
preveem um programa de etiquetagem que aponte a eficiência energética dos
veículos, por exemplo.
|
|
Fonte.: G1
|
Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.