O viaduto
Orlando Murgel, que liga as avenidas Rio Branco e Rudge, na região central da
capital paulista, atingido pelo incêndio que destruiu 80 barracos e deixou um
morto da Favela do Moinho nesta segunda-feira, foi interditado por tempo
indeterminado pela Prefeitura de São Paulo.
Técnicos
da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) realizaram uma vistoria
preliminar dos danos causados pelo incêndio e foi constatada a necessidade de
manter o local interditado até que seja feita uma avaliação técnica mais
detalhada.
De acordo
com a Siurb, a avaliação inicial verificou que houve desplacamento, que é a
deslocação e queda de placas de concreto, e desagregação do concreto
estrutural, que podem comprometer a estabilidade do viaduto. Ainda será
analisado quais cargas móveis (autos, caminhões, ônibus) são suportadas pelo
viaduto.
De acordo
com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por contra da interdição do
viaduto, também ficam interditadas a avenida Rudge, no sentido bairro/centro,
por toda extensão; e a avenida Rio Branco, sentido centro/bairro, entre a
alameda Glete e viaduto Orlando Murgel e o Vvaduto Orlando Murgel em ambos os
sentidos. Os motoristas que utilizam a avenida Rio Branco, no sentido centro, deverão
seguir pelas ruas Norma, Pieruccini Giannotti e Sérgio Tomás. No sentido
bairro, deverão utilizar a avenida Duque de Caxias.
Dois
incêndios em um ano
Moradores
da Favela do Moinho, na região central da capital paulista, enfrentaram na
manhã desta segunda-feira o segundo incêndio em menos de um ano na comunidade.
No acidente de hoje, uma morte foi registrada e mais 300 pessoas perderam suas
casas, segundo cadastro da assistência social do município. Esse é o 33º
incêndio de grandes proporções em favelas paulistanas este ano.
Um homem
foi preso acusado de ter começado o incêndio. Fibelis Melo de Jesus, conhecido
como Eliete, vivia uma união homoafetiva com Damião Melo. Segundo a Secretaria
de Segurança Pública (SSP), os dois se desentenderam e Jesus decidiu colocar
fogo no próprio barraco, dando início ao incêndio na comunidade. O corpo de
Damião foi encontrado carbonizado no local.
As
famílias dos 80 barracos atingidos foram cadastradas pelos agentes da
Secretaria de Habitação e da Subprefeitura da Sé para receber auxílio-aluguel,
a ser pago até o atendimento definitivo em unidade habitacional. Os agentes da
Secretaria de Assistência Social distribuíram 277 colchões, 277 cobertores, 94
cestas básicas e 94 kits de higiene.
Fonte: O Dia