O técnico
em agropecuária, Jaime Herbert, é morador de Carazinho, no norte gaúcho. Ele
trabalha em Sarandi, município vizinho, e precisa pagar R$ 6,70 na ida e na
volta. Os motoristas da cidade não têm como escapar: a cidade é cercada por
pedágios.
São três
praças de cobrança em rodovias federais, entre as BRs 285 e 386. Tudo em menos
de 12 quilômetros. “Isso não é pagar, é roubar. Todo carazinhense que saí da
cidade tem que pagar”, afirma.
Atualmente,
pela lei, veículos oficiais e de emergência são isentos do pagamento de pedágio
nas estradas.
Só que um projeto, aprovado pela Câmara dos Deputados, pode mudar
a atual lei de concessão de pedágios.
Segundo a
proposta, que vale apenas para estradas federais, ficariam isentos do pagamento
os motoristas que comprovarem que moram ou trabalham nos municípios em que há
praças de pedágio, desde que o veículo seja cadastrado.
As
empresas que se sentirem prejudicadas podem, de acordo com o projeto, pedir
revisão do valor da tarifa, mas o autor do texto diz que há outras alternativas
para se adequar à lei.
“A
empresa concessionária pode também oferecer uma via lateral para o tráfego
urbano. Aí a praça de pedágio pode ficar onde está", explica o deputado
Espiridião Amim (PP-SC).
O projeto
ainda precisa passar pelo senado e pela presidente para entrar em vigor.
“Excelente isso aí. Acho que tá mais do que justo. Já não chega IPVA e o tanto
de impostos que a gente paga, ter que pagar um pedágio para trafegar por uma
coisa que a gente já tem por direito, né?”, diz Alex Sandro de Moraes,
administrador.
Fonte.: Jornal Floripa