O governo
de São Paulo pode recuar sobre a decisão de qual indexador será usado para o
reajuste dos pedágios, previsto para 1.º de julho. O secretário estadual de
Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou nesta
segunda-feira, 28, que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) poderá
voltar a definir o reajuste em vez do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), eleito no início do ano pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) como o
indexador padrão para o reajuste das tarifas.
Historicamente,
o IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
é menor do que o IGP-M, aferido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No entanto,
no acumulado entre abril de 2011 e abril deste ano, o IPCA ficou maior: 5,1%
ante 3,65% do IGP-M. Caso a tendência continue em maio, o aumento das tarifas
será mais alto se o governo mantiver a alteração com base no IPCA.
"Estamos
estudando, fazendo projeções de um e de outro (indexador). Ou fazer um mix, ou
uma compensação, ou aplicar o mais barato. Vamos dar uma olhada, direitinho,
mas, em breve, vamos analisar. É tudo o que posso antecipar. Nós ainda estamos
em uma fase de negociação", disse Abreu Filho.
O plano
original da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de
Transporte do Estado de São Paulo) era usar o acumulado do IPCA entre junho do
ano passado e maio de 2012 para fazer o cálculo do reajuste.
Não foi
divulgada a data em que o governo se manifestará a respeito da possível mudança
do indicador. "Nós já solicitamos à Artesp que faça os estudos. Então, a
Artesp vai fazer os estudos e depois vai ser definido", disse o governador
Geraldo Alckmin.
Sete contratos
de concessão, assinados nos últimos três anos, já usavam o IPCA como fonte de
cálculo para seus reajustes. Outros 12 contratos, assinados antes de 2008,
previam que os reajustes deveriam ser feitos segundo o IGP-M.
Fonte: Agência Estado