quarta-feira, 15 de maio de 2013

Radares na BR-153 no trecho de Rio Preto estão parados há nove meses


Nos últimos nove meses, 13 radares foram instalados no trecho paulista da BR-153, mas durante todo esse tempo, eles nunca funcionaram. O motivo é a falta de um convênio entre duas instituições federais que deveriam trabalhar juntas.

Em todo o trecho da BR-153 que atravessa São José do Rio Preto (SP) a velocidade máxima permitida é de 80 quilômetros por hora, mas o que se vê é que muita gente só freia quando se aproxima do aparelho, depois acelera normalmente. Muitos também não respeitam a sinalização. “Se eles funcionassem, seria bom para o trânsito. Está aí um dinheiro público jogado fora”, afirma o caminhoneiro Donizete Prado.

Em agosto de 2012, a concessionária que administra a rodovia iniciou a instalação das 13 lombadas eletrônicas ao longo dos 60 quilômetros do trecho da rodovia que passa pela região noroeste paulista, entre Nova Granada (SP) e Jaci (SP). Nos pontos onde elas estão instaladas, a velocidade máxima varia entre 60 e 80 quilômetros por hora, mas ainda não há previsão de quando os equipamentos vão começar a funcionar. “São todos aferidos e em condição de uso, mas depende de um convênio da ANTT e o departamento de Polícia Rodoviária Federal, isso corre via Brasília e não temos acesso a este tramite aqui“, diz o chefe de policiamento rodoviário federal, Fagner Moura Camargo.

Segundo a concessionária que administra a BR-153, mais de 30 mil veículos passam pelo trecho urbano de Rio Preto todos os dias, sendo que 70% dos engavetamentos acontecem entre a base da polícia e o acesso a rodovia Washington Luiz. Desde o início do ano foram registrados 40 acidentes.

A dor de cabeça dos motoristas é diária com os congestionamentos, que quase sempre acabam gerando engavetamentos. Obras na pista permitem apenas a passagem de carros em uma faixa. “Este trânsito da BR, junta com o trânsito urbano e o de viagem, com veículos pesados, e acaba ficando lento. Então é preciso ficar atento a sinalização e manter distância de outro veículo”, afirma Camargo.

A ANTT, Agência Nacional de Transportes, informou em nota que já aprovou a implantação e o funcionamento dos radares. O comando da Polícia Rodoviária Federal em Brasília não respondeu sobre o convênio, que ainda não existe.

Fonte.: G1