Nos últimos nove meses, 13 radares foram instalados no trecho paulista
da BR-153, mas durante todo esse tempo, eles nunca funcionaram. O motivo é a
falta de um convênio entre duas instituições federais que deveriam trabalhar
juntas.
Em todo o trecho da BR-153 que atravessa São José do Rio Preto (SP) a
velocidade máxima permitida é de 80 quilômetros por hora, mas o que se vê é
que muita gente só freia quando se aproxima do aparelho, depois acelera
normalmente. Muitos também não respeitam a sinalização. “Se eles
funcionassem, seria bom para o trânsito. Está aí um dinheiro público jogado
fora”, afirma o caminhoneiro Donizete Prado.
Em agosto de 2012, a concessionária que administra a rodovia iniciou a
instalação das 13 lombadas eletrônicas ao longo dos 60 quilômetros do trecho
da rodovia que passa pela região noroeste paulista, entre Nova Granada (SP) e
Jaci (SP). Nos pontos onde elas estão instaladas, a velocidade máxima varia
entre 60 e 80 quilômetros por hora, mas ainda não há previsão de quando os
equipamentos vão começar a funcionar. “São todos aferidos e em condição de
uso, mas depende de um convênio da ANTT e o departamento de Polícia
Rodoviária Federal, isso corre via Brasília e não temos acesso a este tramite
aqui“, diz o chefe de policiamento rodoviário federal, Fagner Moura Camargo.
Segundo a concessionária que administra a BR-153, mais de 30 mil veículos
passam pelo trecho urbano de Rio Preto todos os dias, sendo que 70% dos
engavetamentos acontecem entre a base da polícia e o acesso a rodovia
Washington Luiz. Desde o início do ano foram registrados 40 acidentes.
A dor de cabeça dos motoristas é diária com os congestionamentos, que
quase sempre acabam gerando engavetamentos. Obras na pista permitem apenas a
passagem de carros em uma faixa. “Este trânsito da BR, junta com o trânsito
urbano e o de viagem, com veículos pesados, e acaba ficando lento. Então é
preciso ficar atento a sinalização e manter distância de outro veículo”,
afirma Camargo.
A ANTT, Agência Nacional de Transportes, informou em nota que já
aprovou a implantação e o funcionamento dos radares. O comando da Polícia
Rodoviária Federal em Brasília não respondeu sobre o convênio, que ainda não
existe.
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Fonte.: G1
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