O Porto
de Santos não para de bater recordes. Em agosto, movimentou 10,54 milhões de
toneladas, a maior da história do porto. No mês seguinte, repetiu o bom
desempenho e teve o segundo melhor resultado do complexo. Nesse ritmo, até o
fim de dezembro, baterá a marca de 100 milhões de toneladas no ano. Os números
exuberantes, no entanto, não significam excelência nos serviços. O maior
estuário da América do Sul teve a segunda pior nota numa pesquisa de opinião
entre profissionais de 157 grandes empresas do País, perdendo apenas para o de
Salvador, na Bahia.
O
ranking, elaborado pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), mostrou o
Porto de São Francisco do Sul em primeiro lugar entre os 12 mais citados pelos
entrevistados. Santos ficou com a 11.ª posição, perdendo de Paranaguá (PR),
Manaus (AM), Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ). "Em relação às últimas
pesquisas, todos os portos apresentaram melhora. As notas subiram de 6,3, em
2007, para 7,3, em 2012. O complexo santista também melhorou, mas os outros evoluíram
mais", destaca o presidente do Ilos, Paulo Fleury.
Em 2007,
Santos tinha a quarta pior nota dada pelos profissionais; em 2009, a terceira;
e agora a segunda. Entre as principais reclamações estão as exigências
burocráticas, capacidade saturada, custo de transporte, tempo de liberação de
mercadorias e acesso rodoviário. Hoje a grande maioria das mercadorias que
entra e sai do porto é transportada por caminhões.
São cerca
de 15 mil caminhões por dia, que dividem espaço com carros de passeio, bicicletas
e motos.
Até o início do ano, apenas 1% da movimentação de contêiner e 10% dos
granéis era feita pelas ferrovias. Esse é um dos principais gargalos do
complexo santista, cuja participação na balança comercial brasileira é de
25,9%.
Fonte.: O Estado de São Paulo