O
crescimento da participação do modal ferroviário na divisão da matriz de
transportes do País superou as expectativas e pode forçar o governo federal a
revisar a meta do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), que previa o
modal ocupando 36% do montante em 2025, uma vez que, já em 2011, foi registrado
que as ferrovias respondem por 30% de toda carga transportada.
A
informação foi dada na última terça-feira (06) pelo secretário de Política
Nacional de Transporte do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, no
painel de abertura do 1º Congresso Metroferroviário Brasileiro, em São Paulo,
realizado na feira Brasil nos Trilhos, evento que conta com apoio de mídia do
Portal Transporta Brasil.
Em 2005,
quando o PNLT foi lançado, o segmento ferroviário respondia por 25% da matriz
de transporte e o sistema rodoviário por 58%. Já no ano passado, o rodoviário
caiu para 52% e o ferroviário subiu cinco pontos.
Segundo
Perrupato, a revisão deverá elevar a meta do ferroviário para 40%, trazendo
equilíbrio entre as modalidades, inclusive com o rodoviário, que, segundo ele,
deve continuar caindo.
Perrupato
atribuiu o crescimento do modal ferroviário ao aumento do transporte de
commodities por trens, graças aos investimentos feitos em ferrovias e em
terminais e citou como exemplo, o aumento do transporte de soja do Mato Grosso
com construções de ramais e terminais pela ALL Logística em direção aos
processadores de grãos e aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Isso,
segundo ele, já está refletindo na retirada de 800 mil caminhões das rodovias
por ano.
Por outro
lado, ele defendeu os investimentos do governo na ferrovia Nova Transordestina,
como elemento indutor de desenvolvimento da região e que, segundo ele, já está
atraindo investimentos ao longo da linha em construção, com crescimento muito
superior às regiões Sul e Sudeste.
Fonte.: Portal Transporta Brasil