A fiscalização nas rodovias federais que cortam o Estado será
reforçada até o final do ano. Novos radares, fixos e móveis, vão monitorar o
excesso de velocidade, e mais bafômetros vão flagrar motoristas embriagados.
Também haverá reforço no efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e as
blitze serão realizadas a qualquer hora, em vários dias da semana, na Grande
Vitória e no interior.
Serão 17 novos redutores de velocidade, instalados em pontos das BRs
101, 262 e 259. Os equipamentos começam a multar até dezembro. Um deles,
instalado na Reta do Aeroporto, em Vitória, onde o limite de velocidade é de
80km/h, começa a flagrar abusos a partir de hoje.
Outros quatro radares móveis, que a PRF deve receber em até dois
meses, serão utilizados em blitze, que poderão ocorrer também de forma
simultânea. Com esses novos equipamentos, a PRF passará a contar, ao todo,
com seis radares desse tipo.
A Polícia Rodoviária Federal no Estado também aguarda a chegada de
pelo menos 20 bafômetros.
"Hoje, temos 14, mas esse número não é
suficiente. Além disso, vamos receber 51 novos policiais até novembro. É
preciso ter mais bafômetros para que as operações sejam mais
constantes", afirma o inspetor Wyllis Lyra.
A intenção da polícia é apertar o cerco aos motoristas infratores já
no início do verão, principalmente nos municípios da Grande Vitória.
"Nossa programação está sendo feita considerando a chegada desses
equipamentos e policiais, aprovados em concurso público", acrescenta
Lyra.
Segundo o inspetor, os novos policiais receberam treinamento especial
para atuar em diversos tipos de ações, principalmente de enfrentamento ao
crime. "A maioria vai integrar Grupos Táticos, fiscalizando embriaguez
ao volante, transporte de cargas, tráfico de drogas e infrações de
trânsito", destaca.
Equipamentos não multaram por 8 meses - Vários radares instalados nas
rodovias federais do Estado deixaram de multar milhares de motoristas nos
últimos meses. Os 28 equipamentos, alugados pelo governo federal e instalados
pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), começaram
a funcionar no final de 2011, mas só passaram a multar a partir de agosto
deste ano.
Nesses oito meses, os radares registravam a velocidade dos veículos e,
em caso de excesso, enviavam ao motorista infrator uma notificação, que não
gerava multa nem registro de pontos na habilitação.
Isso aconteceu porque o Dnit instalou equipamentos em todo o país,
inclusive no Espírito Santo, antes de ter um sistema capaz de receber,
processar e enviar as multas.
O Dnit não disse quantos motoristas deixaram de ser punidos no Estado,
mas garantiu que, mesmo sem a emissão de multas, os radares reduziram a
quantidade de acidentes. Segundo o departamento, a queda no número de mortes
em alguns trechos chegou a 30%.
O superintendente regional do Dnit no Estado, Halpher Luiggi Rosa,
reconhece o problema, mas garante que nem todos os 28 radares ficaram todo o
tempo sem multar. "Inicialmente, esses equipamentos começaram a
funcionar de forma educativa. Com o tempo, passaram a multar de forma
gradativa, à medida que o sistema de gerenciamento de multas era desenvolvido",
explicou Luiggi.
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Fonte.: A Gazeta - ES
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