Autoridades
de trânsito de São Paulo estão usando a tecnologia para punir motoristas
infratores. O repórter Alan Severiano mostra como funcionam essas novidades.
A
esquerda não é o lado dele, mas quando o caminhoneiro quer voltar, já é tarde.
Trava a estrada bem no trecho de serra. Contra infrações desse tipo, um
equipamento especial foi instalado na rodovia que liga São Paulo a Santos.
Fios de
cobre no chão detectam o tamanho do veículo que passa pela faixa da esquerda.
Se for um grandão, como caminhão ou ônibus, o radar fotografa.
“Nós
tivemos 83% de redução de acidentes nesses cinco meses de operação, acidentes
envolvendo veículos pesados”, afirma José Carlos Cassaniga, diretor da Ecovias.
A
vigilância eletrônica levou policiais das estradas pra salas de controle. Nos
centros de controle de oito rodovias que circundam São Paulo, os olhos dos
guardas são 341 câmeras.
“A
viatura, normalmente no trecho em que ela está, ela consegue ver um quilômetro
a frente, um quilômetro atrás. Já a distância, pelo monitoramento, ele já tem
visão total do sistema”, explica Newton Michelazzo, com. Polícia Rodoviária/SP.
Um
motorista rodou quatro quilômetros de ré pelo acostamento. Os policiais que
assistiam à distância acionaram os colegas para o flagrante olho no olho.
Nas ruas
da cidade, o big brother das infrações ganhou, esse ano, um reforço carregado a
tiracolo. O alvo do radar-pistola são os motoqueiros.
“Mira, no
caso pro veículo, a moto, e aperta o gatilho ele registra a velocidade. Se ele
tiver acima da velocidade, a foto é tirada automaticamente”, mostra Sérgio
Rodrigues, agente de trânsito.
Portátil,
o radar pode ser direcionado pra onde o agente de trânsito quiser. Assim, fica
mais fácil identificar a placa de quem trafega acima da velocidade permitida. É
literalmente uma arma pra surpreender o infrator.
Os seis
radares trocam de lugar a cada dia, e flagram motoristas em 65 pontos
diferentes da cidade. As placas de sinalização de radares não são mais
obrigatórias no país, mas em São Paulo elas ainda existem. Mesmo assim, por dia
são 350 infrações que viram multa.
A CET,
que paga R$450 mil por ano pelas pistolas, defende o investimento. “O excesso
de velocidade é uma das principais causas de acidente e, óbvio, de mortes no
trânsito. Então o principal objetivo é a mudança de comportamento do condutor”,
observa Dulce Lutfalla, assessora de fiscalização.
Fonte: G1