Um dia depois
de o mercado ouvir a presidente da Petrobras, Graça Foster, dizer que é
inevitável aumentar o preço da gasolina caso o barril de petróleo chegue mesmo
a US$ 130, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC), divulgada ontem, mostra que a autoridade monetária não coloca fé
nessa perspectiva. O BC manteve a expectativa de que a gasolina e o gás de
cozinha devem terminar o ano com reajuste zero, mesma estimativa da reunião de
março do colegiado.
Calma nos
juros - O Banco Central deixou em aberto a possibilidade de continuar a cortar
os juros, depois da última reunião, quando a taxa básica (Selic) caiu para 9%
ao ano. O documento diz que qualquer movimento de queda adicional dos juros
deve ser feito com "parcimônia", já que parte do impacto dos cortes
nos juros feitos pelo colegiado até agora ainda não foi sentida na economia
real.
Foi na
gestão de Henrique Meirelles que o BC cunhou o termo "parcimônia" nos
documentos da Casa. Ao menos naquela época, o ciclo de afrouxamento monetário
"parcimonioso" contou com cortes iniciais de 0,50 ponto porcentual e,
depois, com ajustes menores, de 0,25 ponto porcentual.
Fonte: O Tempo – MG