Previsto inicialmente pelo governo para o final de 2011, o projeto piloto do sistema de pedágio por km rodado em SP ficou para o mês que vem.
O primeiro teste será até a primeira quinzena de abril na rodovia Santos Dumont (SP-75), entre Indaiatuba e Campinas, segundo a Artesp.
Neles, pórticos identificarão os "tags" dos carros participantes. Haverá praça de pedágio para quem adotar o pagamento convencional.
Mas o projeto começará em escala menor do que a esperada, em razão de uma fraude na licitação para compra dos "tags" e das antenas a serem usadas no sistema.
Na quinta-feira passada, a Artesp desclassificou a empresa vencedora das duas licitações porque ela apresentou documentação falsa.
A denúncia partiu de uma concorrente. Agora, uma nova licitação ocorrerá.
A Folha procurou a empresa desclassificada, a Enternet Tecnologia. Um funcionário afirmou que ligaria de volta, o que não aconteceu.
Para a Artesp, cancelar a licitação representa começar os testes sem o 1 milhão de "tags" que compraria. A agência diz que, enquanto a nova licitação não terminar, usará 4.000 tags que já possui.
Segundo a Artesp, isso não deve atrasar os testes.
Indaiatuba - Os primeiros convocados para o projeto piloto serão motoristas de Indaiatuba. A cidade, nos cálculos da Artesp, tem 70 mil carros.
Começar pela cidade tem explicação: um motorista que vai de Indaiatuba a Campinas paga R$ 10,10 de pedágio. Pelo sistema de cobrança por km rodado, pagará R$ 4. Ao longo de 2012, motoristas de Cabreúva, Salto, Campinas, Itu, Sorocaba e Porto Feliz também participarão.
Os interessados se cadastrarão em www2.artesp.sp.gov.br e terão que colocar ao menos R$ 20 de crédito.
A instalação do tag será agendada.
Pórticos instalados na rodovia calcularão quanto o usuário tem de pagar.
O governo paulista recompensará a concessionária Colinas por prejuízos com eventuais motoristas furões do pedágio por km rodado.
O plano da Artesp é que o modelo fique viável e justifique a eliminação das praças de pedágio quando atingir 80% de adesão. O Sem Parar atual tem 49% de adesão.
Fonte: Folha de S.Paulo