Após aporte de R$ 30 milhões, a Copersucar, maior comercializadora de etanol e açúcar do país, com faturamento anual da ordem de R$ 13 bilhões, inaugurou ontem seu terminal multimodal de açúcar - recepção por rodovia e expedição por ferrovia - de Ribeirão Preto, no interior paulista.
A estrutura de armazéns anexos à via férrea foi adquirida em meados de 2010, por R$ 10 milhões, da antiga Crystalsev, trading que tinha como controladora a Santelisa Vale, adquirida pela multinacional de origem francesa Louis Dreyfus.
O terminal é atendido pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Quando a Copersucar o adquiriu, tinha capacidade estática para 20 mil toneladas, agora ampliada para 70 mil. A movimentação, antes de 150 mil toneladas de açúcar por ano, foi expandida para suportar 1,5 milhão de toneladas. As cargas chegam de caminhão de Ribeirão Preto e região e são embarcadas nos vagões com destino ao porto de Santos, no litoral de São Paulo.
A Copersucar deve operar o terminal na capacidade máxima, exclusivamente para atender aos volumes de açúcar de seus associados e de suas cargas originadas. No ciclo 2011/12, a empresa negociou cerca de 7,5 milhões de toneladas de açúcar, com participação expressiva do transporte ferroviário no escoamento. O objetivo é que, até 2015, essa fatia chegue a 70%, conforme a Copersucar. Em 2012/13, já serão 50%.
O investimento no terminal ferroviário de Ribeirão Preto integra o maior projeto de logística da história da Copersucar. O plano é destinar R$ 2 bilhões entre 2011 e 2015 para diversas obras de escoamento de açúcar e etanol. Em logística portuária, a empresa iniciou em 2011 a expansão da capacidade de seu terminal açucareiro no porto de Santos (TAC), de 5,5 milhões para 8,8 milhões de toneladas. Nesta frente deverão ser investidos cerca de R$ 125 milhões.
Ainda em março, a empresa deverá começar a construir o terminal de etanol de Paulínia, na região de Campinas, que terá capacidade de tancagem para 180 mil m³ do biocombustível e estará integrado ao etanolduto que será construído pela Logum - empresa na qual a Copersucar é sócia, com 20% de participação, junto com Raízen, Petrobras e outras empresas. O terminal de Paulínia, que atenderá também a embarques ao exterior, demandará de R$ 150 milhões.
Na safra 2011/12, que está na reta final, a Copersucar investiu, no total, R$ 50 milhões em logística. Além dos R$ 30 milhões em Ribeirão Preto, a empresa aportou recursos nos terminais de São José do Rio Preto (recepção rodoviária e expedição ferroviária) e no de estufagem de contêineres do Guarujá, ambos também em São Paulo.
A Copersucar espera que seus associados processem na temporada 2012/13, que começa em abril, cerca de 100 milhões de toneladas de cana; para o ciclo 2011/12, o volume está estimado em 85 milhões de toneladas.
Fonte: Valor Econômico