A Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, anunciou na
segunda-feira (20) a intenção de estipular multas maiores para terminais
portuários que causarem congestionamentos na entrada da cidade e nas vias que
dão acesso ao Porto. Para que isso seja possível, um projeto de lei deve ser
encaminhado à Camara Municipal até o fim de junho para alterar o Código de
Posturas.
Atualmente, o valor máximo que a prefeitura pode aplicar em uma multa
é de R$ 12 mil, o que é considerado muito baixo pela Administração Municipal.
"Nós ainda estamos finalizando os estudos para estipular parâmetros para
essa alteração. A intenção é que nós não tenhamos que aplicar essas multas,
mas em caso de reincidência, poderemos até cassar o alvará desses
terminais", explica o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
O anúncio da mudança na legislação foi feito na Sala de Situação da
Prefeitura, na presença de representantes da Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp), Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET), Polícia Rodoviária, Ecovias e Agência de
Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Na ocasião, foi apresentado um balanço das medidas tomadas no dia 23
de maio para reduzir o impacto causado no acesso ao munícipio e na Avenida
Mário Covas pelo grande volume de caminhões em direção ao Porto. A principal
delas, a resolução 47 da Codesp, conhecida como agendamento online, passou a
obrigar os terminais portuários a informar com antecedência suas programações
logísticas junto à autoridade portuária. O prazo para a adoção do sistema
termina no dia 23 de julho. Dos 48 terminais, 32 já se enquadraram nos novos
padrões.
O prefeito também falou sobre as obras viárias necessárias para
solucionar definitivamente os problemas de trânsito. "Vamos dar
sequência às negociações que estão sendo desenvolvidas para obter os recursos
necessários para a realização das obras na entrada da cidade. Da estimativa
de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões, já viabilizamos R$ 240 milhões",
relata Paulo Alexandre Barbosa.
Fonte: G1
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