As mudanças aprovadas no Código de Trânsito Brasileiro pela Câmara dos
Deputados equiparam a multa da ultrapassagem forçada e do racha à da Lei
Seca, afirmou na quinta-feira (25) o relator das propostas, o presidente
da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, deputado federal Hugo
Leal (PSC-RJ).
O governo trabalha pela aprovação de um pacote de medidas para tentar
reduzir a maior causa de mortes nas rodovias: a colisão frontal. O projeto,
aprovado na noite de quarta-feira (24), vai agora ao Senado.
Se aprovado e posteriormente sancionado pela presidente Dilma
Rousseff, o projeto irá endurecer as situações em que um veículo força outro
a uma ultrapassagem perigosa. "Agora o motorista vai começar a prestar
mais atenção. Forçando ultrapassagem ele coloca em risco a vida de outras
pessoas", afirmou o relator.
A multa saltará de R$ 191 para R$ 1.915,40 (que pode ser dobrada caso
o motorista for reincidente), e o infrator ainda corre o risco de ter a
habilitação suspensa.
Já os motoristas que ultrapassarem outro veículo perigosamente ou pelo
acostamento passarão a pagar multa de R$ 957,70. A infração nesses casos sobe
de grave para gravíssima.
A Lei Seca elevou a multa para quem dirige sob efeito de álcool ou
outra substância entorpecente, de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. O valor pode
dobrar em caso de reincidência.
Reclusão para racha
Para o chamado "pega", o texto aprovado pelos deputados
amplia a pena máxima, dos atuais dois anos para três anos de detenção. A pena
mínima permaneceria de 6 meses.
Além de todas as outras punições, a multa aplicada aos participantes
de rachas subirá para R$ 1.915,40 (que pode ser dobrado caso o motorista seja
reincidente).
Mas o projeto também prevê pena de reclusão para o motorista em caso
de vítimas feridas ou mortes.
Caso as competições nas ruas resultem em
lesões, a pena para quem promoveu o racha vai variar de 3 a 6 anos; se
ocasionar mortes, subirá para 5 a 10 anos. Neste último caso, o condenado
inicia a pena em regime fechado.
O racha vem sendo considerado como homicídio doloso na jurisprudência
brasileira, com pena que vai de 6 a 20 anos. Assim, pelo projeto, as penas
para esse crime de trânsito passariam a ser menores. Para o relator, a
proposta veio para "dar a pena devida" a essa infração.
"A pena para o racha ficou um pouco menor, mas não
necessariamente precisa ser a mesma equalização do Código Penal", disse.
"Nós inserimos o dolo eventual. O princípio do crime de trânsito é um
acidente. Mas quando há agravantes tem que ser tratado dessa forma."
Acidentes
Em 2011, foram 2.652 mortes por colisão frontal nas estradas federais
do país, quase 2.200 em zona rural. Segundo a PRF, apesar de representar 3,5%
dos acidentes, essa modalidade provoca 40% dos óbitos. Os números de 2012
ainda estão sendo auditados e não foram divulgados, mas a instituição utiliza
dados dos últimos feriados para avaliar que a Lei Seca não conseguiu inibir
essas mortes nas estradas federais.
No feriado de Páscoa, o número de acidentes nas estradas foi 9% menor
do que no ano anterior, mas a maioria das mortes ocorreu em razão de colisão
frontal. Em Minas Gerais, 76% das mortes tiveram esse motivo.
A colisão frontal continua representando cerca de 44% das mortes nas
estradas federais, apesar de, no Carnaval deste ano, ter havido o menor
número de mortes em rodovias em dez anos, segundo o governo, em razão da Lei
Seca. Foram 100 colisões frontais provocando a morte de 70 pessoas, e mais 25
mortes em razão de ultrapassagens indevidas.
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Fonte.: Surgiu
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