quarta-feira, 13 de março de 2013

Pacote promete aliviar rodovias até as férias de julho


Parte de um pacote de obras para tentar destravar congestionamentos em algumas das principais rodovias que ligam a cidade de São Paulo ao interior do Estado deve estar pronto até a metade deste ano, de acordo com anúncio feito ontem pelo governo paulista. Novas pistas nas rodovias dos Bandeirantes e na Anhanguera também foram anunciadas.

A promessa da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) é que 39 km de obras na Imigrantes, na Ayrton Senna, na Anhanguera e no trecho oeste do Rodoanel sejam entregues antes das férias escolares de julho, ao custo de R$ 73 milhões.

Segundo a agência, os recursos vêm da cobrança de pedágio e os gastos não implicam novos postos de cobrança, pois as ampliações já eram previstas em contrato com as concessionárias.

A rodovia dos Bandeirantes, maior trecho de pistas adicionais, porém, só vai ter a reforma iniciada em maio.

Será construída uma faixa adicional, nos dois sentidos, entre a capital e Jundiaí. Serão 62 km de pista nova que deverão estar prontos em abril de 2014.

O mesmo vai ocorrer com dois trechos da Anhanguera, um entre Vinhedo e Louveira e outro na região da cidade de Americana. Hoje, há outros dois pontos da rodovia em obras: em São Paulo e entre Jundiaí e Louveira.

Segundo a agência reguladora de transporte, a capacidade de tráfego será ampliada em 25% no trecho a ser alterado da Bandeirantes.

Atualmente, em feriados prolongados, o local chega a ter congestionamentos de cerca de 15 km. Diariamente, circulam na rodovia 126 mil veículos.

SATURAÇÃO

Para Sérgio Ejzenberg, mestre em transportes pela USP, obras em trechos específicos de rodovias que estão saturados são importantes, mas têm prazo de validade.

"Obras localizadas podem ter um grande efeito positivo para o cidadão, que deverá ficar menos tempo preso no trânsito, mas é preciso que elas sejam bem planejadas em seus objetivos e que se gaste pouco. A longo prazo, é preciso investir em transporte de massa, como trens de subúrbio que atendam cidades próximas à capital."

A avaliação da Artesp é que os motoristas não enfrentem bloqueios nos trechos em obras, mas que, em alguns horários, pode haver alguma diminuição de velocidade.

Já para Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da agência, as obras devem dar conta da demanda até, pelo menos, 2018.

"Isso vai depender do desenvolvimento econômico do país. De qualquer forma, não é possível pensar em expansão de rodovias sempre, pois o espaço disponível está acabando. É preciso pensar em novas alternativas."

Fonte.: Folha de S. Paulo