A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável por
administrar o Porto de Santos, informou, a representantes de terminais
portuários da Margem Esquerda (Guarujá), que irá aprimorar o controle e o
monitoramento da chegada de caminhões ao complexo santista. O anúncio ocorreu
na quarta-feira (13), durante a primeira reunião entre a Autoridade Portuária e
executivos das empresas após o início dos congestionamentos no sistema viário
na região, motivados, entre outros fatores, pelo escoamento da safra de
grãos.
Participaram da reunião representantes do Terminal Marítimo
Sucocítrico Cutrale, do Terminal Exportador (Teg), do Terminal Exportador de
Açúcar de Guarujá (Teag) e do Terminal Marítimo de Guarujá (Termag), além de
diretores da estatal. No encontro, os agentes das empresas – que trabalham
com caminhões graneleiros – afirmaram que estão com o recebimento das cargas
atualmente “sob controle”.
Apesar disso, no fim da tarde de ontem, a Ecovias, concessionária do
Sistema Anchieta-Imigrantes e da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, principais
vias de acesso ao Porto, registrou pico de 17 quilômetros de
congestionamento. Por isso, a Codesp solicitou, ainda, o “engajamento” dos
terminais na organização do trânsito no entorno do complexo portuário.
Veracidade
Na reunião, diretores da Docas ressaltaram a “discrepância” entre as
quantidades de veículos previstos para descarregar nos terminais e as
operações realizadas. “Exemplo do Teg, com 110 (veículos) previstos num dia,
porém 318 realizados”, destacou a companhia na ata da sessão. A Autoridade
Portuária também citou a falta de dados do TGG e da Cutrale, cobrando solução
e a regularização das informações.
Até então, o Rodopark e o Ecopátio, os únicos bolsões de
estacionamento da região para caminhões com destino ao Porto, eram as fontes
de informação da Codesp sobre a quantidade de veículos que seguiam para o
cais. Na reunião, também foi afirmado que, diferente do previsto, a maioria
das vagas nesses pátios é preenchida por veículos com contêineres vazios.
Diante dessa situação, e como adiantado por A Tribuna no último
sábado, a estatal informou que vai controlar a chegada desses veículos por um
sistema de reconhecimento de caracteres (OCR) implementado há dois anos - mas
sem funcionamento pleno até então. Além disso, ela verificará a veracidade
dos agendamentos de carga e descarga e acompanhará, por meio das câmeras do
sistema de segurança do Porto (do ISPS Code) na Rua do Adubo, a identificação
desses veículos.
Justificativa
Ao término da sessão, foi concluído que os últimos congestionamentos
na região foram reflexo de problemas envolvendo a Santos Brasil
(instabilidade de seu sistema), dos protestos de caminhoneiros que pararam o
Tecon e das composições ferroviárias que não obedeciam ao tempo de espera
mínimo (para liberar o fluxo de caminhões). Foram considerados, também, a
demanda da safra.
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Fonte.: A Tribuna
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