terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Pedágios do Estado de SP terão de divulgar valor arrecadado


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sancionou projeto que obriga concessionárias de rodovias paulistas a apresentar balanço anual de lucros por cada praça de pedágio.

Na região são três praças que os motoristas são obrigados a passar para quem trafega entre Bebedouro, Catanduva e Rio Preto, pelas rodovias Washington Luis e Brigadeiro Faria Lima.

A empresa que detém a concessão das duas rodovias desde junho de 1998 é a Triângulo do Sol. Em valores atualizados em julho de 2012, os motoristas que passam pelo pedágio de Catiguá (Rio Preto - Catanduva) pagam R$ 12,20. Entre Catanduva e Bebedouro são mais duas praças. A primeira em Taiúva (R$ 6,10) e Agulha (R$ 8,60).

Para o trajeto de ida e volta entre Rio Preto e São Paulo, os motoristas pagam R$ 141,20. Um aumento de 4% com relação a 2011, quando a viagem custava R$ 135,60. Para a autora do projeto, a deputada Ana Perugini (PT), a lei “vai permitir que o parlamento tenha mais condições de fiscalizar e exigir o cumprimento dos contratos por parte das concessionárias, exigindo, se for o caso, a redução das tarifas abusivas e, em último caso, cancelamento da concessão”.

Hoje, são 19 empresas que detêm a concessão de rodovias em todo Estado de São Paulo. Na região de Rio Preto, o contrato com a Triângulo do Sol vai vigorar até 2021.

Outro lado

Procurada, a assessoria de imprensa da Triângulo do Sol informou que balanços anuais são feitos e disponibilizam material no site oficial da empresa.

A assessoria informou também que cumprirá a nova lei e divulgará valores de cada praça de pedágio. 

Durante disputa pelo governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu rever o preço cobrado nas praças de pedágios em todo Estado, ao analisar contratos com empresas. “Se tiver margem, invés de exigir mais obras, podemos exigir redução”, afirmou à época.

O Diário questionou a Agência de Transporte de São Paulo (Artesp) sobre valores. Em resposta, a Artesp disse que desde 2012 implanta de maneira experimental o “Ponto a Ponto”, onde o motorista paga por trecho percorrido, o que derruba os custos em até 70%. A Artesp não respondeu sobre valores de pedágios na região de Rio Preto.

Com relação ao estudo prometido por Alckmin, a Artesp disse que “todos contratos de concessão estão em análise desde 2011, sem previsão para entrega”.

Fonte.: Região Noroeste