O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sancionou projeto
que obriga concessionárias de rodovias paulistas a apresentar balanço anual
de lucros por cada praça de pedágio.
Na região são três praças que os motoristas são obrigados a passar
para quem trafega entre Bebedouro, Catanduva e Rio Preto, pelas rodovias
Washington Luis e Brigadeiro Faria Lima.
A empresa que detém a concessão das duas rodovias desde junho de 1998
é a Triângulo do Sol. Em valores atualizados em julho de 2012, os motoristas
que passam pelo pedágio de Catiguá (Rio Preto - Catanduva) pagam R$ 12,20.
Entre Catanduva e Bebedouro são mais duas praças. A primeira em Taiúva (R$
6,10) e Agulha (R$ 8,60).
Para o trajeto de ida e volta entre Rio Preto e São Paulo, os
motoristas pagam R$ 141,20. Um aumento de 4% com relação a 2011, quando a
viagem custava R$ 135,60. Para a autora do projeto, a deputada Ana Perugini
(PT), a lei “vai permitir que o parlamento tenha mais condições de fiscalizar
e exigir o cumprimento dos contratos por parte das concessionárias, exigindo,
se for o caso, a redução das tarifas abusivas e, em último caso, cancelamento
da concessão”.
Hoje, são 19 empresas que detêm a concessão de rodovias em todo Estado
de São Paulo. Na região de Rio Preto, o contrato com a Triângulo do Sol vai
vigorar até 2021.
Outro lado
Procurada, a assessoria de imprensa da Triângulo do Sol informou que
balanços anuais são feitos e disponibilizam material no site oficial da
empresa.
A assessoria informou também que cumprirá a nova lei e divulgará
valores de cada praça de pedágio.
Durante disputa pelo governo de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu rever o preço cobrado nas praças de pedágios
em todo Estado, ao analisar contratos com empresas. “Se tiver margem, invés
de exigir mais obras, podemos exigir redução”, afirmou à época.
O Diário questionou a Agência de Transporte de São Paulo (Artesp)
sobre valores. Em resposta, a Artesp disse que desde 2012 implanta de maneira
experimental o “Ponto a Ponto”, onde o motorista paga por trecho percorrido,
o que derruba os custos em até 70%. A Artesp não respondeu sobre valores de
pedágios na região de Rio Preto.
Com relação ao estudo prometido por Alckmin, a Artesp disse que “todos
contratos de concessão estão em análise desde 2011, sem previsão para
entrega”.
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Fonte.: Região Noroeste
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