segunda-feira, 18 de junho de 2012

Transporte da soja no Mato Grosso pode custar 30% de seu valor


O custo com o transporte da soja produzida no norte do Mato Grosso e enviada para o Porto de Santos pode atingir até 30% do preço do produto. Já a soja produzida no Paraná apresenta mais vantagens em relação ao preço pela proximidade com o Porto de Paranaguá. De acordo o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-Log), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, estes são apenas dois exemplos que mostram o impacto do transporte rodoviário no preço dos produtos.

O grupo vem realizando, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), um estudo que visa identificar os fatores que levam a formação do preço dos fretes em todo o território nacional, contribuindo estrategicamente com o setor de transportes.

“Essas informações vão auxiliar o planejamento e a tomada de decisões sobre investimentos em infraestrutura logística levando em conta os impactos econômicos decorrentes dos preços dos fretes”, explica o pesquisador Thiago Guilherme Péra, um dos integrantes do ESALQ-Log e graduando em Engenharia Agronômica na Esalq.

A pesquisa tem a participação dos pesquisadores Priscilla Biancarelli Nunes (coordenadora do ESALQ-Log), do professor José Vicente Caixeta-Filho (diretor da Esalq e coordenador geral do ESALQ-Log), além de Augusto Hauber Gameiro (docente no campus de Pirassununga da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP).

Informe Sifreca

A coleta de dados foi realizada por meio do Informe Sifreca. Trata-se de um sistema de informações existente desde 1997 e realizado pelo ESALQ-Log que faz uma coleta semanal dos preços dos fretes praticados em todo o Brasil, obtido por meio do contato com transportadores e agentes embarcadores, e que envolve várias cargas principalmente alimentos e setor agrícola. Os pesquisadores analisaram os dados a partir de janeiro de 2006 e pretendem estender essa análise até agosto de 2012.

Fonte: Exame