O custo
com o transporte da soja produzida no norte do Mato Grosso e enviada para o
Porto de Santos pode atingir até 30% do preço do produto. Já a soja produzida
no Paraná apresenta mais vantagens em relação ao preço pela proximidade com o
Porto de Paranaguá. De acordo o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística
Agroindustrial (ESALQ-Log), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq) da USP, em Piracicaba, estes são apenas dois exemplos que mostram o
impacto do transporte rodoviário no preço dos produtos.
O grupo
vem realizando, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), um estudo que visa identificar os fatores que levam a formação do preço
dos fretes em todo o território nacional, contribuindo estrategicamente com o
setor de transportes.
“Essas
informações vão auxiliar o planejamento e a tomada de decisões sobre
investimentos em infraestrutura logística levando em conta os impactos
econômicos decorrentes dos preços dos fretes”, explica o pesquisador Thiago
Guilherme Péra, um dos integrantes do ESALQ-Log e graduando em Engenharia
Agronômica na Esalq.
A
pesquisa tem a participação dos pesquisadores Priscilla Biancarelli Nunes
(coordenadora do ESALQ-Log), do professor José Vicente Caixeta-Filho (diretor
da Esalq e coordenador geral do ESALQ-Log), além de Augusto Hauber Gameiro
(docente no campus de Pirassununga da Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da USP).
Informe
Sifreca
A coleta
de dados foi realizada por meio do Informe Sifreca. Trata-se de um sistema de
informações existente desde 1997 e realizado pelo ESALQ-Log que faz uma coleta
semanal dos preços dos fretes praticados em todo o Brasil, obtido por meio do
contato com transportadores e agentes embarcadores, e que envolve várias cargas
principalmente alimentos e setor agrícola. Os pesquisadores analisaram os dados
a partir de janeiro de 2006 e pretendem estender essa análise até agosto de
2012.
Fonte: Exame