Os
usuários da Rodovia Dom Pedro, uma das principais da região de Campinas,
esperam pelas melhorias previstas desde a concessão à iniciativa privada, em
abril de 2009. Entre as melhorias previstas no contrato com a Concessionária
Rota das Bandeiras está a construção de vias marginais para desafogar o trânsito,
que deveria ser realizada entre o primeiro e o terceiro ano da concessão, ou
seja, até 2012.
A Rodovia
Dom Pedro liga a região de Campinas ao Vale do Paraíba e, além de caminho
estratégico para escoar a produção do estado de São Paulo, é uma via importante
para moradores da região. No trecho mais movimentado, que passa pela área
urbana de Campinas, trafegam 125 mil veículos por dia.
A
paralisação de uma pista com o porte da Dom Pedro traz prejuízos enormes, como
ocorreu no dia 4 de março do ano passado, véspera de Carnaval, quando um
caminhão carregado de combustível tombou na altura do Parque Imperador e
bloqueou a pista sentido Jacareí.
A fila de
veículos na rodovia parecia interminável e obrigou que fosse feito um desvio
por dentro da cidade, que viveu um dia de caos. Algumas das principais avenidas
ficaram congestionadas, como a Júlio Prestes e a Heitor Penteado. O
congestionamento também causou reflexos na Rodovia Zeferino Vaz, que liga
Campinas a Paulínia, passando pelo distrito de Barão Geraldo, onde fica a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Fluxo
urbano
Em
Campinas, a Dom Pedro se torna uma movimentada avenida, caminho para muitas
pessoas que atravessam a cidade para trabalhar ou estudar. Quando esse fluxo
urbano se junta ao tráfego rodoviário, as duas faixas são insuficientes para
suportar tantos veículos. O resultado é um congestionamento que começa na saída
do Anel Viário, continua pela região dos atacadões e prossegue até adiante da
Rodovia Anhanguera.
A
construção de vias marginais deve desafogar o trânsito. A concessionária e a
Agência Reguladora dos Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), responsável
pela fiscalização dos contratos no estado, informaram que as marginais ainda
não foram feitas por dificuldades na liberação de licenciamentos pela
Prefeitura de Campinas.
Outro
item do contrato é a extensão da Rodovia Magalhães Teixeira, o Anel Viário, que
deve ter seis quilômetros do trecho atual até a Rodovia dos Bandeirantes e mais
quatro quilômetros até a estrada de acesso ao Aeroporto de Viracopos, pela
Rodovia Miguel Melhado. A previsão é que a nova alternativa de trajeto tire 50
mil veículos da Dom Pedro e da Rodovia Santos Dumont, que também registra
grandes congestionamentos.
As obras
deveriam ter começado em abril, mas ainda não há sinal delas. A nova previsão
da Artesp é que o trecho comece a ser construído em dezembro e somente estará
concluído em março de 2015. A justificativa também é a falta de licenças, mas
desta vez, ambientais.
Outra
situação que prejudica o tráfego na rodovia é o trevo de Valinhos no Anel
Viário, quase intransitável nos horários de maior movimento, por que as alças
de acesso são muito estreitas. A melhoria no trevo também está prevista no
edital de concessão e deveria ter sido feita no segundo ano, em 2010.
Em uma
reportagem da EPTV em 2010, a concessionária Rota das Bandeiras prometeu obras
o mais rápido possível, mas desta vez nenhum representante da concessionária
aceitou gravar entrevista.
De acordo
com a concessionária Rota das Bandeiras, o trevo de Valinhos deve passar por
mudanças ainda neste semestre, mas o prazo não está confirmado. A
concessionária alega que depende de desapropriações que estão na Justiça e
somente após essa resolução será possível fazer um cronograma.
Fonte: G1