segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Caminhoneiros e Prefeitura de Santos se reúnem nesta segunda



Na segunda-feira, dia 16,  os líderes dos Caminhoneiros Autônomos, que  ocuparam a Rua João Pessoa e a Avenida Martins Fontes na última semana, se reúnem com a  Prefeitura de Santos.

No último dia 9, cerca de 100 caminhoneiros ocuparam as principais vias do Centro para protestar contra o horário estipulado ao trânsito de veículos de carga pela Martins Fontes. Eles também se opunham às multas aplicadas pelo radar instalado na mesma via, que fiscaliza o tráfego de caminhões.

Reivindicações

O que os caminhoneiros desejam é a mesma regra para as duas pistas da Avenida Martins Fontes. No sentido Centro, o horário permitido para o tráfego de veículos pesados é das 10 às 17 horas e das 20 às 7 horas do dia seguinte. Já na direção oposta, a proibição vale para qualquer horário. Quem não cumpre a determinação, é flagrado pelo radar. Há motoristas que já receberam oito notificações desde que o novo equipamento começou a operar, no início de agosto.

“Fizemos nossas reivindicação e logo teremos uma resposta concreta. Queremos passar (na Martins Fontes) nos horários alternativos no sentido Santos-São Paulo. Em relação às multas, a CET ficou de ver o que pode ser feito”, disse David Santos de Lima, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira.

De acordo com o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, Antonio Carlos Silva Gonçalves  foi preciso analisar as reivindicações "Entendo que eles têm dificuldade de locomoção na Cidade, mas o Município tem problemas de mobilidade urbana. No novo encontro vamos definir regras e dar uma resposta aos pedidos”.


Congestionamento
Antes de chegar à Praça Mauá, os caminhoneiros fizeram um longo percurso. O protesto gerou congestionamento de até quatro quilômetros nas principais vias do Centro e nas que dão acesso ao bairro. Eles seguiram lentamente pela Rua João Pessoa e, posteriormente, pela Avenida Martins Fontes. Lá, ficaram parados na altura do radar que motivou o protesto e bloquearam duas faixas, deixando apenas uma para o trânsito.

Depois, continuaram até o retorno no cemitério do Saboó. No outro lado da pista, pararam novamente em frente ao radar. Depois, foram em direção à Praça Mauá. “A Avenida Perimetral foi construída para nós, mas pertence a veículos de passeio. Além disso, somos autônomos, trabalhamos somente na região mas, mesmo assim, uma viagem ao Porto que fazíamos em duas, três horas, hoje dura o dia inteiro”, reclama Lima.

Para fugir do caos, ele utiliza a Martins Fontes, mas acumula multas. “Já tenho mais de 256 pontos na carteira por causa desse radar. Perdi minha habilitação. Sou autônomo, como posso continuar trabalhando?”.

Cansado de ser multado, Carlos Alberto da Silva Moraes dá uma sugestão. “Se não querem que circulemos pela Martins Fontes, que pelo menos arrumem a Alemoa. Lá está impossível dirigir. Recentemente, gastei R$ 1 mil com feixe de mola de caminhão”.

Vale lembrar, o valor da multa é de R$ 85,13 e dá quatro pontos na carteira de motorista.

fonte: A Tribuna