O relator da comissão especial que regulamenta a profissão de
motorista, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), apresentou, na quarta-feira
(05), minuta de projeto de lei que permite ao motorista dirigir por até seis
horas initerruptas. Hoje, a lei (12.269/12) só permite que ele dirija por até
4 horas seguidas. O texto também torna obrigatório o exame toxicológico para
motoristas profissionais.
A proposta de Colatto revoga toda a lei que regulamenta o trabalho dos
motoristas profissionais. A norma entrou em vigor em abril do ano passado.
Caso a proposta seja aprovada pelo Congresso, as punições já aplicadas
ficarão sem efeito e as penalidades serão transformadas em advertência.
O texto diferencia o tempo de descanso: o motorista que é empregado de
uma empresa continua obrigado a ter uma pausa de 11 horas. Já o autônomo pode
ter esse tempo reduzido para dez horas. Além disso, o texto estabelece que os
motoristas que ultrapassarem o tempo de direção permitido só poderão ser
multados depois que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit) tiver homologados os pontos de parada.
Os integrantes da comissão ainda podem sugerir mudanças no texto até a
próxima quarta-feira (12). A votação da proposta consolidada está marcada
para a terça-feira da semana seguinte (18).
Aumento no custo do frete
Valdir Colatto explica porque aumentou o tempo máximo em que o
motorista pode ficar na direção sem descansar: "A lei anterior
determinava a cada quatro horas, meia hora de descanso, uma hora no almoço e
onze horas no final da jornada. O que aconteceu? Todos têm uma dificuldade e
[precisam] de um tempo maior disponível para transportar os mesmos produtos.
E o Custo Brasil que aumentou, com isso, cerca de 30% no frete. E também os
motoristas autônomos dizendo que, com isso, eles não conseguiriam ter a
receita suficiente para poder manter a sua atividade."
O 3º vice-presidente da comissão especial, deputado Hugo Leal
(PSC-RJ), é contra a mudança. "Me surpreende negativamente a revogação
de uma lei que foi recentemente sancionada. E segundo: ampliaram o tempo de
direção, que era de quatro horas com descanso de 30 minutos. Ampliaram para
até seis horas, dizendo que: 'Ah, o máximo é seis horas. Ah, mas são
realidades nacionais diferentes, porque no Mato Grosso ou no Amazonas, ou
seja onde for, as distâncias são maiores e a pessoa têm que dirigir até seis
horas direto.' Você imagina uma pessoa que sai, que começa a dirigir às oito
horas da manhã e só vai parar o veículo, se ele quiser, às duas horas da
tarde."
Diminuir o valor do pedágio
Valdir Colatto também propõe diminuir o valor do pedágio cobrado dos
caminhoneiros. Hoje, o preço é definido com base no número de eixos do
veículo. O relator sugere que o pedágio passe a ser cobrado só sobre a
unidade tratora, conhecida como cavalo.
Outra novidade apresentada é a cobrança das multas dos motoristas
estrangeiros que trafegam no País. Valdir Colatto sugere que se aplique o
princípio da reciprocidade: em muitos países da América do Sul, o motorista
só pode deixar o território nacional depois que tiver quitado as multas.
|
|
Fonte.: Agência Câmara
|
Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.