sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ataques nas rodovias da região a escolta de carga aumentam 25%


Os ataques às equipes de escolta armada aumentaram 25% de abril a julho nas rodovias da região de Campinas (SP). Os dados do sindicato da categoria indicam que o principal alvo são caminhões e carretas com produtos eletrônicos. As quadrilhas aproveitam as falhas na segurança para assaltar as cargas que chegam no Aeroporto Internacional de Viracopos, das empresas de combustíveis, de produtos eletrônicos e farmacêuticos.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Escolta, Autair Iuga, as limitações para a utilização das armas permitidas pela Polícia Federal, blindagem e utilização de acessórios na defesa dificultam os trabalhos da segurança privada armada. “Favorece positivamente para o lado dos criminosos por conta de ser desproporcional os calibres das armas”, explica.

Para fazer a segurança da carga, os vigilantes trabalham em dupla e com uma distância de 100 metros do caminhão e a orientação durante um assalto é tentar fugir dos bandidos. “As armas liberadas são potentes, no entanto ficamos em desvantagem porque são duas armas, enquanto as quadrilhas muitas vezes estão em três carros com armas mais potentes”, disse o vigilante Fábio André Rizzatto.

Perigo

A Rodovia Adalberto Panzan, que liga as rodovias Anhanguera a Bandeirantes, é considerada pelos vigilantes uma das mais perigosas por ter áreas de sombra na comunicação, ou seja, não há sinal nem de rádio nem de telefone celular.
Em um dos casos de tentativa de assalto na Rodovia Bandeirantes, uma criança de 9 anos foi vítima de bala perdida na sexta-feira (29). Um segurança e outra criança também ficaram feridos. Segundo polícia que fez a perícia no local, o carro da escolta tinha várias marcas de balas e de alto calibre.

Segundo Iuga, para combater roubos na estrada uma atuação mais eficaz da polícia na investigação dos casos poderia inibir a ação dos assaltantes. "Quando se tem uma atuação de roubo de carga, depois de cerca de uma hora, os vigilantes e os motoristas são liberados. O que nos leva a crer que em um raio de até 100 quilômetros esta carga está sendo desovada e esfriada para ser transportada posteriormente”, afirma.

A Polícia Civil de Campinas e a Secretaria de Segurança Pública foram procuradas, mas até esta publicação não comentaram o caso.

Fonte: G1