São Paulo
- A tarifa de transporte ferroviário praticado atualmente no estado do Paraná é
superior ao custo de transporte, como mostram os dados do Grupo de Pesquisa e
Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-Log), da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Os
pesquisadores desenvolveram um simulador para fretes com o objetivo de avaliar
como se comportavam as tarifas de fretes ferroviários e rodoviários no estado.
“Constatamos que o frete ferroviário é 70% maior do que o custo estimado pelo
simulador”, aponta a economista Priscilla Biancarelli Nunes, coordenadora do
grupo.
“Os
resultados obtidos sinalizam para a necessidade da elaboração de políticas
públicas para aproximar o custo do frete ferroviário da tarifa praticada.
Atualmente esta tarifa está muito acima do custo referencial. Estando alto,
diminui a competitividade do produto brasileiro no mercado externo e interno”,
ressalta.
O estudo
faz parte do Projeto Jamaica, que envolve o ESALQ-Log e a Federação de
Agricultura do Estado do Paraná (FEAP), apoiada pela Associação de Produtores
de Bionergia do Estado do Paraná (Alcopar) e pela Organização de Cooperativas
do Estado do Paraná (Ocepar).
A
pesquisa envolveu 26 empresas do setor agrícola, como usinas, empresas de
fertilizantes e processadoras (que compram produtos agrícolas) e cooperativas
de grãos. Os pesquisadores realizaram visitas de campo e aplicaram
questionários a fim de saber como o setor lidava com os fretes rodoviários e
ferroviários com o objetivo de entender o que o mercado pratica. Foram seis os
produtos analisados: açúcar, soja, milho, farelo de soja, etanol,
fertilizantes, em cerca de 200 rotas localizadas no estado paranaense.
Fonte: Exame.com