O
rastreamento das exportações brasileiras de carne passará a ser eletrônico. Contêineres
sairão das empresas com um chip, que substituirá pilhas de papéis e promete
conferir mais agilidade aos processos nos portos.
A partir
do mês que vem começa um período de 90 dias de testes em Santa Catarina. A
expectativa é que em um ano todos os carregamentos de carne do país destinados
ao mercado internacional saiam das agroindústrias com as etiquetas eletrônicas.
O sistema
é resultado de parceria entre Fapesc (Federação de Amparo à Pesquisa e Inovação
de SC), Sindicarne (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de SC) e Acav
(Associação Catarinense de Avicultura), que já investiram R$ 500 mil.
Segundo o
presidente do Sindicarne e da Acav, Clever Avila, o objetivo é reduzir em até
30% o tempo gasto desde a saída do contêiner da agroindústria até a liberação
nos portos.
"Com
as informações on-line sobre o carregamento, esperamos que o despacho dos
contêineres seja até 18 horas mais rápido."
A mudança
começa quando os contêineres são inspecionados por fiscais do Ministério da
Agricultura, na saída das indústrias.
Nesse
momento os lacres receberão um chip com as informações sobre a carga (como
origem, tipo de produto e destino), certificados sanitários e documentos
fiscais.
Radiofrequência
- Segundo o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, ao entrar no porto, o
contêiner passará por um portal que emitirá um sinal de radiofrequência e lerá
o chip. Nessa fase de testes, apenas o porto de Navegantes (SC) contará com o
leitor.
Ou seja,
antes mesmo de o carregamento chegar ao local de embarque, despachantes
aduaneiros poderão analisar os documentos e fazer a liberação das cargas.
Fonte: Fola de S.Paulo