"Não
haverá negociação". Esta é a posição do presidente do Movimento Brasil
Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, sobre a paralisação nacional dos
caminhoneiros programada para hoje (25).
O
movimento promete paralisar 2 milhões de motoristas caso a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) não revogue por completo a resolução 3056/09, que
regulamentou as alterações na Lei 11442/07.
"Não
haverá negociação. Não existem reivindicações. Ou a ANTT revoga a resolução ou
nós paramos tudo", afirmou Botelho.
Segundo o
presidente do MUBC, a resolução 3056/09 trouxe muitos prejuízos aos
caminhoneiros, como a inclusão de novos transportadores no mercado, o que
provocou uma concorrência desleal e jogou o valor do frete para baixo. "O
preço caiu 30% e os caminhoneiros acumulam prejuízos no transporte. Não existe
lucro", disse.
Outro
ponto apontado pelo movimento é em relação à carga horária e o tempo de
descanso definido pelo Estatuto do Motorista (Lei 12619/12). O texto estabelece
que o caminhoneiro deva cumprir um tempo de descanso diário de 11 horas. Porém,
os manifestantes alegam que as rodovias não possuem pontos de apoio para os
caminhões pararem.
De acordo
com Botelho, a manifestação reúne toda a categoria do setor de transporte
rodoviário: motoristas empregados, comissionados, autônomos, empresas de
transporte e cooperativas de transporte.
O presidente ainda afirmou que se a
paralisação passar de dois dias, a população começará a sofrer com o
desabastecimento de mercadorias.
Procurada
pelo Terra, a ANTT informou que não irá se pronunciar sobre o assunto e revelou
que pretende discutir as exigências com a categoria em um fórum programado para
agosto.
Fonte: Terra